Objetivo


sábado, 6 de novembro de 2021

O CAÇADOR QUE ILUMINAVA A CIDADE

Seu Tidinho iluminava a Cidade, e nas horas vagas caçava.

Q
uando o relógio marcava 18 horas e as estações   de rádio anunciavam a hora da Ave Maria seu   Tidinho acionava uma chave, e assim o potente   motor  Caterpillar começava a iluminar a Cidade de   Ribeira do Pombal. O barulho e a trepidação que   fazia, quando estava funcionando, ainda lembro até   hoje. De cor amarela e sempre brilhando devido ao   óleo diesel que o alimentava e escorria pelo piso da   usina . Ele era a alegria de todos os  moradores,   especialmente naqueles dias mais escuros durante o   inverno  quando mais  valorizamos a iluminação. A   Cidade foi crescendo e passou a ter dois  geradores.       
Seu Tidinho é o terceiro, bem
no centro da foto.

Assim, a vida continuava depois de um dia ensolarado, agora sob a luz  produzida pela usina termoelétrica sob a direção deste homem baixinho,  meio gordinho , com seus passos apressados e os pés dentro de uma  sandália,  e que era um exímio caçador. Em cada parada ou conhecido  que  encontrava tinha sempre uma palavra ou até mesmo uma piadianha ligeira.  Usava calças folgadas e quase sempre um pouco maior que seu tamanho  corporal de modo que ficavam encobrindo parte das sandálias. 
Era dispendioso e muito trabalhoso manter aquele motor funcionando à base  de óleo diesel que era trazido inicialmente em tambores de metal . O óleo  tinha que ser armazenado  dentro de um tanque subterrâneo, uma operação  complicada porque  tudo era feito manualmente, para em seguida ser  colocado no gerador. 

Logo que  o relógio cravava 22 horas , ou seja 10 horas da noite as luzes eram apagadas e a Cidade virava um breu, completamente deserta. Lembro que seu Tidinho  dava  um ou dois  sinais antes de apagar para as pessoas se prepararem acendendo placas e candeeiros, que sujavam a casa ou o estabelecimenbto comercial  de fumaça. Muitos encontros, namoros e transas eram interrompidos até que fosse providenciada uma luz para substituir a  elétrica que tinha se apagado.

Certa vez estávamos conversando num bar quando foi dado o sinal de que a luz seria desligada, mas o papo estava tão bom que não prestamos muita atenção, apesar da insistência do dono do bar para encerrarmos a conta. Quando a luz apagou foi aquele alvoroço e resolvemos pagar a conta e ir embora. Eu era o que morava mais longe na Rua da Santa Cruz, hoje Avenida Evência Brito. Desci com um medo danado e ao chegar na esquina onde tio Salvador, tinha uma loja de materiais diversos fui surpreendido por com uma inesperada colisão com outra pessoa que não enxerguei devido a escuridão. Ai me desvencilhei e passei a correr desesperado, quando de longe ouvi a voz de uma mulher me xingando de todos os palavrões possíveis. Era uma prostituta chamada Aninha que reconheci pela voz esganiçada. Aí parei de corrrer, respirei e segui meu caminho até que entrei em casa e fui aos poucos me recuperando do susto.

A casa de seu Tidinho e a Biblioteca Oliveira Brito,
 local onde funcionava a usina termoelétrica
.

O seu nome é Agenor Soares da Silva, mais conhecido ´por seu Tidinho. Nasceu em Ribeira do Amparo em 31 de março de 1908 e era casado com Maria da Glória Soares , chamada de d. Glorinha. Tinha três irmãos d. Vivi que foi casada com seu Didi, pai do meu saudoso amigo José Armênio Alves; Quininha que reside em Aracaju e Francisco, que residia em Vitória da Conquista. O seu hobby preferido era as caçadas em companhia de seu cachorro perdigueiro e dos amigos que o acompanhavam,  principalmente o Zé da Floresta. Ele se entendiam bem porque Zé da Floresta gostava de caçar animais no chão enquanto Tidinho tinha preferência em atirar quando as aves alçavam vôo.  Dizem que era um bom caçador e que acertava com facilidade uma perdiz ou nambu quando o cachorro farejeva e elas voavam procurando se afastar . 

Naquela época até as crianças de seis a sete anos já sabiam manejar um bodogue feito de tiras de borrachas que a gente arranjava de câmaras de ar, quando não mais serviam para usar nos carros. Também, armavámos arapucas, alçapãos e zabumba ( que é um buraco no chão,coberto por uma tábua onde se coloca dois pregos laterais para a tábua se movimentar . Para o animal não ver cobríamos a tábua com areia e quando o animal pisava caia a ficava preso no buraco.) Pegávamos muitos preás,nambus e outros bichos. Em outra regiões chamam de alçapão, fojo etc.  Nos finais de semana a garotada saía  em grupos para caçar nos arredores da Cidade  como no Caboré, no Zimpreste, no Brejo . Já os adultos iam em grupos, tanto de dia como durante as noites, para caçar veados, caititus, tatus, perdizes e nambus armados de espingardas de socar e poucos possuiam espingarda de cartucho.  Eles caçavam no Tabuleiro e mesmo nas matas que existiam, às margens da BR-110 , hoje tudo virou pasto.  Não tínhamos naquela época a consciência atual  de que devemos preservar os animais silvestres. Por isto, muitos animais estão ameaçados de extinção porque a caça predatória durou muitos anos em todos os rincões deste país. Antigamente se comprava  nas bodegas e lojas alçapões feitos de arame e de taliscas de coqueiro,hoje é proibida a venda.  

José Soares,o Zé Foguinho
Seu filho José Cruz Soares da Silva, conhecido em Ribeira do Pombal, por Zé Foguinho, não lembra quando seu pai começou a trabalhar na Usina que fornecia energia elétrica para a Cidade. A usina ficava junto "a nossa residência na rua Júlio Guerra de Almeida, número 73. A energia era desligada às 22 horas, e antes meu pai dava um sinal avisando a todos que a luz ia apagar."E continua José Soares "mais tarde meu pai se tornou Oficial de Justiça e passou a trabalhar por vários anos no Fórum da Cidade, diretamente com os juizes  que se sucederam na Comarca de Ribeira do Pombal. O último conhecido foi o dr. Juarez Alves de Santana, que foi meu professor de Português, no Ginásio na década de 1960.  Por muitas vezes vi meu pai saindo de casa para entregar intimação  montado num cavalo ou  burro para ir aos povoados intimando  as pessoas para as audiências no Fórum da Cidade. ".

"Quando adolescente acompanhei por várias vezes nas caçadas que gostava de fazer e aprendi com ele o manejo de atirar de espingarda, que naquela época era de socar. Saíamos nos finais de semana  aos sábados ou domingos de madrugada por volta das 4 horas da manhã, e muitas vezes andávamos em média 15 a 20 km de ida e de volta. Meu pai me ensinou como atirar numa codorna voando e gostava de criar cachorro perdigueiro, que por sinal eram muito bons para levantar as codornas e nambus. "

Depois que José Soares concluiu o Ginásio em 1969 veio para Salvador estudar, e geralmente em finais de semana ou nas férias vinha para Ribeira do Pombal e sempre o acompanhava nas caçadas. Um companheiro sempre presente em suas caçadas era o Zé da Floresta. No início de 1975 foi acometido de uma grave doença e levado para a Cidade de Alagoinhas, e depois para o Hospital Geral do Estado, em Salvador , que funcionava no bairro do Canela, onde veio a falecer. em 20 de janeiro de 1975."

Aí o Zé da Floresta  e seu bar, famoso ponto de encontro. 
 Deixou seis filhos: Moacy , ( falecido) era um craque  jogava  na Seleção de Ribeira do Pombal e chegou a fazer um teste no Bahia, e não sei a razão por que não ficou, já que tinha muita habilidade com a bola; Ecy que reside atualmente em São Paulo, Enio e Eridan (ambos falecidos) e Sônia que reside em Ribeira do Pombal na mesma residência onde seus pais moravam. Já o José Soares, Zé Foguinho, mora em Salvador  mas sempre que pode  vem  passar uns dias na terra geralmente no mês de janeiro". 

Um amigo de fé de seu Tidinho era o José Alberto Cesar, 79 anos, conhecido como Zé da Floresta que tem uma bodega que ele denominou de Bar Zé da Floresta. Para ele seu Tidinho foi meu segundo pai. Foi ele que comprou este ponto por Cr$2.200,00, na Rua Antônio  Rodrigues Pereira, 66,  e me emprestou mais Cr$ 1 mil cruzeiros para eu comprar mercadoria. Depois ele me apresentou Moacy, seu filho, que não conhecia e ai ele ficou  até falecer. Aqui eu vendo fumo e pão.  Se não vender fumo e pão não é bodega . Cachaça e outras coisas mais todos vendem ", diz com orgulho o bodequeiro Zé da Floresta .

Ele andava muito na roça, lá no Pau Ferro . Tidinho  ia e a gente ficava por lá uma semana caçando e tomando umas . Ele gostava muito de Jurubeba Leão do Norte.  Eu morava sozinho . Quando comprei a bodega ele vinha duas a três vezes ao dia. Era uma grande amizade. Eu era caçador de chão e ele caçava atirando quando as nambus e perdizes voavam. O dinheiro era de Toinho, meu primo, que guardava debaixo do coxão.  Com 30 dias fui pagar os juros, mas Tidinho  não quis receber os juros, depois quitei tudo direitinho.  Ele comemorou 50 anos de sua bodega  com muita cerveja para os clientes.Lembrou Zé da Floresta que às vezes estava no brega e Tidinho apagava a luz a gente ficava brabo. Lembro quando Eninho casou ele ficou muito feliz e tomou muita cerveja na comemoração. Depois foi me encontrar na roça. Eu estava caçando perto de Tucano. Ele tomou o rastro e foi bater lá. Passamos uma semana farreando e caçando. Tidinho só vivia rindo , era uma pessoa boa demais". 

Quando indagado o porquê deste apelido Zé da Floresta ele explicou que as pessoas iam procurá-lo e sempre o pai respondia o "Zé está no mato caçando." Foi numa dessas idas à casa  do José Alberto  que  Paulo e  Palmeira , que eram funcionários do Banco do Nordeste, em Cícero Dantas, amigos de Moacy, filho de seu Tidinho , decidiram colocar  o apelido em  José Alberto de Zé da Floresta , e ai o apelido pegou. Tem  até uma música gravada em fita cassete  mostrando  as peripécias do Zé da Floresta no seu bar.wc .

NR - Agradeço o empenho de Hamilton Rodrigues , meu parceiro nesta empreitada de trazer informação sobre estes personagens que marcaram com suas presenças e seu trabalho em nossa Ribeira do Pombal. 




34 comentários:

Ari Donato disse...

Essa crônica, especialmente essa, fez-me lembrar dos meus dias de infância entrando para a adolescência, meu caro professor. E a razão? Certamente perguntaria. Meu pai (Zu Donato, cito em memória), desenvolvia esse trabalho no motor da luz, em Guanambi, antes da chegada da energia fornecida pela Coelba. Se nome era "Zu da luz". A mesma história, mudando os personagens. Meu pai ainda é conhecido na cidade, ora pela alcunha de "Zu da luz", ora pela de "Zu da Coelba", pois foi incorporado pela estatal, transferido do serviço público municipal. Belas lembranças!

Dalmo Lemos Santos disse...

Li agora à noite e me lembrei até da minha minha infância, pois apesar de ser nascido e criado na capital Salvador, me “picava” pro interior todas as vezes que podia, fosse na antiga Fazenda Caipe, que foi da minha família materna, ou em Irará e Mutá, onde meu tio Benicio, irmão do meu saudoso pai, seu Domilton, me ensinou a caçar com arma de chumbinho e de fogo. Tempo bom que infelizmente meus filhos não pegaram mais, urbanos que são. Queria muito ter uma “roça” que fosse pra passar esses tempos bons novamente. Abraços e obrigado por compartilhar tantas boas hauririas, Reny! 👏🏻👏🏻👏🏻

BLOG DO REYNIVALDO disse...

José Soares , filho de seu Tidinho
Muito boa a redação. Nada a acrescentar ou consertar.
Mais uma vez obrigado pela
lembrança. Grande abraço

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Terezinha Tavares
Desde menino sabia que seria escritor e foi armazenando na memória fatos e imagens que agora estão lhe servindo tão bem.

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Nirvan Brito
Muito boas estas lembranças .

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Moema Garcia
Rio Real era bem assim! Quando na hora do sinal, todos corriam pra casa, menos os putanheiros , que iam para o brega "Cavalo morto".
Eu e minhas amigas , fugimos uma tarde , e fomos às escondidas, conhecer o "Cavalo Morto". As moradoras gritavam : Meninas vão embora ! Tadinhas.kkk

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Zeza Passos
Obrigada por todas as boas lembranças !
É como se o tempo voltasse...

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Jacqueline Cruz
Sou neta de Sr. Tidinho. Filha de Moacy. Moro em Salvador.
Agradeço a você, Reynivaldo,por trazer um pouco da história de meu avô, e com ela as boas lembranças da infância, e do convívio carinhoso que tive com ele. Através dos comentários acima, vejo que ele, além de" caçador que iluminava a cidade" tinha um jeitinho especial de "ser", que cativava as pessoas , e que fortalecia as amizades.

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Maria Ecy
Lembrei muito do meu pai voltei ao passado a gente morava vizinha a uzina e só dormia depois que desligava motor por causa do barulho tempos bons.

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Edna Silva
Excelente texto.

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João Fbn
Morei nesta rua também e visitava muito a casa de dona Glorinha e seu Tidinho.

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Maria Cely Valadares Macedo de Souza
Estou encantada com as crónicas, que nos remete a nossa infância,lembrando as figuras ilustres de nossa Pombal.obg Rei...

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Maria Das Graças Santana
Você tem boas lembranças das pessoas de Ribeiro de Pombal Parabéns.

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Benjamin Brito Gama Junior
Parabéns Reynivaldo ,resgatando histórias que marcaram gerações....

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Marluce Maria Morais Brito
ETA, Rey, seu Tidinho, era assim mesmo, como você descreveu! Só me lembro dele sorrindo. Ele era filho de Sr. Hermias, e D. Vivi , sua irmã, era conhecida como " Vivi de Hermias", e Mamãe se referia a essa família sempre elogiando a bondade daquelas pessoas. Sabe, Francisco, o irmão dele, era conhecido como "Seu Chiquinho de Hermias", era casado com D. Elvira, eram compadres de mamãe, e eram os pais de Valkiria casada com o seu tio Roga. Eu ficava intrigada, como ele é a família, aguentavam aquele barulho e a trepidação, que não eram brincadeira! Cada pessoa que você homenageia, é um exercício afetivo para a minha memória. Se eu der corda, não paro mais. Você sabe de quem ele era cunhado? De Antônio de Belazinha. Ai quantas lembranças de Pombal.

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Aurora Biao
Muito bom esse texto... gostoso de ler.

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José Monteiro Brito
Marque falou tudo eu me lembro muito deles tive o prazer obrigado Rey por fazermos essa viajem no tempo deus lhe abençoe sempre e quero mais. kkkk

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Zézé Brito Marie-Jo
Parabéns à você e ao querido Hamilton pela dedicação e beleza de um trabalho tão rico em detalhes .
Amei ❤️

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Iara Brito
Muitas carreiras dei quando a luz apagava .kkkkkk

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José Monteiro Brito
Muitos pombalences tem história p contar sobre o apagar das luzes até roubo de galinhas kkkkkkk

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Cristiane Soares Nascimento DeAssis
Sou neta do Sr Tidinho,moro em São Paulo.Quando ele morreu eu tinha 11 anos e me lembro do seu bom humor e de suas histórias.Por coincidência o meu sogro que era de Minas Gerais passou por Pombal nessa época e foi avisado do sinal para apagar as luzes e ficou surpreso ao saber que eu era neta do senhor que desligava o gerador da cidade.Te parabenizo por escrever as histórias das pessoas de Pombal.

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Graça Gama
Parabéns mais uma vez amigo, de lembrar das pessoas que contribuíram para nossa Cidade. Lembro bem de sr Tidinho e quando apagava as luzes.

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Tania Oliveira Souza
Parabéns.

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Marcelo Brito
Gostei do texto sobre o passado de Pombal, lembro ainda deste tempo, queria uma foto da usina com seu Tidinho pa era colocar no Museu da Câmara que criei qd Presidente.

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Dilson Brito
Belas histórias do nosso povo. Parabéns Rey!!

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Didil Costa
Parabéns Rey por descrever tão bem as histórias de pessoas queridas da nossa cidade. É uma viagem no tempo. Uma boa viagem! Lembro dele e de toda família. Nessa época eu era menina, e adorava quando a luz era desligada. Pois ficávamos deitadas na calçada com as amigas da rua, admirando a lua e as estrelas. Não havia céu mais limpo e estrelado. Guardo boas lembranças. De vez em quando me pai chegava trazendo uma caça que ele ou outro amigo em comum lhe ofertava em agradecimento pelas borrachas (meu saudoso pai era borracheiro) que ele dava para aqueles que caçavam com badogue. Lembro bem de Eridam. Sempre tão alegre e festiva! Boas lembranças. Obrigada Rey por nos presentear com essas pérolas que compõe nossa história.

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Edson Passos Brito
Parabéns Rey, histórias bem contadas sobre a antiga Pombal, faz a gente voltar ao passado, grande figura da história pombalense, seu Tidinho, era amigo de todos.

CEMATOS disse...

Comentavam que quando foram desativados os motores que forneciam energia para Pombal ,D. Glorinha que moravam vizinha da usina passou a ter insônia, pois já estava acostumada com o barulho infernal.

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Maria Deuzari Costa Magnavita
Parabens, meu primo.!
Mais uma bela história escrita por você e com muita riqueza de detalhes.
Conheci esses personagens que muito contribuíram para o desenvolvimento da nossa cidade.
Lembro do Sr. Tidinho, Dona Glorinha e seus filhos : Moacir, Eridan e Soninha.
Até a próxima e mais uma vez, obrigada

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Maria Deuzari Costa Magnavita
Parabens, meu primo.!
Mais uma bela história escrita por você e com muita riqueza de detalhes.
Conheci esses personagens que muito contribuíram para o desenvolvimento da nossa cidade.
Lembro do Sr. Tidinho, Dona Glorinha e seus filhos : Moacir, Eridan e Soninha.
Até a próxima e mais uma vez, obrigada

BLOG DO REYNIVALDO disse...

João Edson Souza
Fatos fazem a história, e os homens e mulheres fazem os fatos, sem exigências de títulos dos seus protagonistas ou brilho financeiro, científico ou cultural. Vale a importância do fato para a comunidade. Seu Tidinho, ligava um motor diesel para iluminar uma Cidade por 04 (quatro) horas diariamente. Isso é importante, isso é história. Todas as vezes que a ação do homem sai de sua órbita e atinge mais e mais pessoas, temos um capítulo da história de um povo.

Mais uma vez Reynivaldo, você tem essa sensibilidade de resgatar a história, que passa por um grande líder político a um servidor público, simples, um bom homem, operador de um gerador de energia por motor a diesel.
Quem quer escrever a história de um povo, deve liberar sua caneta, não pode acorrenta-la a preconceitos de títulos, patrimônio ou a moda atual do politicamente correto, blog's, jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão que agem como lacradores políticos.

Mais uma vez, parabéns!

BLOG DO REYNIVALDO disse...

João Edson Souza
Fatos fazem a história, e os homens e mulheres fazem os fatos, sem exigências de títulos dos seus protagonistas ou brilho financeiro, científico ou cultural. Vale a importância do fato para a comunidade. Seu Tidinho, ligava um motor diesel para iluminar uma Cidade por 04 (quatro) horas diariamente. Isso é importante, isso é história. Todas as vezes que a ação do homem sai de sua órbita e atinge mais e mais pessoas, temos um capítulo da história de um povo.

Mais uma vez Reynivaldo, você tem essa sensibilidade de resgatar a história, que passa por um grande líder político a um servidor público, simples, um bom homem, operador de um gerador de energia por motor a diesel.
Quem quer escrever a história de um povo, deve liberar sua caneta, não pode acorrenta-la a preconceitos de títulos, patrimônio ou a moda atual do politicamente correto, blog's, jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão que agem como lacradores políticos.

Mais uma vez, parabéns!

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Jaciara Alves Lima
Muito bom parabéns

Unknown disse...

Uma linda história.
Não conheço ninguém mas fiquei encantada.