Texto Reynivaldo Brito
Fotos do Google
A discussão teria começado porque o curador tinha mandado instalar algumas placas de madeira numa das paredes da igreja de Santa Elizabeth, localizada no centro de Berlim, onde ocorreria um workshop quando os pichadores brasileiros iam mostrar como picham em São Paulo, causando grandes estragos em imóveis particulares e públicos com seus traços e manchas sem qualquer significado de arte. Na realidade eles transgridem por transgredir. Assim, o curador que é tido como revolucionário e libertário se desentendeu com o pichador e lhe jogou um balde com água fria. Cript Djan respondeu com uma lata de tinta amarela sobre ele. Um clima intolerável quando se trata de uma mostra de arte.
A igreja de Santa Elizabeth é tombada pelo patrimônio histórico alemão e foi construída em 1830, portanto, um monumento a ser preservado e cuidado e, que não deveria ter sido nem escolhido para realização de tal manifestação de pichadores, mesmo colocando tábuas numa de suas paredes para ser usada pelos convidados transgressores. Foto ao lado os pichadores brasileiros em ação.
O título de Bienal é “Forgt Fear” ou seja traduzindo “ Não tenha medo”, um incentivo explícito à transgressão. O próprio Cripta Jan disse aos jornalistas que “não tem como dar workshop de pichação, porque pichação só acontece pela transgressão e no contexto de rua”. Logo vemos que a sua transgressão é “ consciente” ou seja ele sabia que iria aprontar como dizemos nas conversas com nossos amigos.
O curador chamou a polícia que queria prender o grupo de pichadores brasileiros composto pelo Cripta Jan, ( Foto) Ivson Silva,William Pereira, Edmilson Vitor,Sergio Miguel, Ricardo Rodrigo e a única mulher do grupo a Caroline Pivetta, presa em 2008 por pichar as instalações da Bienal de São Paulo.
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