Foto Carlos Santana

A RESTAURAÇÃO
- Constatada a importância do achado, foi contratada uma equipe de técnicos, chefiada pelo restaurador Adriano Reis Ramos, que transportou as tábuas pintadas por Joaquim da Rocha para o antigo prédio da Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus. Inicialmente, começou-se a estudar a fórmula de retirar a camada de tinta que escondia a antiga obra e só depois utilizaram-se vários solventes e misturas especiais.”Assim- explica Reis Ramos- foi tomado todo cuidado para evitar que a obra de arte fosse ainda mais danificada.O pior não era a tinta azul que escondia a obra e sim a base sobre a qual esta foi pintada, dificultando ainda mais os trabalhos de restauração”.
OUTRAS DESCOBERTAS
Após a raspagem do forro da igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, além da pintura já citada, surgiu também uma cena representando a Ascensão de Nossa Senhora do Rosário, tendo São Domingos e Frei Bartolomeu ajoelhados a seus pés. Há ainda a figuração de quatros continentes e seus símbolos: Europa (uma mulher com cetro e coroa), a Ásia (um homem sentado tendo nas mãos um turíbulo), a África (uma figura negra) e a América (um índio com arco e flecha). Esta obra, também atribuída a José Joaquim da Rocha, segundo a opinião dos técnicos, demonstra a influência de pintores europeus em sua obra, inclusive Miguel Ângelo e Veroneso. A recuperação e restauração das obras de arte da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos não se limitarão a essas pinturas agora reveladas no forro da nave e no da capela-mor. Os técnicos estão também trabalhando em todas as imagens do templo, muitas delas datadas de meados do século XVII, quando os primeiros muros da igreja foram levantados.
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