Objetivo


sábado, 20 de abril de 2019

LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA VISÃO DE DOIS MINISTROS DO STF

Quase por unanimidade a sociedade brasileira condenou a volta da
Censura, agora patrocinada por dois ministros do STF.
Retardei de escrever este comentário sobre a  esdrúxula decisão do atual presidente do STF , ministro Dias Toffoli  delegando ao colega Alexandre de Moraes,  ex-Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, para reintroduzir no Brasil a Censura , que havia sido extinta com o fim ao AI 5, editado durante o  regime militar. 
É bom lembrar que eles vêm de partidos siameses  defensores da ditadura do proletariado, PT e o PSDB , embora seus militantes  disfarcem, apregoando que são  democratas.
Esta decisão pegou de surpresa todos os defensores da liberdade de expressão os quais sairam  à procura do alvo dos novos censores. Era a Revista Cruzoé e o site O Antagonista, por terem  publicado  uma matéria informando que o corruptor Marcelo Odebrecht, em sua delação premiada , havia citado um personagem, entre muitos outros, que era O Amigo do Amigo de Meu Pai. Nas investigações a Polícia Federal quis saber quem era este personagem enigmático. Simplesmente,  o Marcelo respondeu que trata-se do atual presidente do STF, Dias Toffoli. Tudo isto documentado. 
Incomodado, o ministro, que já havia determinado ao colega Alexandre de Moraes que investigasse os que criticavam o STF, por suas decisões polêmicas e fora da curva, ganhou força e partiu para censurar os dois novos veículos de comunicação. 
Foi uma grita geral. Críticas feitas por  tarimbados ex-ministros da Corte e vários juristas, jornalistas, entidades de classe, enfim,  a grande maioria condenando a volta da Censura. As redes sociais entraram em ebulição, e a parte da sociedade brasileira civilizada condenou este papel de censores do Toffoli e do seu seguidor Alexandre de Moraes.
É a segunda vez que a Procuradora Geral Raquel Dodge
se manifesta contra, e o ministro Toffoli não dar atenção.
Estranhamente, algumas entidades corporativas de magistrados apoiaram a Censura. Parece que  os togados se sentem seres superiores, intocáveis, e que não podem ser criticados. Precisam entender que são funcionários públicos pagos com o nosso dinheiro para exercer a magistratura, e não a Censura aos que lhes criticam.
Diante desta avalanche de críticas os dois voltaram atrás. Porém, o Toffoli numa atitude que parece  vingança autorizou que um jornal apoiador dos petistas entreviste o ex-presidente Lula, condenado por duas vezes, a mais de 20 anos de cadeia, sendo uma em segunda instância. 
Esperamos que a cadeia da Polícia Federal não se transforme numa sala de coletiva de imprensa. Agora,  por analogia o Palloci , Eduardo Cunha , Sérgio Cabral e outros já podem ser 
entrevistados ? 
É a segunda vez em pouco tempo  que o Toffoli não dá ouvidos à Procuradora Geral . Neste episódio  ela considerou que os ministros  não poderiam interrogar, investigar e julgar ao mesmo tempo. Antes, em final de 2018, Raquel Dodge deu parecer contrário ao ex-presidente dar entrevistas, afirmando que presidiário não pode dar entrevista .e sim prestar depoimento na Justiça.
Vamos aguardar os acontecimentos, neste país cheio de contradição, onde até dois ministros do  STF assumiram o papel de  censores, enquanto outros soltam todos os corruptos que lhes apresentam, através de habeas corpus. Fotos reprodução do Google.

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