Objetivo


terça-feira, 25 de setembro de 2018

NADANDO CONTRA A DESTRUIÇÃO DO BRASIL

Acabo de ler dois livros que realmente acrescentam em muito, e nos ajudam a ter uma visão de mundo e de Brasil. O primeiro foi o "Uma Breve História da Humanidade", de Yuval Noah Harari, e segundo "Nadando Contra a Corrente", de Bernardo Guimarães Ribeiro.
Vou falar um pouco do livro do Bernardo porque foca mais no Brasil. Neste momento em que vamos decidir pelo voto se queremos que o nosso país continue sendo saqueado, se os valores familiares, religiosos e culturais continuem sendo ultrajados e destruídos ou se vamos dar um basta.
Nesta eleição polarizada o brasileiro terá que decidir o futuro do país e de suas famílias. Nestas duas últimas décadas , desde o governo de Fernando Henrique Cardoso para cá, e com a chegada dos petistas ao poder foi implantando um sistema de governo que começou sorrateiramente com FHC e mais explícito com os petistas solapando toda a estrutura social com ataques aos valores familiares, religiosos, sociais e culturais. Implantaram o maior esquema corrupção do Planeta com o Mensalão e depois com o Petrolão. Todos sabemos que quase quebraram a Petrobras e acabaram com as finanças do país,desempregando 14 milhões de trabalhadores.
Diz Bernardo Guimarães na página 30 que "Os progressistas e a esquerda mundiais têm feito ao longo de décadas a apologia do absurdo,da mudança impensada, da ruptura da tessitura social. Mas eles - mesmos membros destas seitas - não se comprometem com nada e, quando do fracasso das suas teses escondem-se como os covardes mais abjetos e odiosos da História. Elegem representantes dotados de enorme carisma, outorgando-lhes o distinto título de líderes".
O que vemos nas escolas com Kit Gay , implantado pelo Hadadd, quando ministro da Educação do Lula, e o apoio às manifestações pseudo culturais tipo Museo integra o programa defendido por Gramsci e Lukács dois teóricos marxistas que pregam o terrorismo cultural "que visa a destruição da família tradicional por meio de uma rígida educação sexual nas escolas. Converter crianças era tarefa mais fácil que a doutrinação de adultos formados. O politicamente correto como conjunto de regras sociais impondo contornos e limites à liberdade de expressão começava a ganhar forma". Isto ficou patente naquela exposição no Rio Grande do Sul  e em São Paulo onde homens nus eram apalpados por criancinhas.
Homem nu sendo visto por uma criancinha.
Como bem lembra Bernardo "A escola é, por lógico, um dos primeiros locais de socialização do ser humano, como também o principal espaço de transferência de conhecimento". Portanto, os pais devem ficar atentos sobre o que estão ensinando a seus filhos nas escolas, principalmente nas públicas, hoje ideologizadas por esquerdopatas que não param de  influenciar seus filhos.
Para não mais me alongar procurem ler estes dois livros que vão entender melhor o mundo atual e em particular o  Brasil em que vivemos . Lembrem-se que seu voto é a arma que temos contra estes absurdos.


segunda-feira, 24 de setembro de 2018

PESQUISAS NEM SEMPRE MERECEM CRÉDITO

Momento em que Bolsonaro era socorrido por apoiadores 
A Estatística embora trabalhe com números não é uma ciência exata. Tudo porque a Estatística usa metodologias e análises que dependem da visão de quem as interpreta. Daí a explicação porquê os institutos de pesquisas erram e influenciam , muitas vezes prejudicando a verdade dos fatos. 
A desconfiança começa com a coleta de dados. Muitas vezes ao contratar um instituto de pesquisa o cliente  exige onde os "pesquisadores" vão aplicar os tais questionários. A simples escolha de redutos e determinados locais já demonstram que aquela pesquisa irá beneficiar este ou aquele candidato ou mesmo produto, preferência etc.
 Atualmente, pesquisas sobre as eleições se multiplicam e os números muitas vezes são díspares. Quando candidato não é o preferido do cliente que encomendou a pesquisa ou do próprio instituto ai é que entram as interpretações, que muitas vezes procuram desqualificar , principalmente se ele estiver na frente. É a tal rejeição que tem mais probabilidade de ser manipulada.
Lembro que aqui na Bahia nas eleições para governador concorriam ao Jaques Wagner e Paulo Souto. As pesquisas davam que o Paulo Souto venceria no primeiro turno. Quando abriram as urnas ele não foi nem para o segundo turno. Também, nas últimas eleições os institutos de pesquisas erraram e erraram muito em vários locais do pais . Procurem ver.
Historicamente quando algum candidato sofre um atentado durante uma campanha eleitoral, como aconteceu com o Bolsonaro, nas pesquisas seguintes sempre apresentam um crescimento significativo. Pois, na pesquisa mostrada recentemente  teria crescido apenas dois  pontos, enquanto seu opositor  mais de 10 pontos! Não acredito nesta pesquisa,  principalmente, quando conhecemos o histórico de determinados institutos de pesquisa em nosso país.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A GRANDE MÍDIA X REDES SOCIAIS

Observe que até a grande mídia é vítima de Fake News.
Estamos no início do século XXI, e o crescimento da internet vem deslocando grande parte do interesse pela informação para as redes sociais. Por seu caráter instântaneo e libertário as redes sociais saem na frente da mídia tradicional , e ai se estabelece uma disputa, que é salutar para todos.
Como é uma mídia aberta, onde as pessoas expressam seus sentimentos, ideias, valores - nem sempre aceitáveis ou verdadeiros - os concorrentes tratam de tentar desqualificar tudo que é publicado nas redes sociais. 
Esta tentativa não obteve e não terá êxito, porque as redes sociais pela sua dinâmica têm um vasto e variado conteúdo, inclusive com muita coisa de qualidade. Evidente, por ser aberta e livre trás algumas postagens que não merecem crédito, outras são exageradas, e às vezes até mentirosas. Cabe a quem ler checar se realmente aquilo é verdade. São as chamadas Fake News . Tem muitas postagens raivosoas que alguns militantes políticos escrevem , principalmente neste momento de polarização das eleições.
As pessoas devem sempre procurar ler as postagens que têm credibilidade. Em resposta à grande mídia nós  que escrevemos nas redes sociais podemos responder que existe uma forte manipulação da informação na imprensa brasileira. Claro que existem exceções. 
 Basta olhar esta eleição, e vemos claramente que os principais jornais, emissoras de rádio e televisão têm suas preferências por este ou aquele candidato, e procuram desesperadamente desconstruir seus adversários. Na semana passada  uma "comentarista" política de uma rádio de Salvador, na Bahia , disse em seu "comentário" que "os que votam em Bolsonaro não têm caráter". Fiquei pasmo ao ouvir tamanha agressão e resolvi mudar de estação. 
 Portanto, não encontramos este tipo de opinião apenas nas redes sociais. A grande mídia está recheada delas. Leia por exemplo, a página 39 da penúltima edição da revista Veja, que vai encontrar outra informação completamente engajada na esquerda.
O candidato Bolsonaro, ora convalescendo num hospital de uma facada dada por um militante de extrema esquerda,  é o mais atacado na mídia e nas redes sociais , inclusive publicando fatos e declarações que ele nunca deu ou pinçando uma frase dentro de um contexto, com o claro propósito de prejudicá-lo.
Constatamos que existe um trabalho contínuo de colar ao seu nome o racismo, xenofobismo e que é de extrema direita. Ninguém da grande mídia por exemplo, chama o Boulos ou qualquer outro candidato de esquerda de representante da extrema esquerda. Por quê?

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A MANIPULAÇÃO IDEOLÓGICA DA INFORMAÇÃO

Observem como os esquerdopatas fazem
ameaças. Faltou ai o discurso da
Benedita .
Estamos assistindo no Brasil uma escalada de manipulação da informação pela grande mídia, e também, mais recentemente pelos militantes nas redes sociais. Tem as chamadas Fake News, que de se certa forma são mais fáceis de identificar, mas o pior são reportagens nos meios eletrônicos e impressos onde podemos detectar a manipulação, se olharmos com mais acuidade.
Esta professora mostrou sua
intolerânca ao extremo.
Lendo por exemplo, a matéria de capa do último número da revista Veja sob o título "Facada da Intolerância" encontramos na página 39, esta pérola de jornalismo engajado. "Com sua linguagem insultosa e ofensiva a minorias e adversários políticos, combinada com seu elogio constante às soluções violentas, o candidato faz um convite irresponsável à exacerbação dos ânimos". E, mais adiante elogia os adversários do candidato, todos da esquerda. "Agora, seus adversários políticos vieram à público - civilizadamente - condenar a agressão inaceitável de que Bolsonaro foi vítima. É como se deve proceder numa democracia".
Ai podemos sentir, e usar  como funciona a manipulação da notícia. Não é verdade que os adversários vieram civilizadamente condenar a agressão. Eles o fizeram protocolarmente. Ou seja: não havia como escapar de uma declaração de condenar o crime. Nada civilizado, e sim, oportunista.  Nenhum deles quis mais falar do atentado. Nos dias seguintes calaram totalmente.

                                                         NAS REDES SOCIAIS

A postagem da jovem  Clara Ribeiro diz :"bolsobosta vai vir pra jf dia 06 de setembro, se organizar direitinho a gente organiza um atentado e mata ele."Postado dia 01 de setembro passado.
No dia 6 quando ocorreu o atentado em Juiz de Fora um "comentarista" da GloboNews examinando as postagens do Adélio Bispo de Oliveira  dizia que "ele parece ter uma confusão mental". Esta tese de que o criminoso é maluco passou a ser defendida com umas e dentes pela imprensa esquerdista, tentando desqualificar o ato como sendo de um débil mental.
Agora o foco da grande midia brasileira e até internacional é desqualificar o agressor que tem curso superior, andou por várias cidades tentando alcançar o Bolsonaro e seus filhos, pagou em dinheiro a hospedagem na cidade de Juiz de Fora, viajou mais de 600 quilômetros até o local do ataque, tem Facebook com muitas postagens de intolerância, aparece em
Este outro também intolerante
várias ocasiões ao lado de líderes de extrema esquerda, era filiado ao PSOL,partido de extrema esquerda,etc. Agora surgem misteriosamente 4 advogados de um escritório famoso e caro para defender o criminoso, que não querem revelar quem está pagando. Disseram que era uma igreja Testemunha de Jeová , a esta informação não foi confirmada pela igreja.
Lembro que a grande mídia passou mais de 60 dias cobrando, e cobrando duro das autoridades uma solução sobre a morte da vereadora Marielle Franco  , do PSOL,  assassinada barbaramente no Rio de Janeiro, e até hoje cobram. Mas, não vi até agora uma cobrança sequer sobre quem está por trás desta tentativa de assassinato do Bolsonaro. 

 A pesquisadora Esther Solano (Unifesp) explica como discurso intolerante de combate aos avanços sociais conquistados por minorias foi popularizado por meio de memes e vídeos supostamente “divertidos”.
Tiago Pereira, via RBA em 4/7/2018
"O crescimento da extrema-direita antissistema e antiglobalização é um movimento global que já se materializou na vitória de Donald Trump, nos Estados Unidos, na campanha do Brexit, que culminou com a saída do Reino Unido da União Europeia, ou ainda no crescimento de partidos que impunham a bandeira de combate à imigração em países como França, Alemanha e Itália, além de triunfos em outras partes do continente."

                                   IMPRENSA INTERNACIONAL

Este massacre que vem sofrendo o Bolsonaro, inclusive com publicações de afirmações nunca feitas por ele pela mídia nacional e internacional, vem também acontecendo nos Estados Unidos com o Trump.
Vejam abaixo como os correspondentes dos jornais estrangeiros aqui sediados trataram o atentado:

1- "O ultradireitista Jair Bolsonaro, o candidato presidencial do Brasil com mais intenção de voto nas pesquisas e que gera mais rejeição no eleitorado, foi atacado em um ato de campanha no Estado de Minas Gerais”, disse o espanhol " El País.

2-"Imagens de TV mostram Bolsonaro, em cima do ombro de simpatizantes, recebendo um violento golpe sob o tórax e caindo antes de ser carregado, enquanto ele fazia campanha em uma rua movimentada de uma cidade de de Minas Gerais”, disse o francês Le Monde.

3-“Ex-soldado de direita e evangélico, ele liderou as pesquisas com uma estimativa de 22% dos votos, depois que um juiz impediu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de concorrer na semana passada devido a acusações de corrupção”, comentou o norte-americano The Washington Post.
 4- "Em uma campanha especialmente imprevisível, Bolsonaro polarizou a opinião com seus apelos por leis mais brandas sobre armas, seus ataques à esquerda e seus elogios à ditadura militar”, escreveu o britânico The Guardian.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

ATENTADO A BOLSONARO ATINGE A DEMOCRACIA BRASILEIRA

Momento exato em que Bolsonaro é atingido pela facada
 desferida pelo esquerdopata.
O país assistiu ontem mais uma cena de violência política desta vez perpretada pelo criminoso Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos, natural de Montes Claros, ex-militante do PSOL, do qual foi filiado durante sete anos , e que tem uma militância nas redes sociais de intolerância aos que não comungam com suas ideias esquerdopatas. O crime aconteceu em plena luz do dia enquanto o candidato  à presidência da República, Jair Bolsonoro, do PSL,  fazia campanha na cidade de Juiz de Fora , em Minas Gerais.  O criminoso esfaqueou o candidato no abdômen.
Ele foi operado de urgência, e seu estado de saúde inspira muitos cuidados, porque teve os intestinos fino e grosso perfurados , além de ter perdido muito sangue, por ter atingido uma veia importante que leva sangue para o fígado. 
A poucas horas a família decidiu transferi-lo para o Hospital Albert Einstein , em São Paulo, onde uma equipe médica o aguarda para fazer novas avaliações do seu real estado de saúde , e adotar os procedimentos médicos necessários. Na foto ao lado o candidato ferido sendo conduzido por policiais e apoiadores para o hospital onde foi operado de urgência.

                                                             ELES E EU

Algumas postagens da página do
Facebook do criminoso
Desde que o PT assumiu o governo que se criou uma dicotomia entre eles e eu. Para os esquerdopatas quem não concorda com suas ideias ultrapassadas são fascistas e de extrema-direita. 
A própria imprensa brasileira, e internacional, escamoteiam até dados estatísticos sob a ótica de que estes setores de esquerda são progressistas e os contrários , ou sejam os conservadores, são a favor do atraso e das desigualdades.
O ódio que a imprensa diz existir nas postagens nas redes sociais são exatamente fruto deste ódio pregado durante mais de 30 anos, e que se exarcebou de uns anos para cá.
 Circula nas redes sociais um discurso do reitor da UERFJ ,Roberto Leher afirmando que não tem diálogo com conservador, e que é luta, e que todos devem ir para uma cova. Filiado ao PSOL, como a grande maioria dos membros desta universidade , são responsáveis pela administração do Museu Nacional do Rio de Janeiro que pegou fogo destruindo mais de 20 milhões de itens de pesquisa e históricos.



A IMPRENSA

Você já viu ou leu alguém classificando de extrema esquerda os militantes dos partidos PT ,PC do B, PSOL , PSTU e PSB ? Com certeza não. Mas, os que apoiam o Bolsonaro , do PSL, são logo taxados pela imprensa de extrema direita.
O criminoso preso na Polícia Federal,
em Juiz de Fora, após o atentado.
Esta classificação mediática contribui para disseminar notícias falsas ou exageradas sobre as pessoas que comungam com as ideias do candidato, como por exemplo, a defesa da diminuição da maioridade penal; dar ao cidadão o direito se quer ter uma arma ou não; contra as cotas, que servem para discriminar as pessoas; defesa do mérito; mudanças na Lei Rouanet, etc.
Uma mentira ou grande inverdade é replicada  exatamente pela imprensa que deveria ajudar a informar corretamente para a formação do cidadão. Ontem, mesmo vi um comentarista no programa  da tv Globo quase que defendendo o criminoso, querendo qualificá-lo como maluco. Também, esta emissora na hora de exibir as postagens que estão na página do Facebook do criminoso editou e retirou uma foto onde aparecem algumas pessoas com uma faixa escrita  #Lula Livre. Por quê?.
Também, notamos que ele sempre está vestido numa camisa de cor vermelha em todas as postagens , mas, ontem na hora do crime estava vestindo um blusão preto.Nada disto foi mencionado pela imprensa.
Como revela o procurador Bernardo Guimarães Ribeiro, no seu livro Nadando Contra a Corrente " A manipulação dos fatos altera a realidade e leva à criação de uma realidade virtual ou universo paralelo, possibilitando disseminar a mentira em escala planetária. É notadamente na TV onde ocorre a maior exploração do sensacionalismo".



quinta-feira, 6 de setembro de 2018

REYNIVALDO BRITO - JORNALISMO IMPRESSO - ENTREVISTA



REYNIVALDO BRITO

"O jornalismo impresso será um produto mais qualificado para um público intelectualizado"

Entrevista concedida a Andréa Araújo em 2 de agôsto 2018.

                                                                                                 QUEM É
                                                                          



Reynivaldo Brito é bacharel  em Jornalismo
 e em Ciências Sociais pela Universidade 
Federal da Bahia (UFBA). 
O jornalista em seu ambiente de trabalho
Foi professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia por quase duas décadas .Embora aposentado Reynivaldo permanece no ofício através da sua empresa de assessoria RB Agência de Notícias e Publicidade Ltda e,  também, mantém seus blogs reynivaldobrito.blogspot.com onde escreve sobre assuntos diversos, especialmente sobre política, e o reynivaldobritoartesvisuais.blogspot.com 
onde escreve sobre os assuntos ligados
às artes. No impresso baiano atuou no jornal A Tarde por 35 anos, e na Revista Manchete, do Rio de Janeiro, por quase 17 anos. Portanto,esta  longa experiência no jornalismo impresso o gabarita a avaliar o conteúdo noticioso dos veículos que circulam em Salvador.

Andréa Araújo: Por quanto tempo trabalhou no jornalismo e quais veículos de comunicação baiano atuou?
Reynivaldo Brito: Os primeiros momentos foram no final da década de 60. E aqui na Bahia atuei somente no veículo impresso do grupo A Tarde por 35 anos. Comecei na função de repórter e terminei como editor geral.

AA: O senhor tem uma história de militância política e já até respondeu inquérito. Acredita que o jornalismo pode sobrepor ao poder político e atuar com independência?
RB: Não existe independência no jornalismo, embora se ensine isso nas faculdades. Historicamente no Brasil os republicanos e monarquistas cada um tinha seus jornais. Era uma briga horrorosa (risos)! A Tarde sempre fez um jornalismo conservador liberal nunca foi independente. O Correio da Bahia é ligado à família Magalhães. Geralmente, os jornais estão nas mãos de famílias ou grupos políticos e econômicos. Então, não existe jornalismo independente na concepção pura da palavra. Atualmente no Brasil 90% da imprensa tem a tendência em ser voltada para à esquerda.

AA: Já atuou em editoria de política?
RB: Não! Sempre escrevi para editoria geral. Entrevistava artista, político, tudo. Já na coluna sobre artes visuais do jornal A Tarde, por exemplo, escrevi durante 25 anos sobre os principais acontecimentos da arte  na Bahia.

AA: Como o senhor avalia a cobertura política dos veículos baianos?
RB: Não tenho muito que dizer. Acho muito fraca. Já li coluna de política que mais parece coisa de fofoca.  Quem escrevia bons textos de jornalismo político aqui era Samuel Celestino, no jornal A Tarde. E tinha também Ivan Carvalho ,na Tribuna da Bahia. Eles já estão fora do mercado. 

AA: No período da ditadura militar o senhor viu de perto aqui em Salvador muitos jornais serem censurados. Muitos desses jornais foram extintos. Em sua opinião, o que ocasionou a falência de muitos jornais impressos?
RB: Quando um jornal desagrada ao governo a primeira coisa que fazem é cortar a publicidade oficial. E sem a publicidade o jornal não sobrevive. E isso serve como um elemento de pressão do poder político contra a imprensa.
Também a relação da publicidade com a redação não é amistosa. A publicidade sempre tem a preferência. Quando não tem é utilizada como elemento de pressão, e até de sufocamento do veículo opositor.
Outros fecharam por problemas de gestão, como acontece com muitas empresas diferentes ramos de atividade.

AA: Todo jornal tem sua linha editorial que exige do jornalista adaptações do seu texto. O senhor já precisou passar informações nas entrelinhas para os leitores?  Em quais situações?
RB: Já precisei sim! O jornal já diz claramente o que você pode e não pode. O A Tarde em certa ocasião brigou com o prefeito Jorge Hage. A briga foi devido uma disputa de pagamento de IPTU. Aí o jornal fez uma campanha terrível contra o prefeito. 
Os jornais defendem  interesses pessoais, empresariais e políticos. E estão ligados a algum grupo político ou empresarial. Onde existe gente existem interesses. Ser ético ou não depende de cada um. Agora, precisamos procurar ser sempre os mais éticos possíveis, e nos aproximarmos da independência o máximo que pudermos.

AA: Atualmente existem novas formas de distribuição e consumo de notícias em razão das novas tecnologias de comunicação. O impresso perdeu para a velocidade de informação da internet. Os jornais conseguirão sobreviver por mais quanto tempo?
RB: Eu acho que o jornalismo impresso vai ser um nicho. Um pequeno nicho. A grande saída será os textos de bons articulistas, bons comentaristas. Com o cara da política, da economia, do humor. E um jornalismo com informação mais qualificada. A revista Veja é um exemplo dessa tendência. Está cheia de articulistas e ainda traz grandes reportagens. O que vemos nas redes sociais, por exemplo, é uma coisa quase telegráfica. Porque o leitor de rede social tem pressa, e dois parágrafos já são muita coisa. Então, o jornalismo impresso será um produto mais qualificado para um público intelectualizado. Os menos alfabetizados vão  ficar naquele jornalismo de sangue que custa R$ 0,50 um exemplar.

AA: Sites noticiosos como o El País e o Carta Maior trazem em suas plataformas textos aprofundados, crônicas, artigos de especialistas que possibilitam leitores num clique a criticidade e formação de opinião. Que importância o impresso tem hoje?
RB: Às vezes eu pego o jornal e nem abro porque as notícias que estão aqui (aponta para o jornal) eu já vi aqui (aponta para o notebook). O jornalismo impresso sobrevive hoje com a publicidade oficial. Até os classificados estão diminuindo muito porque temos como divulgar gratuitamente na internet.
Porém, como já enfatizei acima, os veículos impressos continuarão sendo buscados por seus leitores de acordo com sua formação educacional,  convicções políticos, filosóficas etc.

AA: Como classifica a qualidade do conteúdo noticioso dos jornais impressos que circulam em Salvador?
RB: Eu acho fraco. A cobertura poderia ser melhor. Fatos importantes estão acontecendo em Salvador e eles não dão nada. às vezes vão pautar no dia seguinte. Aqui na Bahia o impresso perdeu a mobilidade de cobrir os fatos no Estado. Talvez isso seja pelo enfraquecimento econômico, e a consequente falta de investimento nas reportagens. Eu cansei de pegar avião alugado pelo jornal A Tarde para fazer as coberturas em vários municípios baianos.   Hoje vejo muito o feijão com arroz. É o que a pessoa (fonte) diz a ele (repórter) copia e transcreve.  
AA: Num ranking como o senhor posiciona os impressos baianos?
RB: O Correio da Bahia com o formato tabloide, com as imagens mais abertas e melhor qualidade gráfica do que o Tribuna da Bahia fica em 1º lugar. A estratégia de marketing de distribuição de CDs de artistas e outras promoções vem ajudando nas vendas. Depois vem o A Tarde em 2º lugar. E por fim, o Tribuna da Bahia na última posição. Embora muitas edições da Tribuna sejam de melhor qualidade . 

AA: O jornal com mais tendência de esquerda e que realiza uma cobertura política local distanciada de acordos políticos seria o A Tarde ou o Tribuna da Bahia?
RB: Aqui não tem nenhum.Todos eles estão de alguma forma  atrelados ao Governo. Eles não batem muito no Governo como deveriam. Por exemplo, o Centro de Convenções desabou resultado de má administração. O dinheiro público sendo jogado fora. E não teve quase nada de denúncia. O que eu li foi algo telegráfico do tipo: Caiu! Desabou! O governo vai fazer outro. Só fazem reportar! Não têm contundência. É um jornalismo do conformismo. 

AA: O senhor declarou em entrevista a José Otávio M. Badaró em 2003 que se lê pouco na Bahia. Quem é o público que gosta de ler jornais?
RB: Quem sempre leu jornais foi a classe média. Ninguém ia para casa sem o jornal debaixo do braço. Mas, esse público devido o empobrecimento e da internet deixou de comprar jornais, e está lendo cada vez menos. O que é um fenômeno mundial! Hoje, quem ler jornais são as pessoas que trabalham nas repartições públicas, geralmente onde tem assinatura, os políticos, os educadores,profissionais liberais etc.  
A leitura do impresso será para pessoas mais intelectualizadas. Lemos muito pouco no Brasil. Mas, quando tivermos uma política forte de educação até os jornais impressos serão lidos com mais frequência. Temos um grande número de analfabetos funcionais. Pessoas sem opinião formada. E são exatamente essas pessoas que acreditam na ideologia de esquerda e votam sem criticidade. Antes eram os currais eleitorais da direita, hoje, são da esquerda através de benefícios sociais. O voto de cabresto continua firme.Apenas mudaram as formas de manter esta gente dependente. E o jornalismo é uma das formas de educar o povo.

AA: O jornalismo é uma profissão promissora?
RB: Não. O mercado de trabalho será muito pequeno para essa multidão de gente que está se formando aí. Outra questão, o jornalismo sempre remunerou mal. Aqui na Bahia e no resto do país historicamente não é diferente. Evidente que existem exceções, especialmente os que militam nos veículos eletrônicos.