Objetivo


sábado, 11 de dezembro de 2021

O COMERCIANTE QUE VIROU FAZENDEIRO

Aí uma ilustração de meu pai na Fazenda Salgadinho
ao lado de um bezerro. Adorava ficar perto dos animais.

Confesso que hesitei muito para escrever  este texto falando de meu pai. Porém, mesmo depois de ouvir de alguns amigos e parentes que deveria falar  sobre ele  ainda passei algum tempo com esta dúvida se deveria, e como as pessoas cujos antepassados ainda não foram lembrados como iriam reagir. Até que num domingo pela manhã senti muita saudade de meu pai , como se me faltasse algo de referência. Foi aí que passei a lembrar de sua luta e de suas andanças em busca de prover a sua sobrevivência e da família. Durante a Segunda Guerra Mundial muitos jovens fugiam do Alistamento Militar obrigatório com receio de serem convocados e enviados para os campos de batalhas na Europa, que tinha sido invadida pelos nazistas de  Hitler . Foi assim que meu pai terminou indo para a casa de seus parentes no estado de Sergipe, em 1942 , e lá conheceu Nivalda Dantas Brito, minha mãe, sua prima carnal, e terminaram casando. Nasceu em Ribeira do Pombal em 29 de abril de 1916, filho de João Ferreira de Brito e Beatriz Vieira Jacobina Brito, que o batizaram como o nome de Reynaldo Jacobina Brito. Tinha um total de 19 irmãos e irmãs fruto três dos relacionamentos  de seu pai, e de dois de sua mãe. Media 1,97 e pesava mais de cem quilos. Quando era jovem sempre foi magro , mas com a idade avançando ficou corpulento e as pessoas o chamavam de Reinaldão, devido ao corpanzão e sua voz grave. Aparentemente parecia uma pessoa sizuda  daquelas que procuramos guardar distância , mas para os que o conheceram na intimidade sabem que embora tivesse um temperamento explosivo, era uma pessoa dócil e sensível. E tinha qualidades que hoje reconheço a cada dia que passa. Que eram a gratidão,  solidariedade, sinceridade e lealdade  com os amigos. Nas horas de dificuldades nunca os faltou. Sempre foi um empreendedor quando manteve seu comércio gerando emprego e renda para o município. Quando decidiu ser produtor rural se destacou como criador de gado leiteiro, trazendo para o município matrizes de outros estados para melhoria do rebanho, e também dando emprego a muitos da zona rural.
                                    TRAJETÓRIA 

Meu pai depois    resolveu mudar para a cidade de Jacobina, para ficar junto a seu tio, cujo nome lhe foi dado ao nascer em homenagem a ele. Seu tio Reinaldo Vieira Jacobina era um criador de gado de destaque, foi Intendente da  Cidade . Lá foi trabalhar em Jacobina  e por estas coisas do destino nasci naquela que é a porta de entrada da Chapada Diamantina. Pouco tempo depois meu pai mudou para a cidade de Caldas de Cipó, onde nasceu minha irmã Indaiá. Nesta época estavam sendo realizadas  várias obras  importantes como o Grande Hotel de Cipó, dentre outras, e com seus caminhões chegou a transportar materiais como cimento , tijolos etc. Voltamos para morar em Ribeira do Pombal ,onde meu irmão Nirvan nasceu, e depois fomos para a Cidade de Riachão dos Dantas, no estado de  Sergipe . Ficamos morando entre a cidade e a fazenda Cambui, que minha mãe  herdou de seus pais. Ainda criança viemos morar novamente em Ribeira do Pombal , onde passei minha infância e juventude , cresci e nasceu minha irmã Iara. Meu pai teve mais dois relacionamentos, portanto, além dos quatro filhos do primeiro casamento, tenho ainda mais quatro irmãos,e nos relacionamos muito bem : Juscy, e Ronaldo, Edson  (Bebé ) e Magda, sendo que os dois últimos já falecidos. 

Meus pais Reinaldo e Nivalda, à esquerda  Indaiá ,  à direita
Iara e Nirvan na  casa  na Avenida  Evência Brito. 
Nesta época nos anos 40 e 50 meu pai labutava com caminhão, e foi um dos primeiros que ia até a distante capital paulista comprar e trazer para Ribeira do Pombal. Naquela época os caminhões vinham sem a carroceria, que eram feitas em Alagoinhas e no estado de Sergipe , se não estou enganado na cidade de Estância. Não possuía  muitos caminhões, normalmente eram dois, e chegou a ter três deles. Foi num desses caminhões que meu pai providenciou uns bancos de madeira na carroceria e vários amigos e amigas se juntaram e fomos ver o Presidente Getúlio Vargas, que desceu no aeroporto de Caldas de Cipó para inaugurar o Grande Hotel e outras obras na Cidade no dia  em 23 de julho de 1952. Tinha gente de todas as cidades do entorno , e lembro que o aeroporto de Cipó ficou lotado de pequenas aeronaves. Foi uma festa inesquecível. Era criança, mas recordo  das pessoas entusiasmadas esperando o velho caudilho. O hotel floresceu e foi logo inaugurado Rádio Hotel e um anexo onde funcionava o cassino que tinha belas pinturas do médico cirurgião Genésio Salles e também de Sinézio Alves, este último o conheci na redação do jornal A Tarde.  Os afrescos estão aos poucos desaparecendo devido ao abandono a que foi relegado todo o conjunto arquitetôinico da estância como também o belo Balneário. O jardim foi construido em estilo francês, inclusive os postes vieram da França. Hoje, está completamente desfigurado, basta comparar as fotos antigas com as de agora. É hora dos moradores se movimentarem para salvar estes importantes prédios que marcaram a história e o desenvolvimento da Cidade.

Neste dia ocorreu um fato interessante que  se transformou quase numa lenda para alguns . Um jovem pombalense foi até Caldas de Cipó com o intuito de pedir a Getúlio Vargas uma bolsa de estudos. Seu nome é Guido Mariano de Santana . Ele conseguiu furar o sistema de segurança do Presidente  que o atendeu e até o convidou para morar no Rio de Janeiro, que era a Capital da República. Mas, talvez ficara com receio, e não aceitou. Getúlio chamou um de seus auxiliares que tomou todos os dados de Guido  que ganhou  uma bolsa de estudos indo estudar como interno no Liceu Salesiano do Salvador. Ele é irmão de Manoel Hugo de Santana, o Manoelito, ( falecido) que foi esposo da tia Orádia Jacobina Santana . Atualmente  atua como advogado  principalmente de entidades sindicais. 

Quando moramos em Caldas de Cipó a cidade recebia muitos turistas e os hóteis davam grandes festas. Lembro que ainda tinha o hotel de Manoel Paiva , se não me engano chamava-se Hotel Guanabara ,que também ficava próximo ao jardim. Este jardim foi mandado fazer pelo general Juraci Magalhães  ele tinha sido nomeado Intendente pelo Getúlio Vargas. Certo dia veio visitar a Cidade e viu a beleza do Grande Hotel, e a praça era um areal. Então,  encomendou a um arquiteto italiano que fizesse um projeto do jardim. Dai o italiano fez baseado em jardins franceses.

Naquela época a estâncias hidrominerais bombavam porque era permitido o jogo de azar , como acontece em cidades como Las Vegas,nos Estados Unidos; Punta Del Este, no Uruguai e o Cassino de Monte Carlo, no Principado de  Monâco, só para citar alguns exemplos.   Caldas de Cipó, na Bahia,  era frequentada por turistas do mundo inteiro. Quando o Presidente Gaspar Dutra assumiu houve uma  pressão da igreja católica e de sua mulher . Ele terminou proibindo o jogo de azar no Brasil. Em pouco tempo  as estâncias hidrominerais do país entraram em decadência. Atualmente, existe um movimento pela volta do jogo de azar , mas tem uma forte corrente de parlamentares cristãos contra. 

                                                                  O COMERCIANTE

O comércio de meu pai onde vemos seu Posto Esso com as bombas
de óleo diesel e gasolina , a loja  de peças de veículos e o Abrigo,na
Praça Getúlio Vargas .Ele aparece com o braço numa das bombas
Logo depois meu pai começou a se estabelecer como comerciante montando uma loja de peças de automóveis e caminhões, onde tinha duas bombas, uma de  gasolina e outra de  óleo díesel, e um bar anexo que a gente chamava de Abrigo. Naquela época os carros eram movidos apenas por estes dois tipos de combustíveis, que eram transportados em tambores de metal, e quando chegavam, através de uma grande mangueira adaptada ao tambor eram transferidos   para os tanques subterrâneos. Era um serviço perigoso e penoso. Hoje, o caminhão tanque é conduzido por um motorista, e ele mesmo faz a transferência do combustível para os tanques subterrâneos. Uma operação bem mais fácil. Meu pai teve ainda uma farmácia e uma casa de móveis. A farmácia funcionava  próximo a casa de Ferreira Brito, a qual foi cedida para meu tio João Jacobina, (Joãozito)  e depois foram proprietários dr. Décio de Santana e Wilson Brito. 

Nesta época estavam sendo construídas as usinas de Paulo Afonso e tinha grande movimentação de caminhões especialmente transportando peças e maquinário . As estradas  não eram asfaltadas e muito mal conservadas. Com isto ocorriam acidentes e também muitos defeitos nos caminhões. Lembro que um dia estava com meu pai conversando na sua casa de peças quando parou um carro vindo do sul do país, e o senhor que o dirigia tinha vindo com a família seguindo o roteiro traçado num mapa do Guia Quatro Rodas , que era o GPS da época. Ele estava indignado porque o trecho entre Tucano e Ribeira do Pombal estava assinalado como sendo asfaltado, e ao contrário, era uma pista horrível com grandes "camaleões" de areia e ele quase não consegue passar. Desde àquela época que a corrupção já existia. Dizem que por diversas vezes desviaram o dinheiro do asfaltamento daquele trecho de  estrada. 

Esta foto mostra bem como era meu  pai.
Lembrei de um triste acidente com um dos rapazes que faziam o serviço de transportar o combustível dos tambores para os tanques subterrâneos. Ele tinha acabado o serviço e gostava de tomar umas cachaças . Deitou para descansar nos fundos do Abrigo quando uma pessoa veio brincar colocando um "mosquitinho" no dedo do pé dele. Ao acender o fósforo para ativar o "mosquitinho" pegou fogo na roupa do rapaz que dormia e veio a falecer. O "mosquitinho" era feito de um fósforo queimado , até virar  um carvão fininho. Este palito queimado é colocado entre os dedos de uma das mãos ou pés , e em seguida  é  aceso. Ai vai queimando até encontrar a pele do coitado. Dá uma dor terrível, e a pessoa acorda muito assustada.
Teve uns anos de muita seca no Nordeste e ocorreu uma grande fuga de nordestinos famintos de vários estados em busca de sobrevivência no sul do país , especialmente em São Paulo. Eram os chamados paus- de- araras que eram transportados ilegalmente  em caminhões com bancos de madeira improvisados em suas carroceriais e uma lona servia de cobertura. Um desconforto e um sofrimento que duravam dias até chegarem em São Paulo, e lá serem despejados como uma mercadoria de segunda linha. Eles viajavam sem qualquer referência, poucos tinham parentes ou conhecidos  na capital paulista. Numa certa noite um desses caminhões parou em frente ao Abrigo, que era o bar de meu pai , uma espécie de lanchonete, e pediram tudo que tinha de mercadoria. Comeram, beberam sucos, refrigerentes, cervejas  e em seguida saquearam até os bolos que minha mãe fazia com tanto carinho e lá colocava para vender. Os empregados foram acuados, mas não praticaram violência contra eles. Lembro que meu pai disse mais ou menos assim: " É a fome! Os desgraçados saem de suas rocinhas e  dos povoados em busca de algum trabalho para viverem São Paulo. Vamos limpar tudo e tocar a vida".
Noutra ocasião chegou na sua casa de peças um caminhoneiro se passando por maçon. Tinha pouco tempo que ele entrara para a Loja de Maçonaria de Alagoinhas. Foi ele e vários pombalenses. O caminhoneiro malandro cumprimentou-o com o sinal de maçon e inventou que seu carro quebrara e ele estava sem um tostão sequer para prosseguir viagem. Na época a comunicação era muito difícil, e não sei porque não buscaram e aguardaram  informação da Loja Maçônica que ele dizia  pertencer , no Rio Grande do Sul. O fato é que os maçons se juntaram mandaram consertar o caminhão do sabidório e deram dinheiro para seguir viagem. Quando conseguiram contato com a Loja que ele disse que pertencia descobriram que era um estelionatário. Ai os maçons ficaram bravos e foram esperar o tal caminhoneiro algumas vezes na estrada durante a noite , inclusive veio gente de fora ajudar  . Mas, felizmente nunca o alcançaram.

                                           FAZENDA SALGADINHO
Anos depois com o falecimento de meu avô João Ferreira de Brito, Ioiô Ferreira, como era mais conhecido  através uma movimentação de tio Milton Jacobina , de saudosa memória,  reuniu os irmãos e irmãs e os convenceu a vender as partes de cada um a meu pai . Foi assim que ele comprou as outras partes dos herdeiros e passou a administrar a Fazenda Salgadinho. Já possuía  algumas terras nas localidades de Bodó e Pinto  inclusive acompanhei de perto a sua luta para derrubar a mata e transformar em pastagens. Portanto, paulatinamente  foi se afastando  do seu comércio para ser produtor rural. Ai  fez algumas viagens para Minas Gerais e Itapetinga , na Bahia, outros locais visando melhorar o seu rebanho. Gostava de vacas leiteiras , embora tivesse alguns de engorda . E de plantar feijão e milho . 
Nilson Brito relembra das várias
viagens que fizeram em busca
 de melh
ores matrizes de gado .
Falando outro dia com Nilson Brito, ele lembrou de uma viagem que fizeram para a cidade de Curvelo, em Minas Gerais, onde meu pai comprou algumas vacas de leite de boa linhagem. Nilson Brito e Antônio Pereira Costa, o Antônio Chorão, e Mário Luz, já falecido, foram comprar em Governador Valadares, também no estado mineiro, e trouxeram para a melhoria do rebanho em Ribeira do Pombal. "Reinaldo foi muito meu amigo e viajamos  juntos várias vezes para Itapetinga, Mundo Novo,Itaberaba , dentre outros lugares. Foi um lutador no comércio e na pecuária em Ribeira do Pombal. Dos anos 1970 até seu falecimento mantivemos uma forte amizade. Era o maior fornecedor de leite daqui . Lembro que um dia ao chegarmos de uma dessas viagens quando paramos  o carro em frente de minha casa ele disse a Lúcia minha esposa: D. Lúcia o seu marido é uma grande pessoa. A gente só conhece bem a pessoa viajando ou sendo vizinho". 

Nas fazendas Salgadinho e Pinto meu pai sempre labutou com gado de leite e alguns para engorda. mas, principalmente gostava de mexer com leite. Inicialmente, o leite vinha no lombo de burro, depois numa carroça, e finalmente, numa camionete.  Me contou meu irmão Nirvan , que é médico e reside na cidade de  Santo Estevão, na Bahia,   que um certo dia a caminhonete de meu pai deu problema e teve que providenciar outra  com um amigo, enquanto a sua consertava .Surgiu um problema teve que viajar até Feira de Santana para resolver.  Estacionou o carro e quando retornou alguém havia batido na camionete do amigo e evadiu-se. Chegando em Ribeira do Pombal  foi logo procurar o amigo e disse mais ou menos assim: "Não trema o beiço e nem fungue . Quanto você quer pela camionete ? " Aí chegaram ao preço que lhes convinham,  e o negócio foi fechado.Na realidade a camionete era sub utilizada pelo amigo. Então ele  revelou  o que tinha acontecido, e a amizade continuou sem nenhum arranhão.  

Certo dia estava sentado num grande banco de madeira  que ficava na varada da frente da Fazenda Salgadinho conversando com ele quando chegaram dois funcionários de destaque da agência do Banco do Brasil .Vieram lhe oferecer um empréstimo para plantio de milho e feijão. A seca estava terrível e meu pai com a sua experiência explicou que naquele ano não era aconselhável plantar. Teria que esperar o clima melhorar. Foi ai que um dos funcionários disse-lhe: "Se não chover e perder o plantio o seguro cobre o prejuízo". Aí lembro que ele respondeu : Mas, não é honesto plantar sabendo que não vai colher. Prefiro não plantar".  Então o outro respondeu: "Este dinheiro do empréstimo para plantio o senhor aplica em outra coisa". Ele agradeceu e recusou o empréstimo. Depois fiquei sabendo que vários tomaram  empréstimos e o seguro pagou os prejuízos e ainda tiveram lucro.

Meu pai em seu mundo que tanto gostava. Sem camisa
prendendo parte do gado no curral no Salgadinho.

Meu pai tinha uma coisa que sempre o admirei  que chama-se gratidão. Ele não abria mão de
sempre agradecer aos que de alguma forma lhe ajudaram , serviram trabalhando em seu comércio ou em suas terras. Basta lembrar que quando aconteceu a debandada de muitos amigos que acompanhavam na política por vários anos seu primo  Ferreira Brito , ele continuou dando seu apoio. Por seu jeito de ser  nunca foi um agregador de centenas de votos. Os poucos que conseguia  eram de parentes, funcionários e de muitos compadres  da zona rural. Lembra Zé Grilo " que algumas  reuniões  para composições políticas e até  para a busca de um candidato foram realizadas na sua Fazenda Salgadinho com as presenças de  Oliveira Brito e Ferreira Brito, dentre outros. Gostava de contribuir com as festas da padroeira da Cidade , Santa Tereza D'ávila , sempre que possível doando um garrote ou um ovino para que fosse leiloado em benefício das obras da Paróquia. Também , cedia seus animais, quando solicitado , para a realização das inúmeras vaquejadas pombaleses. " Ele lembrou ainda a forte  ligação de seu avô Oliveira Brito com meu pai e " que muitas vezes quando vinha de Salvador, para sua fazenda que fica no municpio de Cicero Dantas e chamava-se Fazenda Salvador, ele entrava na Fazenda Salgadinho para conversar com Reinaldo. Ele tinha realmente muita ligação com Reinaldo, que era o filho mais querido entre todos do seu Ioiô Ferreira".

Em 1973  foi prefeito por um dia de Ribeira do Pombal substituindo seu sobrinho Antônio Bernardo da Costa Filho que era o presidente da Câmara e tinha assumido a Prefeitura em substituição ao titular. Como precisou se ausentar coube a meu pai assumir o cargo de prefeito por ser o funcionário mais antigo do Município . De acordo com a ata que me foi enviada por meu primo Aguinaldo Brito, datada de 31 de janeiro de 1973 ,  às 19.30 ele assumiu o cargo e no dia seguinte  transmitiu para Antônio Bernardo. 

Como tinha uma admiração e amizade com Oliveira Brito e Ferreira Brito quando foi criado o Partido da Frente Liberal ( PFL) em 24 de janeiro de 1985, por dissidentes do Partido Democrático Social (PDS) ele foi escolhido como presidente do partido em Ribeira do Pombal. Como tinha um temperamento forte , coincidiu que estava na Cidade e foi realizada uma convenção do partido para a escolha do candidato a prefeito da agremiação. Aí resolvi acompanhá-lo e fiquei sentado ao lado dele para interferir de alguma forma, caso fosse necessário. A todo instante  virava para mim com aquele vozeirão grave e dizia: "Meu filho, não voto nesta peste". Eu sempre lhe respondia. Que nada pai, o senhor tem que votar sim no candidato do seu partido. Deveria ter  alguma razão, que não procurei saber para não acirrar sua discordância . Era muito verdadeiro.

Por trás de seu jeito sizudo se escondia uma pessoa sensível .Vi muitas vezes sensibilizado com o
nascimento ou com o sofrimento de algum animal . Fazia tudo para que os animias não sofressem e sempre procurava dar-lhes algum conforto. Apreciava muito as mulheres . Não gostava de mulher com roupas largas  especialmente com aquelas calças folgadas. Gostava de ver a cantora sertaneja Roberta Miranda porque vestia umas calças apertadas, e dava uma rizada gostosa. Lembrei de um fato muito engraçado que presenciei. Estávamos no velório de um parente quando uma 
Ex-prefeito José Lourenço
Morais da Silva Jr
.
prima de segundo  grau  que ele acabara de conhecer  tinha se aproximado  dele e começou  a conversar com entusiasmo. Todo descontraído ia contando suas proezas e fazendo elogios, quando a prima perguntou a sua idade. Encheu os pulmões e disse "Setenta e três !". Imediatamente a prima desinteressou e respondeu: "Pensei que tivesse pouco mais de cinquenta !". O papo esfriou e em poucos segundos se separaram. Foi ai que  desiludido saiu e foi conversar com outros amigos e parentes,  contando o fato disse mais ou menos assim: "Não sei porque diabo no mundo fui dizer a minha idade?  A criatura estava interessada!".  Em seguida deu uma gargalhada. 

Outra história que me veio a mente foi quando criança um certo dia ao passar pela Praça Getúlio Vargas  achei uma moeda que não lembro o valor. Saí contente e quando cheguei mostrei a meu pai. Imediatamente, me levou até a porta da casa e apontou em direção da praça e ordenou. "Volte e coloque a moeda onde você diz que achou. Vou ficar daqui olhando ". Saí espumando  e  quando dobrei a esquina atirei a moeda para lá. Sentei na calçada e dei um tempo. Depois resolvi voltar . Chegando, fui abordado por ele ."Deixou a moeda  no mesmo lugar ? " Aí tive que mentir, para não ter que voltar, e respoindi deixei. "Nunca pegue no que não  é seu".

                                                     SUA MINI REFORMA AGRÁRIA

Meu pai em seu cavalo que o serviu por muitos anos e
 com seu revólver percorrendo a Fazenda Salgadinho.
Fez também uma mini reforma agrária a seu jeito. Quando adquiriu as terras da Fazenda Salgadinho
que pertenciam ao meu avó haviam várias casas de agregados dentro da propriedade. Isto coincidiu com a construção e asfaltamento da nova BR-110 que cortou a sua propriedade. Lembro que na época  não exigiu nenhuma indenização do DNER  ( hoje DENIT) porque entendeu que fora beneficiado com a construção da rodovia federal. O governador da Bahia era Lomanto Junior  que governou a Bahia de 1963-1967, mas a obra era federal. Então, entrou em contato com cada uma das famílias e concordaram que daria cinco tarefas de terra para cada família e ajudaria na construção da casa. Assim, foi feita a transferência  , sem maiores traumas, embora algumas pessoas acostumadas a morar naquele lugar há vários anos se sentiram incomodadas com a mudança, mas não houve qualquer resistência e continuaram trabalhando na Fazenda Salgadinho. Receberam o título de propriedade, e hoje estas  glebas são ocupadas pelos descendentes dessas famílias e alguns já passaram adiante. 
NR- Quero agradecer mais uma vez a Hamilton Rodrigues este amigo e companheiro nesta jornada  que vem buscando colher informações para que eu possa escrever sobre estas pessoas que contribuiram de alguma forma para o desenvolvimento de nossa Ribeira do Pombal. 









66 comentários:

Unknown disse...

Tive a grata satisfação de conhecer Senhor Reinaldo Jacobina,pessoa de uma simpática e que por seu porte físico deixava todos muito imprecionados.Agricultor de destaque em nossa cidade e região participava de exposições agropecuária que existia em nossa cidade com animais de primeira qualidade.Senhor Reinaldo marcou na história de Ribeira do Pombal

Dalva Bastos disse...

Belo texto.
Parabéns!

Ronaldo Ribeiro Jacobina disse...

Que texto maravilhoso!
Rei, em bom baianês: você é retado!

José Bomfim disse...

Texto ótimo, Professor.
Terminei de ler com a sensação de conhecer seu pai e todos os citados. Como se tivesse visto um filme.
Um grande empreendedor o seu pai.
Parabéns!

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Tânia Oliveira Souza
Linda história

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Pietro Jacobina Britto Britto
Oi primo Rey ,que lembrança boa do meu tio reynaldo.obrigado.

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Domingos Dantas Brito
Tá de parabéns meu primo por nos contar sobre o seu Pai e meu Tio, isso mostra o quanto ele ajudou no progresso da nossa terra, não esqueça também de escrever e publicar sobre a sua trajetória marcante na área de comunicação e cultura do nosso estado...

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Sonia Maria Araujo
Vc teve a quem puxar, inteligente

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Nirvan Dantas Jacobina Brito
Estou emocionado

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Dilson Brito
Bela narrativa sobre seu pai, homem de bem e honrado por todos os Pombalenses

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Jolivaldo Freitas
https://noticiacapital.com.br/noticias1.asp?cod=49329
O COMERCIANTE QUE VIROU FAZENDEIRO
NOTICIACAPITAL.COM.BR

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Marluce Maria Morais Brito
Muito bem, Reynivaldo, seu pai era mesmo assim. Era um primo e amigo de papai e só se cumprimentavam rindo muito: papai o chamava de "Caititu" e ele chamava meu pai de "Camgamba". Eu sei que papai trabalhou na construção da estrada para Paulo Afonso, e descobri outro dia, que algum trecho naquela estrada era conhecida como " Cangamba" . Talvez seja isso. Lembro.muito dele, enorme e aquele vozeirão, uma simpatia. Um grande homem. O "Abrigo" faz parte da nossa memória afetiva daquela Pombal de outrora. Aquela praça Getúlio Vargas, vivia repleta de caminhões com cargas enormes, onde muitos caminhoneiros, principalmente do Sul, desse Brasil, paravam para pernoitar. Isso antes da BR 110.

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Iara Brito
Emocionada meu irmão!

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Iara Brito
Emocionada meu irmão!

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Denilde Brito Costa
Muito emocionante.

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Maria Das Graças Santana
Linda história.

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Hilda Nogueira
Parabéns cada dia mais bonito.

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Antonio Walter Oliveira Santos
Boa tarde!
Excelente texto.
Boas recordações.

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Therezinha Carvalho
Reynivaldo, escrever histórias de pessoas que fizeram história em Pombal, trouxe inspiração pra você também rememorar a trajetória de vida de uma pessoa que foi tão importante pra você, e pra sua cidade, Seu pai.
Onde quer que ele esteja, com certeza deverá estar se se sentindo feliz e orgulhoso por receber esta homenagem feita por seu filho, que tão bem falou sobre sua história. Bom seria que esta inspiração tivesse surgido quando ainda em vida, pois seria muito prazeroso para os dois. Mas, tudo no seu tempo, e aí está mais uma história de um pombalense honesto, que contribuiu para o desenvolvimento da cidade. Foi um homem trabalhador, empreendedor em vários negócios, até se tornar um fazendeiro conhecido na região.
Mais uma história de vida que será em breve acrescentada a muitas outras já escritas e outras tantas que virão, com certeza, para ser mostradas num livro, que dará orgulho e emoção aos muitos pombalenses.

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Darcy Brito
Sr. Reynaldo era uma figura. Quando achava algo estranho ou absurdo dizia... "agora você me faça um calculo!"

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Terezinha Brandão
Muito boa a história de seu pai. Parabéns!! Você soube fazer uma linda homenagem.
É isso aí amigo, relembrar nossos antepassados é um presente de Deus!!

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José Hélio Brito
Parabéns Rey, eu não sabia desse grande lado empreendor de Tio Reinaldo!!! Grande abraço!!!

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Miralda Brito Gama
Tio Reinaldo um grande homem! Um Batalhador! Saudades!

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Isabel Gonçalves
Sr.Reynaldo uma figura! Grande homem, muito respeitado e querido ! Lembro muito dele na veterinária de Zé de Genésio, já chegava zuando rsrs

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Graça Gama
Seu Reinaldo( que a gente vizinhos e amigos da minha familia) chamávamos Seu Reinaldao. Grande amigo de meu pai Abelardo Gama. Valeu amigo Reynivaldo , essa bela homenagem para seu Pai. MERECEU .

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Marília Gama
Parabéns Rey, belíssima homenagem a seu pai.Ele merecia.

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Benjamin Brito Gama Junior
Merecida homenagem,Sr Reinaldo será sempre lembrado como um grande cidadão.

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Tereza Gama
Parabéns Rey,merecida homenagem a Sr Reinaldao como chamávamos, tenho boas lembranças dele,uma delas passear de rural mais Iara ...rsrs,foi um grande cidadão..

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Leo Varjão
Parabéns meu padrinho pela história de vida da família Jacobina !

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Maria Helena Morais Barreto
MERECIDA HOMENAGEM. ESTAVA ESPERANDO POR ESTA HOMENAGEM, REY.

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Manoel Lima
Maravilha Reynivaldo, com seu talento profissional e o amor de filho nos mostrou a vida de um ser humano diferenciado, como sou louco por biografias, vou relê. Como você chegou no Salesiano? Abraço

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Didil Costa
Bela homenagem! Seu pai foi um grande homem!

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José Cardoso Oliveira
Eu conheci e fui várias vezes a fazenda salgadinho com seu irmão , ainda lembro do pastor alemão que ele gostava muito. Um ser humano com credibilidade .

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Orelana Sturaro
👏👏👏👏👏👏
Palmas!

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Junior Passos
Linda história, bela narrativa parabéns tio .

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Pietro Jacobina Britto Britto
Parabéns meu primo Rey,falar de meu tio Reynaldo Jacobina e muito bom.

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Jorge Nascimento Silva Nascimento
Bonito!! Bonito!!¡

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Guel Silveira
Bravo!

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Deuzari Magnavita
Primo, justa e linda homenagem.
Meu tio Reinaldo foi uma pessoa incrível e grande ser humano!
Parabéns!!!
Grande abraço.

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Razek -amigo
Bacana.Belo registro!

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Inah Santana.
Os homens da família todos parecidos.
Não tem como negar.

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Luis Eduardo Dórea
Parceiro, vi agora! Comecei a ler e li até o final. De um fólego.
Memória clara e objetiva, de um pai exemplar.
Há algum tempo, dei de presente ao meu amigo Pedrão, que me protege do Leão do IR, uma placa daquelas esmaltadas, onde se lê: "Desculpe a honestidade, a culpa é do meu pai". KKK

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Marcos Morais
Bonita e merecida homenagem ao sr. Reinaldo Jacobina de Brito.
Rey, tenho boas e positivas lembranças do seu saudoso pai, mais conhecido como Reinaldão, cidadão de bem, primo e amigo do meu pai, quando os dois se encontravam, mesmo se fossem fazer alguma negociação relacionada a agropecuária, primeiro tinha uma resenha com gargalhadas, o clima era sempre de bom humor. kkk
Boas lembranças.

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Menandro Ramos
Eu já o conhecia através de minha amiga Raimunda. Na década de 1980 eu fui apresentado a ele por meu sogro. Moravam próximos.
Eu já o vira na rua, e me parecia um pouco sisudo. Quando o conheci pessoalmente, a impressão fora desfeita. Me pareceu um tipo bonachão com uma risada gostosa e brincalhão. Todo grandão! Uma bela lembrança!

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Cremilda Brito
Que belo texto. Me emocionei e lembre com a maneira como ele me tratava com tanto carinho. Me colocava do lado dele e me perguntava: De quem é este narizinho? Eu criança respondia: De Nado.kkk E esta boquinha? Eu respondia de tio Milton. Tenho boas recordações dele sentado naquele banquinho da sua casa, na entrada do portão. Era Reinaldão, mas era doce para quem o conhecia..Que bom. Adorei, adorei. Fiquei emocionada.

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Sandro , ex-colega
Belíssimo texto, Reynivaldo. Grato pela decisão em escrever. Sinto falta de cronologias detalhadas de forma bem leve da nossa economia baiana.
Acredito que o possa aprofundar mais porque me intrigou quando trouxe a corrupção daquela época, por exemplo.
Parabéns e compartilhando. kkk
Saúde , paz e prosperidade. Excelente noite!

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João Edson Souza
Todo pombalense conhece ou ouviu falar de seu Reinaldão e de sua Fazenda Salgadinho grande produtora de leite. Seu Reinaldo tinha voz grave e falava alto, era um vozeirão, daí gerava a princípio a impressão de um homem duro, mas os registros de sua vida mostram um homem bom, correto, que gostava do certo e da atividade rural embora tenha sido comerciante de claro destaque em Ribeira do Pombal, com uma visão de empreendedor, de homem de progresso que enxergava na frente, o que o fez vê na educação o futuro e mandar os filhos estudar na Capital. Construiu sua história em Ribeira do Pombal, assim não trazer o sr. Reinaldo Jacobina de Brito para a história desta Cidade , era uma omissão que não condiz com o objetivo deste blog, de preservar a história de Ribeira do Pombal. Era seu pai, mas tinha que está aqui merecidamente.

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Renilde Pedreira
Tenho boas lembranças dele no Salgadinho.
Inesquecível tio Reinaldo.

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Evandro Jacobina
Bom dia primo. Gostei como você descreve momentos relevantes da vida do seu pai.
Um verdadeiro herói.Um forte abraço.

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Raimundo Marinho
Gostei! Bastante rico em informações, muitas delas muito emotivas. Vi que seu nome é uma aglutinação dos nomes do seu pai e de sua mãe. Há muita semelhança física entre você e ele, creio que na inteligência e na generosidade, também. Parabéns!

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Padre Emílio Ferreira Sobrinho
Parabéns meu amigo Reynivaldo Jacobina pela história de vida do seu pai e meu amigo Reinaldo Jacobina, que aumentou minha admiração pelo mesmo.

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Mário Brito
Acabei de ler em seu blog , conheci a Fazenda Salgadinho, quando era de seu avô. Rosa sempre levava eu, Antônio Jorge e Agnaldo, para passarmos o fim de semana. Lembro do Abrigo; Guido advogado, meu amigo, conheci aqui, e nós tínhamos seu pai, como um homem , bom, honesto, caridoso e valente. Era muito amigo de Basto Costa, meu sogro.

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Semires Macedo
A homenagem a seu Reinaldo ficou digna do mundo de vocês. Parabéns e obrigada por tudo!

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Humberto Bastos
Comerciante - Pojuca- Bahia
Boa tarde, uma vida linda, e difícil. Sei que com muito orgulho hoje pode contar. Parabéns para você e toda a família. Abraço apareça estamos aqui.

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Berenice Carvalho
Gostei muito!
Você sempre foi e é um grande jornalista!

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José Soares
Chegou o dia e você narrou a história de seu pai. Muito boa.

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Deraldo Jacobina
Você me levou para conhecer a família em 1965. Tomávamos café da manhã na Fazenda Salgadinho. Meu tio Reinaldo foi em minha casa em Santo Antônio de Jesus e aqui em Salvador. quando fui para Ribeira do Pombal fiquei hospedado em sua casa e depois fui para a casa de Tia Teta.Minha mãe adorava ele e tio Milton.

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Juci Jacobina
Oi meu irmão. Amei,eu sabia que Nosso Pai foi e será sempre lembrado como Grande Cidadão.

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Edivalda Gama
Linda e merecida homenagem, Sr Reinaldo um homem de BEM, parabéns á todos os Familiares, em especial vc que escreveu á História , da prazer lê o que vc escreve , muita LUZ sempre na sua Caminhada. Faça um livro do que vc escreve para os Pombalenses , FELICIDADES!

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Rosana Reis
Eu conheci na casa do meu pai. Grandão. Quase não passava na porta kkkk. Meu pai TD feliz com o irmão Reynaldão, assim meu pai o chamava. Pele branca e a voz forte. Eu pequena tinha até medo dele, oh meu Deus!

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Teresinha Nogueira
Belo texto .Parabéns vc é incrível qtas recordações.

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AGUINALDO BRITO

BOM DIA REY, SÓ HOJE CONSEGUI LER A BRILHANTE MATÉRIA SOBRE REINALDÃO. FIQUEI MUITO CHATEADO EM NÃO PODER FALAR SOBRE SEU PAI, TIVE A IDÉIA DE FALAR COM ALGUMAS PESSOAS QUE CONVIVERAM MAIS DE PERTO, MAIS INFELIZMENTE NÃO DEU CERTO.
HOJE FUI SURPREENDIDO PELA HISTÓRIA DE VIDA DE SEU REINALDO, GRANDE CIDADÃO E EMPREENDEDOR JÁ NAQUELA ÉPOCA.
BELA HISTÓRIA DE VIDA DE UM CIDADÃO VERDADEIRO, E DE CARÉTER.
VALEU TAMBÉM COMO UMA AULA DE HISTÓRIA, MEUS PARABÉNS REY QUE DEUS TE ILUMINE A ESCREVER, A RETRATAR OS FATOS COM UMA CANETA.

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Edvaldo Gato
Rapaz tem que estar tudo num livro!Que beleza! E seu pai um empreendedor. E as ilustrações estão saindo também. Tenho acompanhado com interesse.

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Elisandro Lima

Belíssimo texto, Sr. Reynivaldo. Grato pela decisão em escrever. Sinto falta de cronologias detalhadas de forma bem leve da nossa economia baiana. Acredito que o senhor possa aprofundar mais pq me instigou qdo trouxe a corrupção daquela época, por exemplo.
Parabéns e compartilhando, rsrsrr
Saúde, paz e prosperidade. Excelente noite.

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Ronaldo Jacobina
Reni, como filho de Reynaldão e seu colega de profissão, “roubei” seu texto e publiquei no meu feed, mas como aprendemos com ele a ética e a não nos apropriar do que não é nosso, dei o crédito total ao brilhante autor. Parabéns por esse projeto lindo que vc ta fazendo de resgatar os grandes personagens da nossa terra.

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Menelaw Sete
Belíssima história!