Objetivo


sábado, 9 de abril de 2022

MEU AVÔ "IOIÔ" FERREIRA DE BRITO

 
Foto 1. Meu avô sentado com seu semblante sereno.
Foto 2. Ele com idade de uns 60 anos. Foto 3.Na
Fazenda  Salgadinho com seu tradicional pijama.
T
enho lembranças do meu tempo de criança e de minha alegria quando meu pai nos colocava em sua Rural Wyllys, de cor azul, e íamos passar o dia na Fazenda Salgadinho pertencente ao meu avô João Ferreira de Brito, seu Ioiô Ferreira, como era carinhosamente chamado, nos aguardava. Quase sempre estava sentado numa velha poltrona de tiras de madeira ou num extenso banco no alpendre de sua casa, que descortinava uma bela lagoa, o bananal e o canavial, as mangueiras e os coqueiros centenários do brejo. No inverno ou durante as chuvas de trovoadas a lagoa enchia, e as águas passavam em velocidade percorrendo quilômetros vencendo cercas, e outros obstáculos até desaguarem no rio Itapicuru. Meu avô nasceu em Ribeira do Pombal em 6 de outubro de 1886 e faleceu em 7 de novembro de 1964, aos 78 anos de idade.  Além de fazendeiro ocupou alguns cargos públicos como Delegado de Polícia, Intendente Municipal de 1924 a 1927, e várias vezes Presidente do Conselho Municipal de Ribeira do Pombal. Era um homem de 1,95 de altura, magro, com barriga de jovem, austero, respeitado, mas de fácil diálogo e gostava de uma boa conversa. Tinha uma verdadeira adoração pelo ex-Ministro Oliveira Brito, seu sobrinho, e era muito ligado a Ferreira Brito. Ele era considerado como uma espécie de poder moderador da política pombalense, sempre procurando agrupar os membros da sua família para não haver dispersão, e evitar conflitos com a oposição. Várias reuniões para escolha de candidatos a prefeito, vice e vereadores foram realizadas em sua presença na icônica Fazenda Salgadinho, hoje  desfigurada.

É de meu avô que hoje vou falar. Lamento não ter tido mais convivência com ele porque quando terminei o meu curso de Admissão vim estudar interno em Salvador, no Ginásio Salesiano e depois no Colégio Antônio Vieira. Portanto depois de meus 15 anos só o via durante as escassas férias. Vocês que hoje têm muito mais contato e intimidade com seus avós valorizem esta convivência, e que seja fraterna, amiga e não de conflitos desnecessários.

Meu avô era filho de Antônio Ferreira de Brito  (Ferreirinha) e Josefa Soares de Brito. Seu pai era considerado o chefe  político em Pombal, foi  Intendente, filiado durante a  Monarquia  ao Partido Conservador. Deixou uma numerosa prole de 16 filhos : Antônio Ferreira de Brito Filho,  Licério Ferreira de Brito, Rogaciano Ferreira de Brito ( Dantinhas), Maria Ferreira de Brito Costa (Iaiázinha), Ana Ferreira de Brito Costa, Josefa Ferreira de Brito ( Iaiá Dona), Domingos Ferreira de Brito ( Brito), conhecido também como o velho Brito dono  do sobrado que foi demolido, Cecília Ferreira de Brito Macedo, Maria Ferreira de Brito Rabêlo ( Iaiá), João Ferreira de Brito  (Ioiô), Ana Ferreira de Brito Gama (Sinhazinha), Alzira Ferreira de Brito Ávila, Joaquim Soares de Brito (Quincas), Bêdo Ferreira de Brito, Teresa Ferreira de Brito Fontes e Silvia Ferreira de Brito. Ao olhar a árvore geneológica da família Brito Dantas a qual foi organizada por Claudio de Brito Reis até o ano de 1992 notei que houve muitos casamentos entre primos , um exemplo é que meu pai Reinaldo Jacobina Brito era primo carnal de minha mãe Nivalda Dantas Brito.


                    O ACIDENTE

Foto 1. Nesta garagem ocupada por um carro era o quarto
onde ocorreu o acidente. Foto 2. Imóvel que lhe serviu 
de moradia na rua Júlio Guerra de Almeida, 67.
Meu avô  gostava de ler, mesmo morando na fazenda onde a luz era de
candeeiros e placas a querosene ele se esforçava para saber das notícias da Bahia, como se chamava antigamente no interior a nossa Salvador, e do Rio de Janeiro que era a capital do país. Foi assinante da Revista Seleções , que ainda hoje circula. É uma revista de variedades. E foi assim que num dia fatídico do ano de 1948 lendo o jornal adormeceu e as chamas do candeeiro atingiram o jornal, e em seguida a rede onde adormecia. Foi encontrado desmaiado e queimado atrás da porta do quarto onde tinha ido descansar. As queimaduras foram tão sérias que teve que amputar a perna esquerda. Esta amputação foi feita numa emergência em Ribeira do Pombal em precárias condições e sem anestesia adequada pelo seu genro dr. Décio de Santana. Meu avô gritava   tanto por causa das dores dilacerantes, que os filhos foram levados para as proximidades da igrejinha da Santa Cruz, que existia na entrada da Cidade, próxima onde ficava o antigo Quartel.  Dias depois o levaram para Salvador onde foi submetido a outra amputação para reparar a cirurgia de emergência.

Neste dia não estava em sua fazenda, e sim na casa de sua filha Josefa Jacobina Costa   (Sinhá), que ficava vizinha à casa dos meus pais. Ele tinha vindo da Boa Hora, povoado hoje pertencente ao município de Ribeira do Amparo, onde teria ido resolver uma disputa de limites de terra com um vizinho de sua propriedade de nome Venâncio. Cansado da viagem tomou seu café  deitou numa rede e foi ler um jornal. Recebia com certa regularidade jornais do Rio de Janeiro, especialmente o Jornal do Brasil e o Jornal Correio da Manhã que eram enviados pelo seu sobrinho Oliveira Brito. então deputado federal, e foi algumas vezes Presidente da importante Comissão de Constituição e Justiça, e depois Ministro da Educação e Cultura e Ministro de Minas e Energia, no Governo João Goulart. 

 A cicatrização  foi lenta e dolorosa. Como era um homem sensível deitado em seu leito onde ficou por longo período lembrou de suas andanças pelo sertão em busca da sobrevivência e fez um lindo poema se despedindo dos amigos, das estradas por onde passou e dos morros que sempre admirava. Veja:

                Despedida do Sertão

"Adeus povo de Massacará / Dê lembrança ao Caimbé /Não me esqueço de Rosário/ Nem também do Aribicé. /Adeus minha Serra Branca/Tão bons amigos deixei / Não esqueço da Varzinha / Onde muito passei. / Tratamos de Bom Jardim / Adeus Antônio de Isabel / Não posso nunca esquecer / De José Dantas Xavier. / Não sei qual foi nossa culpa / De sermos tão condenados / De trazer a mesma sina / de ambos morrer queimados. / Adeus meus bons compadres / Comadres minhas amigas / Adeus casa em que embalava / Seus filhinhos com cantigas. / Adeus meus afilhadinhos / Deus os queira abençoar /Não terei mais o prazer/ De ir aí os abraçar. / Adeus Cachoeira da Ilha / Riacho de Caimbé / Adeus meu fiel amigo / Euclides de Aribicé. / Adeus velhos, adeus velho / homem, menino e mulher / Não posso nunca esquecer/ do povo de Caimbé. / Adeus florestas, caatingas / Estrada que eu viajava. /Adeus casas dos amigos / Que eu sempre me hospedava. / Adeus povo hospitaleiro / Do meu amado sertão / Se tens agravo de mim / A todos peço perdão. / Faz um ano que me acho / Aqui no leito deitado/ Peço perdão a todos / E quero ser perdoado. / Eu carrego sobre os ombros / Uma pesadíssima cruz / Daquela que foi cravado / o nosso Amado Jesus.

Bom Conselho, sertão da Bahia, 27 de setembro de 1949. "

Seu sobrinho Oliveira Brito o levou para o Rio de Janeiro onde ganhou a sua primeira perna mecânica, o que lhe deu mais um pouco de mobilidade. Quando a perna o incomodava e o feria no lugar da amputação era hora de voltar para trocar a perna mecânica. Durante a sua vida trocou de perna mecânica por sete vezes, e ele guardava todas elas. Para viajar ao Rio de Janeiro geralmente era tio Milton Jacobina que vinha buscá-lo, levava até o aeroporto Dois de Julho em Salvador, e o embarcava num avião para o Rio de Janeiro. Lá já o esperavam o seu Godinho, que era secretário de Oliveira Brito ou então o próprio. Ele nunca aceitou esta amputação. Tinha momentos que ficava silencioso com o semblante fechado, e lembro dele olhando em silêncio as terras que tanto amava. 

                                                      SUA TRAJETÓRIA

Temos ai  os dezoito  filhos de Vovô. Nos dois primeiros
blocos os filhos do casamento com minha avó Beatriz. No
terceiro bloco, os filhos que teve com d. Joana Alves dos
Reis, e no quarto bloco os filhos com d. Ana Alexandrina.
O meu avô João Ferreira de Brito nasceu em 6 de outubro de 1886 em Ribeira do Pombal.Já adulto foi tropeiro na região de Euclides da Cunha com seus burros e mulas viajava negociando com animais e cereais. Comprou uma pequena propriedade no Caimbé e tinha uma casa simples no povoado que lhe servia de abrigo em suas andanças em busca da sobrevivência. Muitas vezes levava longas temporadas nesta região. Mas, sua moradia era em Ribeira do Pombal na Fazenda Salgadinho que tinha uma extensa área que ia até a localidade de Bodó. Ali mantinha vários agregados em suas terras, os quais construíam casas e cultivavam principalmente milho e feijão, além de criar algumas cabeças de gado e ovinos. 

Foto 1. A casa da Fazenda Salgadinho.
Foto 2. Meu pai Reinaldo com Joselito e Heraldo.
Casou-se com Beatriz Vieira Jacobina e tiveram 15 filhos, sendo dois partos de gêmeos, porém, num desses partos os gêmeos não sobreviveram.  Anos depois houve a separação e o desquite, e meu avô Ioiô Ferreira colocou seus filhos num carro de boi e os levou para a Fazenda Salgadinho onde os criou.

Quando ficaram adultos os homens tomaram cada um o seu rumo sendo que o mais velho tio Antônio Jacobina foi morar em Jequié, meu pai Reinaldo Jacobina foi para Jacobina, tio Deraldo Jacobina terminou fixando residência em Santo Antônio de Jesus, e depois Salvador. Tio Lourival foi para Jequiriçá, onde foi prefeito e faleceu precocemente aos 50 anos de idade. Tio Justiniano Jacobina era coletor federal e morou em Itaberaba, chegou a ser prefeito, foi ele que levou água encanada para a Cidade. Depois foi transferido para Itapetinga e comprou uma bela fazenda, mas anos depois retornou para Itaberaba onde veio a falecer. Tio Milton Jacobina foi investigador de polícia, chefe do trânsito em Vitória da Conquista e passou boa parte de sua vida em Salvador, negociando com automóveis. Naquela época não existiam concessionárias os carros eram importados, até que Juscelino Kubistchek trouxe a indústria automobilística para o Brasil.
 Mesmo assim, ele continuou comercializando seus automóveis e terminou indo morar em Ribeira do Pombal. Aqui foi covardemente assassinado pelas costas.Tio Joãosito esteve morando no Rio de Janeiro  onde trabalhou nas Lojas  Sendas.Voltou para a Bahia e foi trabalhar na Rede Ferroviária com seu irmão Deraldo Jacobina , depois se fixou em Ribeira do Pombal .Trabalhou nos Correios e  fundou um cinema .
 Já minhas tias permaneceram em Ribeira do Pombal e aqui constituíram suas famílias. Minhas tias Maria Emília (Nenê) e Julieta, casaram-se e ficaram por uns anos a morando na Fazenda Salgadinho, depois se mudaram para a Cidade de Ribeira
Tia Orádia Jacobina
do Pombal. Já tia Perpétua (Santinha) veio para Salvador acompanhando as filhas Lícia e Delci que vieram estudar.
Minha avô Beatriz teve uma filha do seu segundo relacionamento que é tia Orádia Jacobina de  Santana completamente integrada como todos os outros irmãos enquanto viveram e com os que ainda vivem.

Meu avô teve um relacionamento com d. Joana Alves dos Reis  do qual nasceram dois filhos Rogaciano Alves dos Reis e Ariston Alves dos Reis. Mas, nas suas idas para o sertão onde permanecia algumas semanas conheceu no povoado de Caimbé a jovem Ana Alexandrina de Jesus, nascida em 2 de junho de 1916.  Era uma cabocla bonita, e meu avô se apaixonou por ela e terminou vindo com ele para Ribeira do Pombal. Foi ela quem o ajudou a criar seus filhos mais novos. Deste relacionamento nasceram mais três filhos Rosa Batista Brito, Raimunda Batista Brito e João Batista Brito, que é o caçula. Ficaram juntos até o seu falecimento em 7 de novembro de 1964. Com a vinda de Ana meu avô trouxe ainda primos, tios e a mãe dela de nome d. Alexandrina. Tinha as feições de uma cabocla, talvez descendente direta da tribo Caimbé que habitava aquela região de Euclides da Cunha. Os parentes de d.Ana Alexandrina  vieram porque na região onde moravam não havia emprego e meu avô os recebeu, e aqui construíram suas vidas e deixaram descendentes.  Meu avô teve 21 filhos , sendo um deles adotado que é Deraldo Ferreira da Silva , hoje, com 70 anos de idade. 

Seu filho Deraldo falando de meu avô João Ferreira de Brito   relembrou que foi adotado por ele a Ana Alexandrina de Jesus e morou muitos anos com o casal na Fazenda Salgadinho. A adoção ocorreu porque seus  pais biológicos decidiram retornar para o município de Euclides da Cunha, o povoado de Caimbé. 
"Criado pelo casal convivi com os meus irmãos adotivos Rosa,Raimunda e  João. Graças ao emprenho da família consegui estudar na cidade de Catu onde conclui minha formação profissional de Técnico em Agropecuária. Tive uma vida profissional bem avaliada, e hoje estou aposentado. Resolvi retornar para residir em Ribeira do Pombal ao lado de meus irmãos. Sou casado há 45 anos com Maria Lúcia O.s. da Silva e temos duass filhas Fabiana e Aline.", disse Deraldo Ferreira da Silva.
Deraldo Ferreira ,com a esposa Maria Lúcia, e as filhas
Fabiana e Aline.

E continuou, "hoje relembro que meu pai Ioiô Ferreira era o agropecuarista bem sucedido na Região de Ribeira do Pombal. Criava gado mestiço  de leite e para recria. Possuía muitos ovinos e suínos os quais contribuiam com as receitas da propriedade, atividades que ajudavam na auto-sustentabilidade da Fazenda Salgadinho. Devo salientar que ele administrava suas terras com muita sabedoria e empregava métodos avançados para a época. Usava muito o sistema de meeiro na exploração de culturas de feijão, milho, arroz, melancia, cana de açúcar, manga, coco, batata doce, abóbora, mandioca e aipim. Também explorava de maneira muito inteligente o brejo  com um sistema de drenagem muito bem definido e orientado para irrigar as plantações de subsistências através de uns canais que a gente chamava de regos. Com esta irrigação natural garantia as plantações de subsistência das famílias que lhes prestavam serviços. "

"Implementou a pesca anual durante a Semana Santa garantindo peixes para as famílias de seus agregados . Eram pescados  traíras, corrós, caboges, piabas, jundiás e outros. Mandava ainda tirar centenas de cocos secos para distribuir entre eles. Outra coisa que lembro é que meu pai mantinha um ótimo relacionamento com os empregados e meeiros. Estava sempre preocupado com a educação das crianças e dos jovens que moravam na prrpriedade . Estimulava os pais e aos jovens para que eles não deixassem de estudar",disse  Deraldo Ferreira da Silva.

Em conversa com Antônio Bernardo Brito Costa, (Antônio de Totinha) seu neto, que conviveu com ele bem mais do que eu , ele relembrou  "que mesmo idoso nosso avô tinha um corpo de um jovem.  Quando veio morar na Cidade eu é que fazia a barba dele em dias alternados. Teve um dia que ao passar o barbeador em seu rosto provocou um pequeno ferimento e saiu um pouco de sangue. Vovô ficou bravo e me xingou. Aí pediu álcool para tentar estancar o sangramento. Ordenou: " Vá pegar o álcool!" Eu disse vovô com álcool vai doer. Ao que respondeu:" Deixa doer." Lembro que o seu cunhado Francisco de Jesus (o Chico Bala) o ajudava a montar em seu cavalo castanho da cara branca de nome Guarape; e percorria suas terras, olhando as cercas, fiscalizando os trabalhadores e conversando com seus agregados que moravam em sua fazenda."

                     CASA SEMPRE CHEIA

Foto 1. Ana Alexandrina na juventude.Foto 2.
Ana com Joselita filha de  Rosa, e ao fundo
uma vizinha.Foto 3.Os três filhos de vovô
com Ana : a Rosa com Raimunda e João,
na Fazenda  Salgadinho.
Mesmo depois que os filhos cresceram e tomaram seus destinos, e a filhas casaram a casa de vovô no Salgadinho estava sempre cheia. Tinha um fogão grande a lenha que não apagava nunca. Quando a gente olhava lá estavam várias panelas com carne de boi, carneiro, feijão e arroz.  Nos finais de semana reuniam de 30 ou mais pessoas entre filhos,  netos e agregados.

Devo salientar  que sua companheira Ana Alexandrina nunca fez um gesto de desagrado ou cara feia. Sempre estava com aquele semblante sereno e um riso contido. Quem o ajudava na cozinha era sua mãe d. Alexandrina, que apesar da idade tinha uma disposição invejável, e alguma esposa de um de seus agregados. 

A gente brincava muito, montava cavalo, ia para o brejo chupar manga, cana e outras frutas. Tinha muitas bananeiras, e quando a lagoa estava cheia apreciávamos as águas passarem fazendo um barulho característico. Já o vovô ficava quase sempre sentado com sua bengala na mão direita, às vezes levantava e observava a gente brincar.  

Certo dia alguns netos resolveram montar num jumento que era novo e ainda não estava amansado completamente para a montaria. Colocaram um cabresto e um saco de a linhagem no lombo do animal e começou a montaria. O jumento derrubava um a um. Até que chegou a hora de Antônio Bernardo. Os irmãos e primos dele o tratam de Tonho. Ele montou e o jumento começou a pular, peidar e dar umas carreiras incontroláveis até que o derrubou. Deu coices e um deles acertou no rosto de Tonho, que na hora ficou inchado e vermelho. Tonho quando jovem já tinha umas bochechas avermelhadas e ficaram mais ainda vermelhas. Foi uma das poucas vezes que vi meu avô rir com mais desenvoltura.

Outro fato que foi lembrado por minha irmã Indaiá Jacobina foi que nossa prima Denise Brito Costa, (falecida) irmã de Tonho, era muito ativa e gostava de montar bicicleta, isto lá pela década de 50. Meu avô reclamava, porque achava que bicicleta era para ser montada por homens. Depois vieram àquelas bicicletas que tinham uma curvatura na frente do banco facilitando a montaria pelas mulheres. Hoje as mulheres usam normalmente qualquer tipo de bicicletas inclusive participam de torneios nacionais e internacionais.

Recordou ainda Antônio Bernardo que vovô não frequentava bares e que parentes que moravam na cidade de Estância, em Sergipe, lhe enviavam de presente um pequeno barril cheio de aguardente. Era uma cachaça especial que ele gostava de beber e este barril era guardado por Ana cuidadosamente no quarto do casal.Muitas vezes matava um boi ou carneiro e doava parte para seus agregados. Ele não tinha com eles uma relação de patrão e empregado. Era como se fosse uma extensão de sua família, mesmo porque entre seus agregados estavam cunhados, tios e sobrinhos de sua companheira Ana Alexandrina.

João é o caçula dos filhos de meu avô.
O João Batista Brito (Tio João) é o caçula de todos os filhos de vovô, e dos outros relacionamentos anteriores só está viva minha tia Tereza Jacobina (Teté), com 98 anos de idade. Revelou  tio João que vovô "era uma pessoa que tinha um grande relacionamento por toda a região independente da condição social. Certo dia um desses amigos  conhecido por Zé de Júlio ficou ao léo como se diz no popular, sem moradia,  pois era de uma família muito pobre. Meu pai cedeu uma área em suas terras onde Zé de Júlio e seus filhos construíram suas casas e ainda fornecia alimentos para eles". 
Naquela época quando ocorria  uma seca por alguns anos seguidos no Nordeste, especialmente no sertão, muita gente morria de fome e de sede .

Outro fato lembrado por tio João se refere ao brejo. Que é uma área que fica logo após a lagoa onde a água aflora com menos de um metro de profundidade. Lembro que tinha locais onde a gente pisava e ficava balançado com a água quase na flor da terra. Pois, neste pedaço de terra vovô dividia em pequenas glebas e ali seus agregados, na qualidade de meeiros, cultivavam  quiabos, laranjas, hortaliças, limão,etc."

 NR- Quero agradecer mais uma vez a Hamilton Rodrigues que tanto batalhou para coleta de fotos e informações para que pudesse escrever este texto. Também agradeço a Tio João e  às outras pessoas que de alguma forma nos ajudaram.




53 comentários:

Unknown disse...

Vovó IOIÔ, Pai de minha querida, Vovó " Sinharinha", boas recordações, você meu PRIMO. continua sendo o Grande REY, Meu amigo com quem também tive a satisfação, no tempo de estudante, vivermos no mesmo APT.,
Um forte abraço

Unknown disse...

Rey, junto com seus escritos e suas narrações, vi-me revisitando meus avós, em circunstâncias diferentes, mas nem por isso, menos felizes e prazerosas! Fenomenal podermos recordar com o sentimento maior de gratidão! Obrigada por compartilhar! Abraço amigo.

Osvaldo jacobina disse...

Grande Rey
Você conviveu pouco com esse importante ser humano que foi nosso avô. Que diria eu que convivi apenas DIAS em 3 oportunidades. Mas na realidade minha convivência com o seu nome e sua história, contada por meu pai desde meus primeiros anos de vida até a morte do Velho Deraldo, fiquei sabendo do valor desse sertanejo forte, destemido, valente e de coração imenso.
Obrigado primo. Essa foto de Ioiô com duas crianças foi feita em 1950, mais ou menos e os meninos sou eu Osvaldo e o outro é Deraldinho.

TANIA disse...

Lendo esse maravilhoso texto sobre a trajetória vivida por um dos patriarcas da Família percebemos os costumes da época o altruísmo inserido no comportamento do bravo e corajoso sertanejo e é relevante a quantidade de filhos que cada família tinha nesses tempos antigos.
Parabéns por em tempos atuais, onde a valorização da família está tão fragilizada,relembrar e homenagear os entes queridos.

Mamed Arnaut Brito Moraes disse...

Viajei "literalmente" lendo essa linda história! Tão rica em detalhes que nos mostra a necessidade e a importância da valorização da família. Me fez lembrar que quando criança eu, Mei pai (Jailson) e minha mãe (Sued) sempre íamos visitar meu Avô (Milton Jacobina) em Pombal, e ao chegarmos ele costumava nos levar no Salgadinho, que nessa época já pertencia a Tio Reinaldo e na chácara de Tio Décio, lembranças de minha infância que guardo com muito carinho. Parabéns Rey!!Grande abraço!!

Junior Passos disse...

Texto maravilhoso tio Rey, nada como conhecer nossa história de uma maneira tão leve e rica em
detalhes.
Em breve com certeza teremos uma compilação desses textos que registram uma boa parte da história Pombalense, parabéns.

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Marluce Maria Morais Brito
Linda e merecida essa.homenagem a tio Ioiô , irmão de vovó Simharinha. Lembro dele, um homem de porte elegante, bem alto e fisionomia austera., mas muito bonito. Andava altivo, e sempre apoiado naquela bengala.

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Hilda Nogueira
Não parece com você.

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Marcia Magno
Hilda Nogueira eu achei!

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Marcia Magno
Voce se parece com seu avô IOIÔ.

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Joao Brito
Parabéns Rey. Bela reportagem.

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Maria Das Graças Santana
Belíssima história de seus avós.

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Evandro Jacobina Araújo
Rei Conheci seu avô. Lembro-me da sua avó minha tia. Lembro-me da velha Pombal onde minha mãe nasceu. E do Cumbe, hoje Euclides da Cunha onde nosso avô foi juiz. Bela reportagem. Parabéns. Um forte abraço do primo.

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Ivo Neto
Magnífica reportagem parabéns.

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Edicarlos Santana
Parabéns seu Reynivaldo.

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Alexandre Jacobina
Rey tive também pouco contato com nosso avô, mas diariamente ouvia do meu pai dizer "sou filho de Ioiô Ferreira" como uma forma de expressar o quanto esse senhor era respeitado.

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Léa Jacobina
Saudades eternas!

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Teresinha Nogueira
Parabéns vc sempre com boas lembranças de sua vida.

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Genilda Braz de Macedo
Dez!

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Marthinha Costa
Tão boas recordações de meu bisavô materno. Detalhes que você meu primo Rey consegue transmitir com grande emoção.

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Benjamin Brito Gama Junior
Belíssimas recordações.

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Jorge Nascimento Silva Nascimento
Texto maravilhoso!!! Impagável!!! Imagino o Orgulho de um irmão, ou um sobrinho, lendo essa Saga e outras d sua lavra!!! Até eu me orgilho... só de lembrar ter visto vc sentado na Olivete, redação de A tarde, escrevendo sobre Artes Plásticas e quando vc dizia: ' Tito, deixe essa pauta sobre tal assunto, que eu farei, e fulano vai perguntar a esse ou essa pessoa sobre isso ou aquilo" !! Eu não sabia, que alí, estava o " forno", da essência do curso de Jornalismo!!! Juro!!! Parabéns!!!!

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Beth Bessa
Que lindas estas recordações!!!! Guarde isto como um tesouro, minha amiga, Denilde.

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Graça Gama
Reynivaldo sempre surpreendendo. Muitas lembranças tia Julieta como a gente chamava ,casada com meu tio Benedito Gama. Família querida .!!!!!

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Verônica Brito
Ouvi algumas dessas histórias e muitos desses nomes repetidamente contados pelo meu pai, João Jacobina de Brito. Eu viajava nessas histórias e ficava criando rostos para cada nome que ouvia. E imaginava quem seriam esses tios e tias, quantos primos haveriam por aí que eu não conhecia. Muito bom saber de mais detalhes dessa história, imagino quantas outras vc não tem para contar.

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Telma Brito
Primo, o seu texto me emocionou. Não tive a oportunidade de conhecer nosso avô, sei apenas das poucas histórias contadas por cada vez menos pessoas. Nossas memórias vão se perdendo, suas palavras preservam a nossa história. Esse texto reverencia nosso avô. Bela homenagem.
Li para mãe, Tereza Jacobina, a remanescente do casal Ioiô e Beatriz. Ela ficou muito feliz.
Obrigada.

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Maria Helena Morais Barreto
Parabéns Rey, mais uma história dos Grandes Homens Pombalenses, está com certeza transcenda afetos em cada palavra, pois se tratava do seu Avô,.da sua Família.

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Ângela Barreto
Já querendo ir ao lançamento do seu livro. Parabéns, Rey

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Didil Costa
História familiar bonita e muito bem escrita. Parabéns Rey!

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Samara Silva
Eu amei todo o texto!! Meu coração ❤️ ficou emocionado, meu vô, família e meu amado Pai!! Só saudades!!

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Murilo Ribeiro
Lindas histórias querido Amigo!Parabéns!

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Iara Brito
Estou emocionada meu irmão com esta trajetória da vida do meu avô. Lembro que convivi com ele lindo branquinho e quando eu chegava eu sentava pertinho dele para ver se saia um trocadinho mas nada kkkkkFicava triste e ia pra 🏠 com meu pai kkkkkkk.

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José Hélio Brito
Parabéns primo, mais uma vez um excelente e brilhante texto sobre o nosso Avô. Infelizmente não tive a oportunidade de conhecê-lo.

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Isabel Gonçalves
Parabéns !! Lindo excelente texto !

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Lucia Leão Jacobina Mesquita
Reynivaldo, bom mesmo é recordar. Mi há avó Nazinha, sua tia avó, falava muito em Beatriz, sua irmã e Yoyo, mas não os conheci. Entretanto, lembro-me de Reynaldo, seu pai, Justiniano e Nisia, Deraldo, Eunice e filhos, Lourival e filhas, Milton e Santinha. Lembro-me também, de Oliveira Brito, amigo e correligionario político de meu pai. Estive com ele lá em casa, quando foi inaugurar o auditório que tem o seu nome lá em Mundo Novo. Foram pessoas que conviveram comigo durante minha infância e adolescência. Muitas saudades de todos vocês.

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José Gutemberg Costa Reis
Parabéns Rey !Muito bom conhecer a trajetória de vida de nosso avô.

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Lorice Cheade
Lindo, como é bom reviver os grandes momentos de nossa família 🙌
Parabéns pelo texto.

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Guel Silveira
Excelente!

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Edna Cardoso
Que fantástica narrativa familiar meu querido ... Ah família !!! Que outro bem poderia substituí-la ? NENHUM !!!
Parabéns por experienciar a vida como ela é !
Nossa eu nasci na fazenda e de repente me vi transportada para junto dos meus avós , tios , tias e primos ... Gratidão !

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José Roberto de Moraes
Prezado Rey
Você se supera na matéria sobre seu avô Ioiô Ferreira.Li e reli várias vezes Fiz uma viagem no tempo com boas emoções.
Não sabia desta saga que foi a amputação da perna com dores dilacerantes tendo que afastar os filhos para outra parte da Cidade para não sofrerem. Vale salientar a coragem de dr. Décio de fazer o procedimento sem recursos adequados.Dele não me lembro, mas de quase todos os filhos.Aprendi que d. Sinhá era Josefa, d. Santinha (Perpétua),d. Nenêm (Emília). Dona Teté e minha mãe nasceram no mesmo ano e brincavam juntas ou na casa de seu Ioiô ou de meu avô Joaquim Moarais. A minha faleceu com 64 anos. Dona Teté enquanto morava em Pombal era minha paciente e nas consultas ela sempre contava uma história delas duas. Abraços José Roberto de Morais.

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Renilde Pedreira
Obrigada Rey!
Viajei!Parte da minha história.
História da nossa família.

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Haydée Brito

Bom dia Rey!
Fiquei emocionada e encantada com a história do nosso avô, muito bem elaborada e com muitos detalhes.
Parabéns!

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Cremilda Brito
Emocionante!
Muito obrigada!

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Maria Deuzari Costa Magnavita
Primo, que boa recordação!
Passou um filme pelaminha cabeça a trajetória do nosso avô.
Fui muito à sua casa visita-lo e o encontrava sempre sentado em uma rede, sem a prótese que era muito pesada.
Fiquei muito tocada! Lembrei muito de minha mãe.
Parabéns!

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Carmen de Brito

Comentário maravilhoso da nossa família.
Você vale ouro com seus comentários verdadeiros em relação ao nosso vovô que passou uns tempos em Jiquiriçá em nossa casa que painho e mainha tratava com muito carinho e amor.
Apesar de pouco tempo tenho uma boa recordação dele e saudades!

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Silvério Guedes
Bela história do seu avô.
Fora a parte trágica, com certeza foi um homem feliz.
Que Deus o tenha !

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Denilde Brito Costa
Que Belo!
Vou pssar para todos!

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Terezinha Tavares
Com esse dom maravilhoso que tem, torna fatos, talvez corriqueiros, em alegre leitura e a gente, não consegue tirar os olhos da leitura, tal a sua habilidade!
Como poeta gostei dos versos do seu avô na rima perfeita que fez, no seu adeus...
Parabéns!!!

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Dilson Brito

Que bela história Rey, muitas passagens bonitas de uma família de uma grande e bonita familia. Você caprichou no texto e não esqueceu de nada, meu Tio Avô Ioiô era um cabra macho, 21 filhos não é brincadeira para criar !

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Mário Brito

Boa tarde, já li, convivi com seu avô por quatro anos, ele quando ficava aborrecido, mandava me chamar para conversarmos, ele gostava muito de mim. Conheci Cláudio Brito, em meu gabinete na Justiça do Trabalho, levado por um colega Juiz, que morou no Rio, deu-me de presente um livro de sua autoria sobre Marquês de Pombal. Fui muito com Antônio Jorge e Agnaldo, a Fazenda Salgadinho, levado por Rosa, que era muita amiga de nossa família, Deraldo, o filho de criação foi meu colega no Ginásio Evência Brito.

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Mário Brito

Boa tarde, já li, convivi com seu avô por quatro anos, ele quando ficava aborrecido, mandava me chamar para conversarmos, ele gostava muito de mim. Conheci Cláudio Brito, em meu gabinete na Justiça do Trabalho, levado por um colega Juiz, que morou no Rio, deu-me de presente um livro de sua autoria sobre Marquês de Pombal. Fui muito com Antônio Jorge e Agnaldo, a Fazenda Salgadinho, levado por Rosa, que era muita amiga de nossa família, Deraldo, o filho de criação foi meu colega no Ginásio Evência Brito.

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Edna Cardoso

Que fantástica narrativa familiar meu querido ... Ah família !!! Que outro bem poderia substituí-la ? NENHUM !!!
Parabéns por experienciar a vida como ela é !
Nossa eu nasci na fazenda e de repente me vi transportada para junto dos meus avós , tios , tias e primos ... Gratidão !

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Deraldo Jacobina de Brito Filho
Eu o conheci em Santo Antônio de Jesus e era o predileto dele porque tinha Brito nome, Deraldo Jacobina de Brito Filho . Ficou muito aborrecido ao saber que os filhos de meu pai não tinham o sobrenome dele. Minha mãe estava grávida e garantiu a ele que se nascesse homem a criança teria o nome dele. Nasceu Alexandre José Ribeiro Jacobina de Brito e minha fez uma carta para ele. As próximas vezes que estive com ele foi em 1965 , quando estive em Pombal, levado por meu estimado primo, Reynivaldo, que não se lembra do fato. Estava hospedado na casa dele e depois fui para a casa de tia Teta com Valtinho, após o retorno de Rey a Salvador. Meu avô era uma figura fantástica, muito carismático. Essa obra sua é de uma clareza maravilhosa ! Parabéns primo !!!!