Fotos Lázaro Torres

OUTRO LOCAL
O Professor Guilherme de Souza Castro, igualmente diretor do Centro de Estudos Afro-Orientais e do Museu do Negro, tem ainda esperanças de que a comissão encontre um lugar adequado para este grande acervo de arte negra – talvez o antigo prédio do Instituto Médico legal Nina Rodrigues, o que também dependerá da boa vontade da classe médica.
Enquanto seu museu não vem, Souza Castro diz que, além das peças já existentes – máscaras de madeira, esculturas, objetos de latão,ferro e palha -,há outras extremamente valiosas prometidas por colecionadores particulares. Para ele o objetivo do Museu do Negro, não será apenas o de expor seu acervo,mas também o de servir para estudos da cultura-afrobrasileira, em todos os seus aspectos, através de obras de arte que exemplifiquem o sincretismo religioso e as diferenças étnicas entre os diversos países da comunidade negra e o Brasil.
Haverá , ainda, uma grande biblioteca especializada. Mas isso são projetos que só se transformarão em realidade se for cumprido o convênio de 14 de março de 1974 entre o Ministério das Relações Exteriores , a Universidade Federal da Bahia, a Prefeitura de Salvador e o Governo do Estado. Até agora, somente Itamarati honrou seu compromisso, ao conseguir peças para o museu. A Universidade Federal da Bahia só aplicou parte de seus recursos na adaptação do antigo imóvel da Faculdade de Medicina, mas as obras foram suspensas. Os demais assinantes do convênio nada fizeram até o momento. E, assim, não será fácil instalar em Salvador um órgão que irá enriquecer a vida cultural da Bahia e mesmo a do Brasil.
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