Paulo Cardoso foi mais de 18 anos delegado de polícia. |
Paulo Cardoso votando numa das eleições majoritárias. |
Quem lembra bem das histórias de seu Cardoso é seu filho Nilson Brito que já foi prefeito de Ribeira do Pombal, e até hoje continua na política.
Nilson Brito relatou que seu avô, chamado de coronel Brito ou de Velho Brito, proprietário daquele belo sobrado que infelizmente foi demolido, "mandou meu pai e seu irmão Oliveira Brito para estudar perto de Tobias Barreto, que tinha uma escola boa . Quando concluiram o primário saíram daqui a cavalo até a cidade de Rio Real onde pegaram um trem para ir para Salvador continuar os estudos. A nossa regiião era muito atrasada. Oliveira Brito sempre querendo estudar Direito e meu pai insistia em seguir a carreira militar. Ele tinha mania de querer ser militar. Mesmo quando voltou para cá e fazia política não fazia questão de ser prefeito. Meu pai só queria ser Intendente que era o que equivale hoje a prefeito. Naquela época o cargo de Intendente era uma espécie de magistrado da polícia. Ribeira do Pombal não tinha comarca e o Intendente era juiz, promotor e o mandante da força policial. Quando Getúlio Vargas ganhava Manoel Américo Passos nomeado Intendente, que era do Partido Trabalhista Brasileiro - PTB , partido fundado pelo caudilho gaúcho. Quando veio a redemocratização meu pai era o Intendente, cargo que foi extinto passando a ser chamado de delegado de polícia. "
POLÍTICA DIVIDE FAMÍLIA
Continua Nilson Brito em seu depoimento dizendo que "nesta época existiam alguns partidos: União Democrática Nacional - UDN era dos Pinto Dantas, de Itapicuru, Bahia ; Partido Social Democrático-PSD , fundado em 1945, tinha como líder regional o Coronel João Sá , de Jeremoabo,Bahia, e era o mesmo partido de Oliveira Brito ; já o Partido de Representação Popular - o PRP reunia os integralistas que vestiam camisas verdes e seguiam o líder político de Serrinha,Bahia, Rubem Nogueira ; o Partido Trabalhista Brasileiro - PTB era o de Getúlio, e o líder aqui chamava-se Manoel Américo Passos, e o partido comunista não conseguia registro . Se tinha mais outro partido não lembro".
Nilson Brito há muitos anos segue o caminho do seu pai na política. |
Continua Nilson Brito "sempre tive vontade de juntar Nilton Brito, meu irmão, que infelizmente faleceu, e Hélio Brito, que hoje está enfrentando um problema de saúde, para que eles contassem o que realmente aconteceu que gerou este desentendimento entre meu pai e o grupo de seu irmão Oliveira Brito. Tenho comigo uma ata onde meu pai renuncia à seu cargo de Intendente para que seu cunhado Ferreira Brito se candidatasse, senão não poderia ser candidato. Daí em diante sei de toda a trajetória. Gostaria de fazer um memorial contando toda esta saga."
Edson Brito também faz política. |
Prossegue Edson Passos Brito dizendo que "certa vez perguntou a seu pai Paulo Cardoso de Oliveira Brito por quê ele fazia questão de ser delegado, já que ficou nesta função por mais de dezoito anos, em períodos diferentes. Daí em diante ficou na oposição . Ele me respondeu que precisava ocupar um espaço na sociedade e na política , e a forma que encontrou foi sendo delegado de polícia. "
Já Nilson Brito relembra da atuação política dos integralistas Antônio Nascimento, Moisés Fonseca, Evandro Costa ; Terezinha Ferreira Costa , a Tela Borges; Leopoldo Borges, Salvador Costa e Joaquim Costa, dentre outros . "Era um grupo forte que combateu meu pai. O curioso é que muitos deles moravam na mesma rua de pai, a Rua do Capim, eles conseguiram derrotá-lo. Depois se uniram a meu pai apoiando a candidatura de Antônio Nascimento, quando foram derrotados por Ferreira Brito."
Afirma ainda Nilson Brito "que a minha trajetória política não foi fácil. Sempre segui o meu partido votando nos cunhados da família Bacelar e nos candidatos do grupo até hoje."
Lembro que lançamos Dr. Décio de Santana como candidato a prefeito e ganhamos, fizemos 80% da Câmara de Vereadores e Ferreira Brito não teve coragem de se candidatar. Teve uma influência de sua tia Maria Perpétua, Santinha, que o incentivou a se candidatar enquanto ele relutava."
Lamenta Nilson Brito a morte de dr. Décio de Santana que logo depois de ser assaltado em seu sítio veio a falecer. "Infelizmente ele morreu antes de batizar minha filha ." Concluiu Nilson Brito dizendo que "sou político, mas não brigo com adversário. Gosto de conversar , contar história e de ser pacificador."
MUITAS DISPUTAS E CONTROVÉRSIAS
Um dos seguidadores do grupo de seu Cardoso, é o comerciante João Alfredo Bitencourt, de 76 anos, que desde jovem se envolveu na política acompanhando o seu pai Alfredo Almeida Bitencourt, que era seguidor dos bocas pretas. Diz ele que "ainda na década de 50 era adolescente e conheci seu Cardoso através de meu pai . Naquela época ele era um dos chefes políticos e comandava o partido União Democrática Nacional - UDN. Garoto ainda acompanhava esses passos."
Comerciante João Alfredo Bitencurt tem boas lembranças da política de Ribeira do Pombal. |
E continua : " Meu pai era também muito amigo de Ferreira Brito.Quando me tornei adulto continuei envolvido na política através de seu filho Nilson Brito, que foi candidato a vereador em 1962, quando dei meu primeiro voto. Votei no Nilson, embora não tivesse aproximação com ele. Foi o vereador mais votado . Nilson é muito jeitoso, habilidoso. Na época segui a UDN. Aqui era muito difícil ser oposição porque tinha a liderança de Oliveira Brito e Ferreira Brito que eram muito fortes. Tinham o poder nas mãos. Porém, sempre com a liderança de Cardoso Brito e depois de Nilson Brito, e com a ajuda da minha professora Maria Amélia Passos Brito, que era adepta de Cardoso fomos em frente . Votei em Lomanto Junior para Governador e para prefeito em Cledionor Ferreira Rocha , o Nozinho, que foi uma espécie de anti-candidato. Fomos derrotados"
E continuou " Em 1966 Cardoso estava mais velho, ai entraram outros membros da sua família, e Nailton Brito se candidatou a vereador e votei nele. Foi quando Pedro Rodrigues da Conceição foi o candidato escolhido por Ferreira Brito , e terminou sendo o candidato único. Depois nós da UDN voltamos para a oposição. Ai eu já estava mais ativo , com Kleber Morais , filho de Antônio Nascimento, e outros continuamos . Ele fez uma boa gestão para a época. Veio 1970 ai Nilson Brito estava forte, mas sem base para se candidatar a prefeito. Criou-se a candidatura de dr. Décio de Santana através dos estudantes e outros segmentos da sociedade pombalense, e contou com a simpatia de políticos tradicionais. Aí o grupo político de Pedro Rodrigues e Ferreira Brito terminou rendendo-se à candidatura de dr. Décio de Santana, que foi o candidato único. Houve um acordo meio confuso para dividir o mandato com Nilson Brito, que governou de 1970 a 1972."
Prossegue João Alfredo "chegando ao poder dr. Décio de Santana ligou-se muito a Nilson Brito e à sua esposa Lúcia Bacelar, que foi ser a Secretária de Educação do Município, fortalecendo o grupo de Cardoso Brito.l ." Ressalta João Alfredo "pense numa eleição disputada entre Nilson Brito, pela UDN, e Ferreira Brito, do PSD. Disputei a primeira eleição de vereador. Banzaê pertencia a Ribeira do Pombal. Praticamente me elegi na Mirandela que era o reduto de meu pai. Nilson Brito perdeu a eleição para Ferreira Brito que tinha uma forte ligação popular. Nilson Brito e eu fomos para a oposição. Fizemos uma bancada de 7 entre os 13 vereadores, e ficamos com a Presidência da Câmara quando foi eleito dr. Hélio Brito Costa , que fez um grande trabalho na Câmara. "
AMIZADE DURADOURA
O comerciante e político João de Alfredo fez questão de ressaltar que " foi amigo pessoal de Paulo Cardoso. Lembro que tinha um comércio na Rua Presidente Kennedy, a gente sentava e conversava sobre os mais variados assuntos. Era um homem sério, honesto e de pouco falar. O legado dele foi muito importante para esta Cidade. "
Paulo Cardoso jovem e seu pai o coronel Brito. |
Diz ainda João Alfredo Bitencourt que " não tinha tradição política. Assim, fui me envolvendo e conheci Ferreira Brito, sendo candidato a vice-Prefeito na chapa de Edval Calazans, em 1976. A chapa vinha toda da Mirandela e desagradou alguns pombalenses. Foi uma eleição terrível. O candidato do outro lado foi Pedro Rodrigues da Conceição, que tinha feito um trabalho bom na Prefeitura e Antônio Bernardo como vice. Conseguimos ganhar por noventa e poucos votos. A política é danada, eu ainda novo e inquieto terminei logo, logo indo para oposição. O mandato foi prorrogado até 1982. Nesta época a oposição estava forte e formamos um grupo independente com Nelson Gonçalves, médico benquisto, Antônio Rodrigues dos Santos,o Tota Santos; Antônio, da Passos Nobre; João Batista da Silva, o Zito da Cachaça; José Alves da Silva, o Mendonça; Salustiano Barreto de Mendonça, o Salu; José Martins Carvalho, o Zé Bagaço; Antonino Ferreira Nobre, o Vandinho; e terminamos indicando o candidato a prefeito. O candidato que tinha voto era Nilson Brito e no acordo decidimos por Pedro Rodrigues, que não tinha dinheiro nem voto, mas era bom recebedor de votos . Nilson Brito mostrando sabedoria política apoiou e saiu como vice prefeito para enfrentarmos Ferreira Brito, que veio com seu filho José Renato na vice . Eu saí candidato a vereador, Tota Santos também. Fui eleito vereador, o mais votado , e a seguir por unanimidade Presidente da Câmara dos Vereadores. Terminei voltando para oposição, depois de Tota Santos arranjar umas encrencas por lá ," conta rindo
D.América Passos e Paulo Cardoso. |
LAMPIÃO NA CIDADE
No dia 17 de dezembro de 1928 a Cidade de Ribeira do Pombal ficou em alvoroço com a chegada de Lampião e mais sete cabras , passagem registrada nesta foto famosa tendo ao fundo a igreja matriz de Santa Tereza D'ávila , padroeira da cidade cuja foto foi feita pelo maestro e alfaiate Alcides Fraga. Quando a gente observa a foto com mais atenção vemos pessoas em frente as suas casas olhando tranquilamente o bando sendo fotografado.
O fotógrafo Alcides Braga era também o maestro da Filarmônica XV de Outubro. Segundo meu amigo o jornalista e historiador Oleone Coelho Fontes autor do livro Lampião na Bahia, o cangaceiro foi bem recebido e chegou até a comer cuscuz de milho com seus capangas no sobrado dos Brito. Esta cortesia dos pombalenses na época irritou as autoridades baianas que estavam no encalço do bandoleiro.
Esta versão foi complementada por Nilson Brito, filho de Paulo Cardoso, dizendo que "o mensageiro de Lampião bateu na porta do sobrado dos Brito por volta das 6 horas da manhã. A porta foi aberta pelo mordomo, cujo nome ainda não consigo lembrar , era um homem negro e forte, e a exigência é que o Intendente mandasse recolher os policiais ( macacos), como Lampião os chamava, que ficavam na cadeia pública localizada nas imediações da pensão de Pedro Tibúrcio, portanto, próximo do sobrado dos Brito. Os policiais receberam orientação de ficarem quietos.Lampião e seu bando tomaram um farto café com cuzcuz de milho, ovos fritos e outras iguarias."
Paulo Cardoso de Oliveira Brito ainda era o Intendente, e teve que negociar pela segunda vez com Lampião. Depois de tirar aquela foto e seguir viagem meses depois Lampião retorna e ficou acampado no Tabuleiro entre Pombal e Tucano, e como de costume mandou seu mensageiro avisar que estava necessitando de uma certa quantia em dinheiro. Foi feita uma arrecadação entre os moradores mais abastados , não foi a quantia que ele queria, mas Lampião aceitou, e seguiu viagem." Esta negociação que não se sabe exatamente os termos evitou qualquer problema ", confessa Nilson Brito.
Lampião já conhecia o coronel Brito, que tinha uma fazenda nos Troncos, municipio de Cícero Dantas. Lampião tinha na região os pontos certos para se abastecer de produtos de primeira necessidade, também de bebidas e dinheiro.
Paulo Cardoso de Oliveira Brito, nasceu em Ribeira do Pombal em 4 de maio de 1906 e faleceu em 28 de outubro de 1995. Era filho de Antônio Ferreira de Brito ( o coronel Brito) e Evência de Oliveira Brito, também falecidos. Era casado com d. América Passos Brito , nascida em 19 de fevereiro de 1912 e faleceu em 4 de janeiro de 2003. Tiveram onze filhos a saber: Domingos Nilton Passos Brito e Nilza (falecidos) , Nailton , Paulo Américo , Nilson, Nadilza ( falecida) , José Naydson ( falecido) Edson, Nathan, Dilson e Maria Iranice Brito Caribé, e no seu segundo relacionamento José Adilson Alves Feitosa. Atualmente como descendentes a família de Paulo Cardoso e d. América Passos Brito têm : onze filhos, 33 netos, 50 bisnetos e 5 tataranetos.
MORTES NA MIRANDELA
O chefe do Cangaço e seus cabras estiveram por duas vezes no povoado de Mirandela. Contava Alfredo Almeida de Bitencourt , falecido, pai do comerciante João Alfredo Bitencourt , "que da primeira vez eles beberam, farrearam e comeram na bodega de Saturnino Goes , pagaram pelos alimentos que levaram e também as bebidas que consumiram. Não mexeram com ninguém. Era um dia de Natal. Antes de chegar tinha mandado um portador avisar que estava chegando, e sempre quando ele entrava vinha com um lenço branco amarrado num galho de árvore carregado por um dos cangaceiros. "
Da última vez ele tornou a avisar que iria entrar na Mirandela , mas um tenente que estava sediado no povoado com alguns soldados da polícia baiana , tinha arrregimentado uns voluntários e estavam bem armados. O tenente mandou dizer pelo emissário de Lampião que "não tinha acordo não, e que bandido ia ser recebido à bala". Houve um intenso tiroteio com os policiais e o pessoal entrincheirado, e um policial chamado de Manoel Amaral foi atingido no joelho. Amparou-se numa casinha e ficou gemendo de dor. O bando já tinha assumido o comando do povoado. Aí arrombaram a porta e acabaram de matar o policial. Entre os voluntários que enfrentou Lampião estava Pedro Brasil Goes, falecido, que era irmão do dono da bodega onde Lampião farreou da primeira vez que esteve na Mirandela.
O morador Geremias de Souza Dantas , conhecido por seu Neco, que era o pai de Orlando Rodrigues de Souza, seu Vivi, veio de lá meio chapado, estava bebendo, e saiu delirando. Aí um dos cabras de Lampião desferiu apenas um tiro que o atingiu e veio a falecer.
Quando se preparou a reação contra Lampião , conta João Alfredo Bitencourt uma história engraçada que seu pai " não quis participar como voluntário, e foi para Barra dos Cachorros distante dois quilômetros do povoado. No caminho lembrou de uma panela de feijão que tinha deixado no fogo , e voltou pra pegar pelos fundos da casa. Ele e um irmão ficaram o dia inteiro no mato e depois que tudo cessou voltaram em paz. "
MAESTRO E ALFAIATE
É bom relembrar que o alfaiate e maestro Alcides Braga ao fotografar Lampião e seu bando e divulgar aquela foto, que é a única feita na Bahia enquanto Lampião era vivo, ficou com seu nome marcado pelos cangaceiros e a polícia.
Foto 1. Filarmômica de Cipó e o primeiro à direita com a batuta nas mãos é o maestro Alcides Braga.Foto 2 . Alcides e sua esposa Rita de Cássia. Foto 3. Oleone Coelho Fontes. |
Logo após a foto Lampião e seus capangas foram levados de carro , que segundo relatos pertencia ao padre, Edmundo do Cumbe para as bandas de Cícero Dantas, dirigindo por um cabo, que certamente não se identificou como militar . Depois Lampião e seus homens foram para o Estado de Sergipe. O autor da foto passou a ser inquirido pela polícia e também Lampião dias depois foi atacado no povoado de Abobóras, no municipio sergipano de Salgado, e um de seus cabras o Mergulhão foi morto. Daí Lampião achou que teria sido o Alcides Braga que abriu o bico e prometeu matá-lo.
Com essas ameaças ele saiu de Ribeira do Pombal onde tinha sua alfaiataria e era maestro da Filarmônica XV de Outubro, e foi morar em Caldas de Cipó onde montou sua alfaiataria e dirigiu a filarmônica local. Consta também que já tinha morado em Nova Soure.
Por uma coincidência ruim Alcides Braga foi abandonado pela mulher Rita de Cássia Cunha Braga que fugiu para Ilhéus com o novo companheiro levando os dois filhos do casal. Com isto a paixão por Rita de Cássia, que chamavam de Morena, o levou à ruina e se entregar ao álcool. Conta Sílvio Leone, que no final da vida vivia de realizar pequenos serviços como fazer bainhas de calças e pregar botões nas peças que outros alfaiates confeccionavam. Outro que sofreu represálias foi o vigário Zacarias Mato Grosso que servira de cicerone para evitar qualquer conflito de Lampião com os pombalenses.
NR - Agradeço a Hamilton Rodrigues por sua dedicação em colher depoimentos e em fotografar os personagens , e aos entrevistados, bem como a Dilson Brito por ter enviado algumas fotos e informações incluidas neste texto.
16 comentários:
Grande REY, muito bem, boas recordações na nossa querida " POM BAL ".
Somos pombalebses, com muito orgulho.
Parabens e um forte ABRAÇO
REY,
Na minha opinião você merece uma forma de gratidão pelo município de Ribrira do Pombal-Bahia,pelo seu trabalho na divulgação sobre as famílias e os cidadãos que contribuíram com a bela e humilde história deste emergente município, que vem orgulhando e dignificando seus filhos e todos aqueles que viveram, trabalharam ou vivem e trabalham em Ribeira do Pombal e Região de sua influência.
Divulgando e informando se valoriza tudo e todos os envolvidos,gerando motivações rumo ao sucesso e isso tem que ser valorizado.
Sucesso e saúde para você e família, e nossa gratidão é reconhecimento.
Cada história tão boa quanto a anterior. É uma leitura que ficamos querendo que não tenha final.
Renilde Pedreira
Muito bom!! Mantendo viva a nossa História!
Pietro Jacobina Britto Britto
Obrigado primo Rey.
Dilson Brito
[22/1 11:24] Dílson Brito: Bem Rey, a ruptura familiar se deu em virtude de compromissos e acertos não cumpridos com meu Pai. Antes quem dominava a política era meu Avô Manoel Américo Passos que fazia parte do Partido Getúlio Vargas e tbm que foi Intendente e na época depois de 1933 era eleitos na chamada eleição "Bico de Pena", inclusive seu Avô foi o 1o Presidente da Câmara de Vereadores, após a Ditadura de Getúlio veio a redemocratização do país com a 1a eleição em todo Brasil. Pois bem, em 1944 até a eleição geral e democrática em 1946 meu Pai era mais uma vez o intendente. A família Brito se reuniram e fizeram um acordo de meu Pai se afastar da Intendência para que seu cunhado Ferreira Brito fosse o candidato. Meu Pai e a família Brito eram parentes dos Dantas Brito de Sergipe e de Itapicuru, e ele Era Compadre de Dedé Guimarães que era Deputado dos Dantas. Voltando um pouco para 1945, Apareceu o Coronel João Sá e convenceu a familia Brito a se filiar ao Psd e Tio OliveiraBrito que era Juiz de Direito, abandonou a Magistratura e se candidatou a Deputado Estadual e o compromisso era tbm votar em Dedé Guimarães, meu pai cumpriu o acordo de votar em Oliveira Brito para Deputado, Dedé Guimarães Deputado e Ferreira Brito para Prefeito, mas infelizmente os familiares não cumpriram e não votaram em Dedé Guimarães, portanto meu Pai chateado com a família se afastou e continuou com a UDN de Juraci Magalhães e os Dantas Brito. Rompendo politicamente com Ferreira Brito e Oliveira Brito.
[22/1 11:24] Dílson Brito: Paulo Cardoso, era pecuarista e dono de Engenho, sustentou 11 filhos com muita dificuldade. Minha mãe tinha posses e comprou apto em Salvador, localizado no Loteamento Lanat, pois ficava próximo do Iceia e do Salesiano, onde nós estudamos. Não foi um período bom, pois fomos obrigados a nós afastar dos parentes por causa da maldita politicagem. Pouco andavamos no Sobrado, somente iamos qdo nossa avó Ana(Donaninha) mandava nós buscar, não tivemos as benesses do Período político de Oliveira Brito, sempre politicamente meu pai foi ligado a Juraci Magalhães e os Dantas da Casa de Itapicuru, mesmo contra a vontade de Ferreira Brito meu saudoso Pai foi Delegado de 1950 até 1967. Se houve desavenças esses desacertos foi causado por não cumprimento de acordos que naquela época se cumpriam sem a necesssidade de assinatura.
Domingos Dantas Brito
Valeu mais uma passagem de outrora da nossa Pombal
Graça Gama
Parabéns amigo e conterrâneo Reynivaldo Britto. Mais uma história de Pombal.
Edmundo Silva
Eu era menino ouvindo está divisão dos Brito em Ribeira de Pombal!!
Edmundo Silva
Ok Nilson Brito. Abraço à tds seus familiares.
Iara Brito
Bons tempos kkkkkkEu era BOCA PRETA SAUDADES.VALEU MEU IRMAO QUERIDO!
Iara Brito
Esqueci partido NILSON BRITO ERA TEMPO BOMMMMMMMM
Romiratan Miranda
Boas histórias.
Edicarlos Santana
Parabéns Boas histórias
Antonio Brito
Seu Cardoso Brito, " Grande cidadão de Bem e do Bem",
O pombalense tem sim que orgulhar-se também drste CIDADÃO.
Didil Costa
Maravilha Rey! Mais uma vez mantem viva a história política de nossa cidade! Um importante legado do Sr. Cardoso. Sua influência política continua em evidência com o excelente trabalho do seu filho Nathan Brito. Reconhecido no município como o vereador com maior numero de mandatos. Sendo atualmente vice Prefeito de nossa cidade. Parabéns Rey, pela brilhante iniciativa. Sugiro que escreva um livro mantendo viva a história de Ribeira do Pombal.
Postar um comentário