Esta foto tirei em 1982 e dá uma ideia da simplicidade do carnaval na Praça Castro Alves.Claro, horário sem trios passando. |
Estes encontros ocorriam durante
o carnaval. A Praça Castro Alves,naquela época,nas décadas de 70,80 e 90, era
um dos principais locais onde o carnaval fervia. Todos os trios e blocos tinham
que desfilar por ali com suas fantasias e acordes estridentes. Ao redor da
praça muitas barracas de cobertura de lonas de caminhão ,mesinhas nas calçadas e
bancos de madeira bem coloridos. Tudo era improvisado e a cobertura das barracas vista do alto realmente
não era bonita. Porém, verdadeiro e muito mais popular porque não tinham a
agressividade de hoje das grandes estruturas de ferro e madeira que invadem
passeios e colocam os foliões em corredores,
muitas vezes até inacessíveis. Basta lembrarmos do Campo Grande, Barra e
Ondina. Um absurdo dos tempos atuais. O carnaval precisa voltar a ser uma festa
do povo e não de uns poucos que podem pagar pelos tais camarotes caríssimos.
Porém, voltando à banca de
revista do Vavá, os tempos eram mais simples. As pessoas se confraternizavam e
de quando em vez ouvíamos a sua voz e sua risada gostosa quando alguém brincava
ou dizia alguma bobagem. Éramos felizes e não sabíamos. Lá nos encontrávamos Eliezer Varjão,
Cristovaldo Rodrigues, Ângela Guimarães, Ângela
Barreto, Sônia Maria, Ana Vieira, Tito Lívio ( falecido) Genésio Ramos (
falecido), Raimundo Machado, Silva Filho
, (falecido) Antônio Queirós, Arestides
Baptista,Heloísa Sampaio, Jurandira Alves ( Juju),Valmir Palma ( o magro) , Berna
Farias,Carlos Santana ( fotógrafo) e muitos outros com menos frequência nessas ocasiões.
Quando o saudoso Arthur Couto
criou uma frota de camionetes pra levar o jornal pro interior do Estado, Vavá
foi trabalhar dirigindo uma delas e, fazia a rota Salvador-Juazeiro-Salvador.
Uma loucura, porque é uma distância considerável. Lembro que um dia a
caminhonete capotou e tive que viajar para buscar a equipe de reportagem que
estava viajando com Vavá. Estavam na camionete Eliezer Varjão e o fotógrafo Arlindo
Félix(falecido).
Vavá foi sepultado no domingo ,às 10 horas,no cemitério do Campo Santo,com grande acompanhamento de parentes
e amigos. Muitas autoridades não tiveram tanta gente em seus sepultamentos,
como ocorreu no de Vavá. Isto é uma prova inequívoca que ele era querido por
todos que o conheciam. Procurei alguém que tivesse uma foto da barraca do Vavá mas, infelizmente, não consegui. Se alguém tiver pode mandar que vou postar junto com este texto.
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