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Em regime de urgência deputados aprovam projeto de Abuso de Autoridade, num claro corporativismo de políticos acusados de crime. |
Bastaram algumas horas na chegada da madrugada para os acusados de corrupção e seus apoiadores se juntarem e aprovarem a toque de caixa um projeto de lei de autoria dos senador Renan Calheiros e Roberto Requião, este derrotado nas últimas eleições, que contém vários artigos que investem contra todos aqueles que investigam, prendem e condenam criminosos de todos os naipes em nosso país.
Este projeto teve origem na lavra do Renan Calheiros , que tem uma dezena ou mais de processos nas gavetas dos ministros do STF acusado de corrupção e outros delitos e do ex-senador Roberto Requião.
Ninguém sabe porquê estes processos contra Renan Calheiros não andam com a mesma velocidade de outros, como aconteceu com aquele recurso do ex-presidente encarcerado em Curitiba . Ele seria transferido para uma penitenciária de segurança máxima. Imediatamente seus advogados recorreram ao Supremo, o Toffóli saiu da sessão deixando o ministro Luiz Fux no lugar e foi atender um grupo de parlamentares petistas, seus ex-companheiros de partido. Em pouco tempo retornou , e a decisão da juíza das Execuções Penais, a quem cabe decidir o destino dos presos, foi cassada por 10 x 1, passando por cima do TRF-4 e do STJ. Assim, nesta jogada ultra rápida o condenado continua com a mordomia de uma sala especial, telefone celular, academia de ginástica, televisão e redes sociais. Parece que está num SPA.
Com este projeto de lei os policiais quase não vão poder algemar um preso, só se ele oferecer perigo. Pergunta-se como saber que o delinquente ao ser preso qual será sua reação e o perigo que representa? Também, investe contra procuradores, promotores e investigadores limitando sua atuação através de artigos que deixam dúvidas. É quase uma intimidação arquitetada por Renan Calheiros, Roberto Requião e seus apoiadores.
Este projeto de lei de Abuso de Autoridade tipifica mais de trinta condutas como abuso e as penas variam de prisão de três meses a quatro anos, além de multa. Determina até perda do cargo aos reincidentes.
Seu objetivo é proteger os poderosos que cometerem delitos e cria impedimentos vários para os policiais trabalharem no combate ao crime. Espera-se que o presidente vete vários artigos deste projeto de lei.
O Rodrigo Maia se antecipou , e teria dito se o presidente vetar vai enfrentar dificuldades para aprovar projetos e leis do interesse do país. Se realmente ele disse isto, é uma ameaça pública inaceitável, e está desrespeitando a regra democrática, além de ir contra os poderes constitucionais do Presidente da República.
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