Objetivo


sábado, 1 de janeiro de 2022

ANTÔNIO NASCIMENTO VIVEU ENTRE TECIDOS E A POLÍTICA

Antônio Nascimento era um comerciante alegre 
e um político pombalense muito habilidoso.
Sua loja de tecidos recebia as primeiras novidades   lançadas na Capital, e as prateleiras do alto   ostentavam as caixas circulares dos chapéus de   feltro  Prada , e também os Panamás de palhinha   importados, que estavam na moda. Lembro que meu   pai gostava dos chapéus de grandes abas. Mas,   Antônio Nascimento Morais vendia de vários   modelos para todos os gostos. Atualmente, o chapéu   caiu de moda, mas naquela época todos tinham um chapéu bonito que ostentavam como um elemento complementar do traje. Dava mais elegância,e hoje, foram substituidos por bonés, que nem de longe chegam à elegância dos chapéus.Sua Loja São José ficava onde hoje está um supermercado e tinha um balcão de madeira em toda a largura do imóvel, e ali ele e seus ajudantes estendiam as peças de tecidos coloridos , estampados ou lisos e os desenrolavam com uma habilidade impressionante. Logo a seguir já vinham com o metro,que era de madeira, na côr amarela e em forma de um bastão  com quatro lados, todos  com os números gravados na cor preta. Portanto, em qualquer lado que estivesse servia para marcar o local exato de cortar a peça na quantidade de metros que o cliente queria. 

Foto 1.A elegância de Antônio Nascimento  com seu chapéu
Prada, e o nó da gravata moderno. Foto 2. D. Efigência
com Maria Helena e José Roberto. Foto 3. Maria Helena
Maria Lúcia, José Roberto, Kleber e Maria Antônia. Atrás
 o primo Somerlaite. 
É bom dizer que naquela época quase não tinha roupa pronta ou prêt-à-porter, como se diz em francês. As costureiras e os alfaiates  a exemplo de Joaquim Costa, Viana, d. Alaíde Rodrigues e outros é que faziam nossas camisas, calças  e ternos, e os vários vestidos, blusas, anáguas , camisolas e  calcinhas das mulheres. Tudo era  feito na medida e até marcavam o dia de tirar a prova para em seguida ser feita a costura definitiva.

O seu Antônio Nascimento  era uma figura alegre e sempre tinha uma resenha para tornar o ambiente mais leve e alegre. Era um piadista de primeira, e ninguém chegava perto dele sem receber uma palavra ou uma frase bem humorada, muitas vezes com uma  crítica embutida. Era careca, bem alvo , tinha uma barriga proeminete e um sorriso muito simpático nos lábios. Portanto, era a própria figura do comerciante bonachão que vemos em gravuras antigas. Só não tinha o charutão preso na boca, porque ele não fumava. Falava ligeirinho enquanto ia habilmente desenrolando a peça de tecido para mostrar a textura, a maciez, as cores e largura ou as estampas, quando tinha.

Antônio Nascimento sério com os netinhos  bagunçando.
Lembra Maria Lúcia, a Lucinha , sua filha que seu pai nasceu na zona rural em 29 de outubro de 1905 na Fazenda Saco Fundo, mais conhecida como Fazenda Saco Verde , próxima ao povoado de Curral Falso. Foi batizado com o nome de Antônio Nascimento de Morais, mais todos o tratavam por Antônio Nascimento, filho de José Sabino Nascimento , conhecido por Zé de Maria, e de  Cirila Chaves Nascimento de Morais.
 Quatro anos depois a região é atingida por uma grande seca e seus pais migraram para o Estado de Sergipe, exatamente para o município de Boquim onde seu pai foi trabalhar numa fazenda  ficando até 1916. Lá nasceram suas irmãs em 1911 a Rogerina  (Rosa) e em 1915 José ( o Zeca). A seca amenizou um pouco e em 1916 retornam para a Fazenda Saco Fundo. Aí já crescido o Antônio Nascimento e seus pais procuram uma escola para que ele pudesse estudar, e a mais próxima ficava no povoado de Pedra e sua professora foi Maria de Sevary,  permanecendo por seis meses. Já estava no ano de 1918 e o inverno era promissor. Assim, seu pai o convocou para ajudar na roça a plantar feijão e milho para o sustento da família. Depois retorna à escola e retoma os estudos quando leu alguns livros que por lá existiam, e também estudou a Matemática básica.  
Como não existiam caminhões para o transporte de mercadorias decide trabalhar de tropeiro em 1920
para transportar no lombo de burrros os produtos produzidos na região especialmente milho, feijão, farinha de mandioca que eram levados às cidades mais próximas que dispunham de linha férrea como Serrinha, Alagoinhas e Rio Real. Estas tropas de burros e jumentos ou animais de carga eram muito comuns nas regiões  mais atrasadas do Nordeste brasileiro. Esta sua profissão de tropeiro lhe proporcionou a ter contatos com obras de vários escritores nacionais e estrangeiros porque enquanto seus colegas procuravam as novidades de tecidos, chapéus ou bebidas ele buscava os livros de Aritimética, romances de  autores consagrados e o  de sua predileção era Humberto de Campos. Retornava das longas jornadas com esses livros e os lia com muito gosto , até mesmo durante à noite, com a luz de um velho candeeiro. Foi assim que aprendeu a ler e escrever corretamente obedecendo as regras e concordâncias verbais e gramaticais que usou para se expressar a vida inteira.  
O casal Antônio Nascimento e d. Efigência Morais
Tinha por volta de vinte anos de idade no ano de 1927 e já conhecia um próspero comerciante local
chamado José Rodrigues que dominava o ramo de tecidos e afins. Dizem que além de hábil comerciante era um fidalgo no tratar as pessoas e no seu modo de vida. E assim pegou amizade com o jovem tropeiro que lhe transportava as mercsdorias e prestava contas com precisão e honestidade. Aí terminou lhe convidando para trabalhar em sua loja como balconista, e foi assim que iniciou sua vida no comércio o saudoso seu Antônio Nascimento.

Brincalhão e piadista sempre saía com alguma piada para alegria e às vezes espanto dos seus interlocutores. Sua filha Lucinha relembra de algumas . Vejamos: Certo dia estava na fila de uma agência bancária, quando uma moça chega apressada e pede para ele ceder o lugar na fila. Prontamente respondeu: Hoje eu não posso, mas amanhã, às mesmas horas pode vir que eu lhe cedo o meu lugar. A moça ficou desconcertada.

Já viúvo aos 83 anos de idade recebeu proposta de uma também viúva,bem mais jovem, que tinha apenas 40 anos de idade. Certamente muitos em situação igual iriam considerar esta proposta vantajosa, mas seu Antônio Nascimento olhou para a pretendente e lhe respondeu mais ou menos assim: Aí se eu aceitar vamos morrer logo! Eu de raiva e você de vergonha

Certa vez uma senhora amiga confidenciou que não aguentava mais  viver com tanto sofrimento e lhe perguntou : Seu Antônio Nascimento o que faço da minha vida?  Ele olhou, e de repente saiu com esta : Fique doida, porque doida não sofre. Quem o conheceu e conviveu com ele certamente relembra várias outras histórias do seu Antônio Nascimento. 

Lembra Maria Lúcia Morais, a Lucinha, sua filha, que seu pai "pautou sua vida pela dignidade, honestidade e amor. A sua espiritualidade estava configurada na sua capacidade de amar sem discriminação. No bem servir , através da política e da solidariedade, do sentir-se no outro. Na evidência dos valores espirituais acima das conquistas materiais. Grandes ensinamentos conquistei com o seu exemplo. São 22 anos sem sua presença física poorque ele partiu para a eternidade no dia 9 de setembro de 1999. Sinto-me feliz porque sou sua filha!"

                                                                              O POLÍTICO

Os integralistas Antônio Nascimento,
 Salvador Costa e Joaquim Costa.
Mesmo sendo um simples balconista na loja de tecidos de seu pátrão  José Rodrgieus ele tinha um tino para a política, e assim em 1932 embarca na onda do Integralismo, de Plínio Salgado, que se espalhou pelos quatro cantos de nosso país. Portanto, consegue fundar em Ribeira do Pombal o partido integralista  o PRP. Partido de Representação Popular . No ano seguinte funda a Ação Integralista Brasileira - AIB onde congrega as mulheres e crianças. Foi um movimento muito significativo para a época em Ribeira do Pombal . Tenho algumas fotos que me foram cedidas há alguns anos que registram este movimento integralista que era inspirado no fascismo italiano e tinha uma forte ligação com a Igreja Católica.

Já em 1934 o comerciante José Rodrigues resolveu vir morar em Salvador e expande seus negócios na Capital.Vende seu comércio em Ribeira do Pombal  para  Joaquim Morais que era seu  primo em terceiro grau . Seis anos depois devido o seu jeito amigável de ser  seu Antônio Nascimento já contabilizava aos 35 anos de idade nada menos que 630 afilhados , digno de um registro do Guiness.

Em 1942 apaixona-se por uma moça 18 anos mais nova que ele , e era filha do seu patrão, que aceitou bem o namoro, e  no ano seguinte casa-se com d. Efigência Morais com quem teve cinco filhos: Antônio Kleber,(falecido)  Maria Lúcia, José Robert , Maria Helena e Maria Antônia.

O Sobrado dos Britos e a Loja São José , de seu Antônio
 Nascimento. Infelizmnte  os prédios foram criminosamente
  demolidos, e a foto não tem boa qualidade.
Em 1946 começa o reinado político de Ferreira Brito e conta com o apoio de Antônio Nascimento, quando saem vencedores do pleito. Já em 1950 Ferreira Brito cumpre apenas parte do acordo que  firmaram , mas apoia o candidato do Partido de Representação Popular , o PRP, de Plínio Salgado quando foi eleito seu amigo , correligionário e colega do ramo de tecidos , dono da Casa Chaves, José Leôncio Chaves . Vieram os desentendimentos políticos , e em 1954 ele disputa a Prefeitura com seu antigo aliado Ferreira Brito e perde a eleição por apenas 34 votos. Em 1988 falece sua esposa d. Efigência, e aos 89 anos de idade em 1994 sente-se cansado e para de trabalhar, vindo a falecer cinco anos depois no dia 9 de setembro de 1999, aos 94 anos de idade.

O Sebastião de Almeida Gama, de 72 anos, trabalhou com seu Antônio Nascimento. Conta que residia numa Fazenda onde hoje é o bairro de Pombalzinho, e como seu pai era compadre de Antônio Nascimento perguntou a ele se tinha uma vaga de emprego para o filho. "Eu tinha uns 19 anos e passei a trabalhar na Loja São José  que ficava onde foi instalada a antiga séde do Baneb. Aí fui trabalhar   e foi uma experiência fantástica. Foi através dele que me incentivou, como também Lucinha, a fazer o  exame de Admissão para ir estudar no ginásio. O movimento era pequeno naquela época por volta de 1968 a 1970, e ai durante às tardes passei a estudar . Você lembra que antigamente era preciso fazer o teste de Admissão para entrar no Ginásial. Passei de primeira e fui fazer o Ginásio. Aprendi com seu Antônio muita coisa importante porque  a loja era um ponto de encontro das pessoas onde se discutia  política e outros assuntos. Ele recebia todos os jornais que chegavam na Cidade : A Tarde, Jornal da Bahia e Tribuna da Bahia. 

Sebastião lembra das
tardes de bate papo.
Lá frequentavam o  sr.Imério, Totonho Brito, Pedro Souza ,Joaquim Costa e muitos outros . Discutiam a política estadual e  nacional. Seu Antônio foi sempre político. Ele era muito querido e aprendi muita coisa. Se perguntasse a ele quem é o  Ministro da Educação, o governador de algum Estado, ele sabia  tudo. Tinha uma memória  fantástica!"

Disse ainda Sebastião Gama que " lia muito , nunca vi uma pessoa com uma cultura tão vasta quanto ele. Através dele fui estudar e fiz o Ginásio e parte do Colegial , foi quando  passei no concurso do Banco do Estado da Bahiao Baneb e fui trabalhar. Trabalhei até 2002 quando passou para o Bradesco, foi que saí. Trouxe meus  irmãos mais novos e todos conseguiram suas independências.Tenho todo o carinho à família do seu Antônio Nascimento. Lembro de d. Efigência que era uma mulher chic . Ela fazia o Presépio de Natal que era muito visitado pelos pombalenses. Ela sempre montava seu  o Presépio  com um mês de antecedência. "Ele acrescentou ainda que as pessoas que trabalhavam nos cartórios, onde hoje funciona a Câmara de Vereadores , como d. Altair e suas irmãs , Zilda Freire e outras pessoas por volta das 17 horas iam para a Loja São José bater papo com seu Antônio ver os produtos que tinham chegado, e discutir as novidades. Lembro também que Miguel Valério aparecia e muitos outros. Eram tardes agradáveis
NR - Mais uma vez meu agradecimento ao amigo  Hamilton Rodrigues que com sua disposição e entusiasmo vem recolhendo os depoimentos, fotos e outros materiais que necessito para escrever esses textos, acrescidos da minha própria vivência e conhecimento da muitos dos personagens até agora retratados. Vem mais por ai. Estamos trabalhando. 



32 comentários:

Unknown disse...

Perfeito, o Sr. Antônio Nascimento foi um grande homem!

Liane Katsuki disse...

Voce goi longe o tempo!!
Muito linda historia

Dalva Bastos disse...

Parabéns! Boas lembranças do tempo antigo.
Lembrei-me do meu Pai,Clarindo de Oliveira Bastos.

Ari Donato disse...

Em minha querida Guanambi também havia, aí por essa mesma ocasião, comerciantes do timbre do senhor Antônio Nascimento Morais. Não vou citar nomes pois a festa é para seu personagem, meu caro professor Reynivaldo.
Bonito resgate, que certamente traz boas lembranças a familiares do sr. Antônio e aos pombalenses, especialmente aqueles que carregam no peito o amor por sua sua cidade e sua gente, pois, contraditoriamente, há sempre quem não se importa, sequer bate a passarinha, como se dizia antigamente.
Continuo aprendendo com o meu nobre professor de Jornalismo sobre a arte de escrever histórias humanas!

reynivaldobrito.blogspot.com disse...

Lucia Lucinha Morais

Parabens!!! suas reportagens estão resgatando a memória da nossa terra.
Gratidão,pela inclusão do nome de Meu pai na relação daqueles que fizeram a história da nossa Ribeira do Pombal.

Osvaldo jacobina disse...

Mais um Rey. Parabéns por divulgar a história de Pombal e de seus munícipes famosos.
um gde abraço

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Alice Campos
Lendo o texto, voltei a minha infância. Cresci num sítio vizinho a uma Vila, distrito de Irará. Na vila, a única loja de tecidos era do meu avô e lá além de tecidos diversos, vendia-se chapéus, botas, jalecos para vaqueiros, esporas, selas para cavalo, tinha uma parte onde se vendia açúcar, café, farinha, sal, bacalhau seco (do verdadeiro) carne do sertão, açúcar e tantos outros produtos de um mercadinho, além de um salào nos fundos onde ficavam prateleiras cheias de caixões funerários pequenos ( infantis). Lá tinha de tudo que alguém pudesse precisar pois outra loja assim só na cidade, a 12km da vila. Fiquei emocionada pois era como se eu estivesse na loja do meu avô onde ia muitas vezes e ganhava balas e carinho dele. Muitas saudades!

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Pietro Jacobina Britto Britto
Lembro muito do Sr. Antônio Nascimento,pois morava na mesma rua, uma casa depois da Loteria Esportivo,que foi derrubada ao lado da igreja Velha, pois sempre ia ajudar meu pai Joãozito, do Correio. Na época o Correio ficava ao lado feira na Rua de Pedro Ernestino,a minha lembrança é que sempre via na praça do monumento uns senhores jogando dominó.

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Antonio Brito
Grande Seu Antonio Nascimento, Gente muito boa, tive o prazer em conhece-lo prssoalmente, pai de Grande Kleber ( Pique), Ze Roberto (Dr.), Maria Antonia, Lucinha.
Foi candidato a Prefeito, porem derrotado nas urnas por Ferreira Brito.
Que Deus o tenha.

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Iara Brito
Homem educado e amigo de todos.Voltei a minha infância.Adorei.

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Benjamin Brito Gama Junior
O inesquecível tio Antonio Nascimento,sempre bem humorado.....

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Marthinha Costa
Maravilhosas histórias da cidade natal de nossa família. Amei 🥰. Obrigada primo.

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Marcos Morais Brito
Não tem uma única pessoa em Pombal , que quando lembra de tio Antônio , não lembre do seu bom humor , tudo era motivo para sorrir. Tio Antônio era um homem bem humorado e educado , que irradiava boas energias.

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Edna Silva
Você é excelente cronista.

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Caio Morais
Obrigado Reynivaldo Brito , pela amizade para com meu pai, e mais essa crônica... orgulho da história da minha família. Grato.

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Reynivaldo Brito
Caio Morais Caio seu pai deixou muita saudade.

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Bruno D M Morais
Reynivaldo Brito chorei ao ler a linda homenagem que fez a meu avô Antônio Nascimento, meu pai falava muito em você, tenha certeza que era um dos poucos verdadeiros amigos do meu pai por todo carinho que tinha com meu velho pai.
Abraço...

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Kire Moralis
Gratidão Reynivaldo! Sou Neta de Sr Antônio Nascimento e filha de Kleber… chorei muito revivendo toda história que você escreveu de forma primorosa. Sinto-me privilegiada por fazer parte da família que ele e minha Avó Efigênia construiu, com valores e princípios irrefutáveis. Tive a oportunidade de morar com meu avô e ser inundada diariamente com seu amor incondicional, sua sabedoria, humor, humildade, desprendimento e alegria. Gratidão a Deus e você por nos permitir reviver maravilhosas memórias.

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Adelaide Reis
Minha mãe contava que ele era muito engraçado que toda vez q ela ia na loja com pai comprar algum tecido ele dizia; Maria você gostou do tecido que João comprou a semana passada aqui kkkk,mãe falava que tecido e ele começa a rir ,essa história eu nca esquecir .

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Nilson Dantas Viana Dantas Viana
É Claro que Reynivaldo é um jornalista arrombado, com larga experiência. O que ele escreve é de uma precisão incrível, a pesquisa dele é perfeita, fotos e os mínimos detalhes. Acho que vá dar um bom livro, embora sejam histórias individuais. Parabéns conterrâneo.

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Pedrinho Dos Correios
Parabéns, Reynivaldo Brito!!! Você é nosso orgulho de nossa querida Ribeira do Pombal.
Grande abraço
Pedrinho dos Correios.

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Humberto Bastos
Linda reportagem, meu amigo Sr. Brito.
Humberto Pojuca.

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Terezinha Brandão
Cronista de valor, que continue firme em 2022

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Ana Lucia Moraes Lopo
Bem merecida homenagem amigo! Meu tio era um homem carismático! Fez história!

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Edicarlos Santana
Parabéns pelo seu trabalho que Deus continue ti dando saúde para seguir em frente com seu trabalho.

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Ari Donato
Em minha querida Guanambi também havia, aí por essa mesma ocasião, comerciantes do timbre do senhor Antônio Nascimento Morais.
Não vou citar nomes pois a festa é para seu personagem, meu caro professor Reynivaldo.
Bonito resgate, que certamente traz boas lembranças a familiares do sr. Antônio e aos pombalenses, especialmente aqueles que carregam no peito o amor por sua sua cidade e sua gente, pois, contraditoriamente, há sempre quem não se importa, sequer bate a passarinha, como se dizia antigamente.
Continuo aprendendo com o meu nobre professor de Jornalismo sobre a arte de escrever histórias humanas!

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Ângela Barreto
Quantas reminiscências, Rey. Uma delícia de ler. Parabéns. Um bom livro em 2022. Bora lá. Muita felicidade.

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Ivo Neto
Magnífico trabalho.

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Marluce Maria Morais Brito
Mais uma homenagem por demais merecida, contando história de tio Antônio, pessoa carismática e cheia de bom humor. Mais uma vez, parabéns por essa grande ideia.

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Maria Antonia Morais Matos
Quanta honra!!
Falar de meu pai é falar de amor , simplicidade e carisma.
Muito orgulho de ser filha desse homem, ser humano inigualável.
Tinha um humor aguçado e coração gigante
A vc ,Reynivaldo Brito ,meu abraço e gratidão pelo depoimento e grande amizade fiel ao mano Kleber(Pike)

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Vanessa Morais
É quando a doçura de meu avô soma a uma história linda!❤ Saudade .

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João Edson Souza
Eu era criança, mas lembro bem da figura carismática do Senhor Antônio Nascimento, porque meu pai me encarregava de entregar-lhe os jornais diários que viam da capital por ônibus.
Eu os entregava nas mãos do Seu Antônio Nascimento que era um leitor assíduo, na Loja São José, um estabelecimento amplo, bem estruturado, bonito, bem a frente do seu tempo.
Seu Antônio era gentil e de humor refinado, um homem que fez bela história em nossa Ribeira do Pombal. Deixou uma família linda, sua caçula, Maria Antônia foi minha colega de escola, amiga querdíssima com seu esposo, Correrinha e filhas. Todos dignos e queridos, seus irmãos, o saudoso Kleber, Lucinha, Maria Helena, dr. José Roberto.