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A formalidade e o juridiquês incompreensível para a maioria da população camuflam decisões do STF que fortalecem a impunidade. |
Falando no STF, ontem, o advogado José Roberto Batocchio discorreu mais sobre o sistema penitenciário brasileiro,que segundo ele estaria saturado por causa desta disposição dos tribunais em condenar e aprisionar. Ora, se foi condenado tem forçosamente que ser aprisionado, como é o caso do cliente que ora ele defende. E, salientando ainda que se tratava de um ex-presidente ,como se ex-presidente tivesse imunidade e não pudesse ser preso.
Já a Procuradora Geral da República Raquel Dodge deu parecer contrário a admissibilidade do habeas corpus e disse que "ainda que essa decisão já tenha sido sucedida por outra do colegiado , o fato é que este habeas corpus dirige-se contra aquela liminar. E este é o título jurídico que está posto para exame desta Corte." Disse ainda que a prisão em segunda instância é fundamental no combate à impunidade. Ela acompanhou o relatório do ministro Edson Fachin.
Se estes ministros do Supremo decidirem em ajudar definitivamente o Lula vai ser criada uma onda, e os advogados de muitos presos vão também requerer a soltura de seus clientes, e com isto provocará o enfraquecimento da Lava-Jato e o fortalecimento da impunidade. Muitos ficarão livres porque vão impetrar tantos recursos que são crimes vão prescrever. O habeas corpus vai ser julgado no próximo dia 4 de abril.
ENOJADO
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O advogado Batocchio conseguiu uma liminar de boca estranhamente aceita por sete dos onze ministros. . |
Confesso que ontem, à tarde,assistindo os votos de Alexandre de Morais, Gilmar Mendes, Dias Tófolli, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Collor , e até do decano Celso de Mello me deu uma sensação de revolta e nojo desta gente, que pra justificar um cambalacho ficam pronunciando palavras desnecessárias de um juridiquês incompreensível pela maioria da população pra encher linguiça. O objetivo é livrar o Lula da cadeia
Um tribunal comprometido, que não pode continuar desta forma , tomando decisões políticas ao invés de julgar. Senão vamos transformar o Brasil numa Bolívia onde o Evo Morales faz o que quer ou na Venezuela do ditador Maduro, que é quem julga.
Estes ministros citados chegaram ao extremo de conceder uma liminar de boca, para evitar a prisão do condenado por corrupção, caso o recurso no TRF-4 seja negado. Na hora do julgamento não se contiveram e teceram rasgados elogios à defesa, citaram até um entendimento de Sepúlveda Pertence, que é da bancada de defesa. Só faltaram perguntar ao advogado Batocchio o que ele queria.
Parece que tudo já estaria combinado. Basta observar que o Celso de Mello leu o seu voto da liminar de boca ,portanto , presume-se que já sabia que aquilo poderia acontecer.
Tudo indica que teria sido um teatro montado para enganar os bestas. Deu a entender para os que assistiram a votação que foi naquelas "visitas" aos gabinetes desses ministros que os advogados de defesa fizeram ,e que por duas vezes foram conduzidos, juntamente com alguns petistas, por Dias Tófolli e Ricardo Lewandowski que a peça poderia ter sido esquematizada.
O que nos resta, se temos uma Justiça a favor da impunidade?
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