Objetivo


sábado, 26 de março de 2022

CARDOSO VIVEU ENTRE O TRABALHO SOCIAL E A BOEMIA

Cardoso trabalhou muito, era  alegre e gostava de viver intensamente.
O Cardoso do Hospital nasceu na   Fazenda Lagoa   das Madeiras, que fica   próxima à cidade de Cícero   Dantas no   dia 10 de outubro de 1946 e foi batizado   como João Cardoso Durval. Quando   adulto, como   faziam antigamente   muitos nordestinos, esteve   trabalhando   em São Paulo, Goiás, Salvador, e   terminou   retornando para Cícero   Dantas lá casou com d. Maria do Carmo   de Souza  e   tiveram cinco  filhos. Veio   trabalhar em Ribeira do   Pombal numa   empresa capixada  e depois foi para   o   Hospital Santa Tereza. Era tão   envolvido  com seu   trabalho que ficou   conhecido como o Cardoso do   Hospital. Isto porque ajudava as pessoas a serem   tratadas no hospital,  ia buscar os doentes  em casa e quando melhoravam costumava levar de volta. Viajou muito para Salvador e Alagoinhas acompanhando doentes e também pessoas em busca do Auxílio Doença e mesmo aposentadoria e outros benefícios do INSS. Aqui conheceu d.Tereza Cristina com quem se relacionou por 35 anos até sua morte. Diz sua companheira que "decidimos comprar esta casa que tinha  uma pequena sala, um quarto e cozinha. Depois fomos aumentando devagarinho. Mesmo assim aqui reinava a alegria. Certo dia perto do São João dissemos vamos festar o São João? Foi aí que tudo começou com as quadrilhas. O André sanfoneiro já morava aqui perto. Fechamos a rua com um carro e colocamos o André Sanfoneiro para tocar. Era muito bom. Isto é cultura né? Claro que é." Pergunta d. Teresa Cristina e ela mesma responde. 
"Veja você que eu e o Cardoso conseguimos com as quadrilhas tirar muitos jovens das ruas. Eles ficavam preocupados em dançar, com suas vestimentas . Foram dez  anos de muita animação, chamavam  Quadrilhas da  Ana Brito. Mas, devido ao tempo fui ficando com a pressão alta e tive que parar em 2000. Mesmo assim alguns ainda vieram dançar aqui na rua. Até hoje as pessoas lembram.Vinha gente de várias outras ruas e mantemos nossas amizades entre os que  dançaram as quadrilhas. Eram jovens, hoje são professores, como é o caso de Renilson que é professor de Matemática, Kátia Santana a irmã de Robson Santana, tem muita gente.  Muitos que dançavam aqui agora participam da Quadrilha da Rua da Ribeira. Ficamos com as quadrilhas de 1990 até o ano 2000. O Cardoso gostava da cultura popular nordestina como quadrilhas, bacamartes, forró e da zabumba". 
Vemos ao lado Foto 1. Cardoso com  seus filhos da esquerda pra direita  a companheira Tereza Cristina, David Anderson Silva Durval , no  colo de Cardoso a filha Joanna D'Ávila, Cardoso ,Vandercleisson de Souza Cardoso, a vizinha Nara Oliveira e David Anderson Nascimento.   Isto mesmo, são dois com o mesmo pré nome  de David Anderson . Foto 2. O santinho de propaganda  eleitoral quando se candidatou a vereador pelo então PFL e não conseguiu se eleger. Foto 3. Ele com uma das coisas que gostava de fazer que era tomar uma cervejinha e bater papo com seus amigos na mesa de um bar.

                                                            COMO SE CONHECERAM

Tereza  Cristina, abraçada ao filho David Durval
no aniversário da filha Joanna D'Ávila e Cardoso
 A d. Tereza Cristina da Silva, 60 anos, conta "que  já tinha   visto o Cardoso algumas vezes no hospital em 1980, e em   1981 nos encontramos na Mirandela numa festa da   padroeira.  Começamos a conversar e no ano seguinte já   estávamos juntos, e em 1983 nasceu nosso primeiro filho.   Tivemos cinco filhos David Anderson da Silva Durval ,   Joanna D'ávila Durval, 34 anos; Ana Karoline, Manoel   Messias, falecido; 27 anos e   Theo Bernardo, de 24 anos."
 Dois dos filhos do Cardoso  do Hospital do  seu casamento   com d. Maria do Carmo, o Vandercleisson de Souza Cardoso, o Cleisson como é   conhecido,  e  David Anderson de Souza Cardoso vieram   para Ribeira do Pombal morar com o pai e Tereza Cristina   quando já tinham por volta de 10 e 12 anos de idade.
 "Cardoso trabalhava na parte burocrática do Hospital Santa   Tereza, e ao ver as pessoas em dificuldades para fazer   tratamentos   e mesmo para providenciar seus benefícios no   então INAMPS, depois INSS, em Alagoinhas, e até mesmo   em Salvador, ajudava a todos  e assim foi conhecendo as pessoas. Na maioria das vezes levava a mesma pessoa três a quatro vezes até  conseguir aquele benefício a que tinham direito. Depois  foi trabalhar na Associação Santa Tereza , que funcionava dentro do hospital. Trabalhou muitos anos até 1998 quando a associação  foi extinta por motivos políticos e financeiros. Com o decorrer da política e a chegada de Dadá como prefeito ele saiu, tendo permanecido ainda 40 dias quando Nilson Brito assumiu. Também, não voltou mais. Mas, Cardoso  continuava ajudando às pessoas que o procuravam." Diz ainda  Tereza Cristina que conheceu um senhor que ele  levou 33 vezes para Alagoinhas até receber o benefício de  Auxílio Doença a que tinha direito. Este senhor já faleceu ."Conta d. Tereza Cristina que " o finado Ferreira Brito quando prefeito oficiou ao INAMPS que ele era o responsável por tomar estas providências junto ao órgão, inclusive fazia as carteirinhas do FUNRURAL dos trabalhadores rurais com sua identificação e fotografia . Em Salvador conheceu a assistente social Arlene Chaves, que hoje trabalha na Prefeitura de Ribeira do Pombal, que colaborou muito com ele."

As animadas e famosas quadrilhas do Arraiá da Ana Brito.
Antes o João Cardoso  foi vigilante , em São Paulo, e depois apontador  quando  trabalhou  na construção  do Estádio  Serra Dourada, em Goiás. Depois na construção do Hospital Roberto Santos , em Salvador. De lá veio para Ribeira do Pombal trabalhar na terraplanagem de um trecho da BR-110. Era uma empresa capixaba  que abriu um escritório aqui localizado na Rua Joana Angélica, e já em 1980 já estava trabalhando tempo integral no Hospital Santa Tereza. 

Os pais de Cardoso do Hospital moravam numa fazenda próxima a Cícero Dantas chamada Lagoa das Madeiras. Seus pais eram Manoel Messias Durval e Joana Maria de Jesus. Foi criado lá, saindo quando completou 18 anos. Tinha sete irmãos: Valdenor, Maria de Jesus, Raimunda Maria de Jesus, Antônio, Lourival, Jumerinda Maria de Jesus e Marizete.

Lembra d. Tereza Cristina que ele "sempre foi um pai presente e tivemos cinco filhos: David Anderson Durval, Joanna D'ávila, Ana Karoline, Manoel Messias, falecido e Theo Durval. Como em todo relacionamento entre casais sempre existem as coisas boas e ruins. Mas, ele se superava com suas boas atitudes e qualidades . Até hoje os seus filhos não o esquecem. Convivemos 35 anos."

Cardoso  foi homenageado pela Prefeitura Municipal com a denominação do posto de saúde do bairro do Alto de Santo Antônio com o nome de Unidade Básica de Saúde João Cardoso Durval ( Cardoso do Hospital). O Cardoso do Hospital era natural do município de  Cícero Dantas onde nasceu no dia 10 de outubro de 1946 e faleceu no dia 15  maio de 2014, em Ribeira do Pombal. 

                                                    DEPOIMENTO DE UM FILHO

O Cardoso do Hospital e seu filho Cleisson.
O filho de Cardoso do Hospital o radialista e publicitário Vandercleisson de Souza Cardoso, conhecido por Cleisson,  lembra que  seu pai " tinha uma característica muito forte que o  acompanhou a vida inteira que era de ajudar as  pessoas. Quando ele foi trabalhar  numa empresa  como responsável pelo departamento de pessoal  começou a empregar as pessoas que conhecia .  Empregou alguns irmãos, e os amigos dele lá da roça   onde nasceu. Empregou muita gente. Tenho dois tios  que moram em São Paulo que até hoje trabalham na  construção civil e foram iniciados por meu pai. A  empresa que ele trabalhava foi construir o estádio  Serra Dourada, em Goiás, e ele foi trabalhar lá. Não  sei todos os detalhes porque eu não existia ainda. Depois a empresa ganhou a concorrência para construir o Hospital Roberto Santos, em Salvador, e lá se foi meu pai trabalhar."

"Foi casado com minha mãe Maria do Carmo de Souza Cardoso, a d. Carminha e tiveram cinco filhos: Wagner de Souza Cardoso, que faleceu antes de completar um ano; Vandercleison de Souza Cardoso , Vandercleia,Vandercleide e Vanderlândia. 

O filho que teve com a d. Zulmira Menezes, que é enfermeira em Cícero Dantas, é o mais velho vivo e chama-se David Anderson Menezes. Nasceu posteriormente ao falecimento do Wagner de Souza Cardoso, seu primeiro filho com minha mãe. Nesta cidade   abriu o Bar Cardoso, junto ao Mercado Municipal, portanto tinha uma clientela cativa. Até então  não bebia e deu para beber , vieram as farras e o bar faliu. Teve ainda outro filho com d. Jorailda  que deu o nome de  João Cardoso Durval Filho. A d. Jorailda  e o filho atualmente moram em São Paulo."

Da esquerda para direita:Joanna D'Ávila Silva Durval, David Anderson Silva
Durval,Théo Bernardo Silva Durval, Vandercleide de Souza Cardoso,
Vandercleia de Souza Cardoso, Vnadercleisson de Souza Cardoso, David
Anderson Nascimento, Cardoso do Hospital.Ao centro:João Cardoso Durval
Júnior,Vanderlândia de Souza Cardoso e abaixada Anna Karoline Silva Durval.
Continua o Cleisson "nasci em Salvador e minha mãe decidiu  ir para Cícero Dantas onde já tinham uma casa comprada . Meu pai não quis ir e veio para Ribeira do Pombal. Na época estavam asfaltando a Br-110 . Lembro que a empreteira era a Sociedade Tapajós de Mão de Obra. Pedro Gordo trabalhou com meu pai na Gurantãn, em São Paulo, e pediu a Ferreira Brito que o acolhesse. Foi assim que foi ser o secretário da Associação Santa Tereza que administrava o hospital e na época era municipal.Tinham         funcionários da            Associação e da Prefeitura trabalhando no hospital , mas eles não se misturavam . Nem na gestão porque  o setor de contas era afastado da direção do hospital. "

Ele sempre procurava viabilizar as coisas para as pessoas. Foi representante do INAMPS e ficou no hospital durante muitos anos . Devido a mudança da gestão da Prefeitura  com a chegada do Dadá a associação faliu . Depois passou a atuar como consultor dando assistência aos sindicatos rurais de Uauá, Ribeira do Amparo, Caldas de Cipó e Coronel João Sá  e se credenciou neste trabalho até morrer. Muita gente se aposentou graças às orientações e encaminhamentos de meu pai. O objetivo maior dele era de criar um posto de INSS em Ribeira do Pombal." No entanto não conseguiu concretizar este desejo. 

"Na verdade meu pai gostava muito de namorar. Embora não fosse uma pessoa bonita era jeitoso e teve quatro relacionamentos. Somos dez irmãos vivos. Minha relação com meu pai era muito boa. Sempre ia para Cícero Dantas ficar com minha mãe, tenho duas irmãs que têm quase a mesma idade e dois irmãos com o mesmo nome de David. Quando ele chegava em casa eu sentia uma sensação muito boa. Iluminava tudo na minha mente. Não sei explicar. Até amigos meus do tempo de infância se sentiam muito bem com ele."

Já minha mãe trabalhava na Prefeitura de Cícero Dantas. Vim com uns 11 anos morar com meu pai e Tereza Cristina. Depois quando cresci passei a trabalhar com ele no hospital foi quando aprendi a mexer com  computador. Só existiam poucos computadores em Ribeira do Pombal entre os quais um que era do hospital. Até hoje de quando em vez quando chego num local me identificam como  "Ah, é fio de Cardoso!".

Este é o seu Manoel Bocão , amigo de fé.
            LEMBRANÇAS DOS AMIGOS

O seu Manoel Ribeiro do Nascimento, o Manoel Bocão, de 80   anos,  foi dono de bar  Encontro dos Amigos nos anos 1970 a 80.  Seu bar era um local onde as pessoas que gostavam de uma   cerverjinha ou de uma cachacinha se encontravam para conversar,   e  o Cardoso do Hospital , que nesta época já era boêmio, também comparecia com  frequência ao seu bar.  "Ele era meu amigo, meu parente, meu   sangue, e foi meu vizinho na Rua Satíro José Santos por muitos anos.  Os filhos dele  frequentavam minha casa. Mesmo com seu falecimento   a lembrança é muito forte, inesquecível. Ele morou em quatro a   cinco casas diferentes na mesma rua. Foi comprando até   ficamos mais próximos, só tinha a casa de Manoel Messias no   meio ou seja entre a minha casa e a dele. Depois  foi morar na   Rua Ana Brito onde ficou até no dia que Deus levou. Ele não   queria sair de perto de mim."

Diz seu Manoel Bocão que Cardoso era tipo uma irmã Dulce, vivia para servir.  Meu amigo levava as pessoas para o hospital, e voltava quando estavam curadas ou medicadas para levá-las  para a casa. Lembro que  levava parturientes e depois retornava com a mãe e o filho para suas casas. Era assim que ele vivia. Também levava muita gente para se aposentar pelo FUNRURAL e o INAMPS em Alagoinhas e Salvador".

"Convivemos desde a infância em Cícero Dantas e depois viemos para cá. Cheguei aqui no dia 19 de novembro de 1968. Você sabe o que se comemora no dia 19 de novembro? É o Dia da Bandeira ! Quando cheguei trabalhei a vida inteira vendendo cachaça," e dá uma gargalhada. O seu Maneol Bocão , teve nove filhos. Diz "fui casado com a saudosa Maridália. Casei com 23 anos e ela tinha 15,  com 13 anos de casados Deus a levou . E preparou esta outra mulher, que por sinal é prima da primeira. Maria Ivanilda da Silva Nascimento, e eu a chamo  de Tia ."

"No  relacionamento com Maridália tivemos cinco filhos: Maria Magnólia Bezerra do Nascimento, Marilane, José Marques, Marilene e Ronaldo Pedro. Do segundo  com a d. Maria Ivanilda com quem vivo até hoje tivemos Marcelo Silva do Nascimento, Mirele e Manoel Junior Ribeiro do Nascimento."

O seu Pedro Contador trabalhou muitos anos com Cardoso .
Outro que era amigo  de Cardoso do Hospital é Pedro José da Silva, 66 anos, divorciado e tem dois filhos Edcarlos e Carlson . Para ele " o Cardoso não morreu . Só fez se mudar para outro plano, e a amizade está aqui no meu coração."

 Ele brincava muito com o seu  Pedro  chamando-o de Pedro Piroca e de Pedro Gordo, mas hoje todos o conhecem em Ribeira do Pombal por Pedro Contador. "Na realidade quem colocou este apelido de Pedro Gordo em mim foi seu Ferreira Brito porque trabalhávamos no Hospital Santa Tereza e tinha dois Pedros. O outro era magro e eu era gordo. O apelido foi para identificar os dois Pedros. Sou contador, mas devido a idade não estou mais trabalhando."

"Em 1975 estava morando em São Paulo trabalhando na Construtora Guarantan e numa das obras da empresa encontrei com João Cardoso , numa obra próxima a Interlagos . Fui levar um material no depósito da empresa e lá nos conhecemos. Depois fui transfeirdo para Salvador. Era ajudante de carpintaria, posteriormente passei para vigia, e encarregado da vigilância, auxiliar de escritório, e por último como encarregado do escritório. Foi em Salvador que reencontrei com Cardoso, que tinha saído da empresa , voltou e foi readmitido. Era a obra da construção do Hospital Roberto Santos. Depois saí da empresa, ele ficou até o final . Para minha surpresa outra coincidência ao retornar para  Ribeira do Pombal reencontro o Cardoso trabalhando no escritório da empresa capixaba  Madeira Indústria e Comércio , que era responsável pela construção do trecho de terraplanagem da BR-110 até a localidade de Nova Esperança , antiga Barata. Na realidade esta empresa pertencia ao grupo Goes Cohabita. Ai ele me ofereceu um emprego de greidista lá no trecho. Greidista é uma função de apontador das horas que os tratores trabalham nos serviços de terraplanagem.  Não sei porque razão a obra foi suspensa e  fiquei desempregado. Foi  ai fui trabalhar na portaria do Hospital Santa Tereza, onde fiquei um mês, depois  para o Almoxarifado, após a construção do novo pavilhão do hospital, que foi erguido pelo mestre de obras João Irênio. Meu trabalho foi sendo reconhecido e passei a ser Chefe do Departamento de Pessoal. Ai fui procurar  Ferreira Brito e pedi para contratar o Cardoso. Disse-lhe que era  um homem trabalhador, direito, filho de Cícero Dantas, já trabalhamos juntos por três vezes   e que assinava embaixo. Ai seu Ferreira me respondeu: "se você assina embaixo pode contratar, nem quero ver a cara." Então ele foi trabalhar como secretário da Associação Santa Tereza ."

Viviane Soares dançou as quadrilhas da Rua Ana Brito.
A radialista e cantora Viviane Soares  nasceu e  foi criada na Rua Ana Brito. "Nasci em casa com a ajuda de uma parteira, a mãe do Galeguinho Aboiador, conhecida como d. Zefinha Parteira. Falar  da Rua Ana Brito sem falar nele é a mesma coisa que tocar forró e não falar de Luiz Gonzaga. Uma figura que está no coração de cada um que o conheceu. Além de ter ajudado muita gente ele juntamente com sua companheira Tereza Cristina fomentaram a cultura organizando todos os anos as quadrilhas em três categorias crianças, adolescentes e adultos. Eu passsei por estas três categorias. O São João em Ribeira do Pombal nunca foi forte e nesta época então eram as quadrilhas de rua que animavam o pessoal e ajudavam até a economia porque muitos vinham vender suas cervejas, tira-gostos, doces etc. Ele nos faz muita falta. Sempre fomos vizinhos, era uma pessoa alegre que organizava as quadrilhas por prazer. Com certeza era um ser iluminado que merece todas as homenagens.. Infelizmente as quadrilhas da Rua Ana Brito ninguém conseguiu prosseguir."
"O Cardoso viveu intensamente todo tempo de sua vida"

 Finalmente a professor Kátia Santana Pereira Caetano ex-moradora da Rua Ana Brito foi também amiga  de Cardoso do Hospital e participou ativamente das quadrilhas que eram promovidas por ele e  d.Tereza Cristina. Ela disse que "falar de Cardoso é fácil porque era uma pessoa muito especial para nós que morávamos na Rua Ana Brito. Um ser humano que não media esforços para ajudar o próximo.Cardoso era uma pessoa muito alegre que gostava de viver e ele viveu intensamente todo o tempo de vida  aqui na Terra. Nos deixou muita saudade e Cardoso foi também o fundador das Quadrilhas do Arraiá da Rua Ana Brito. A nossa rua era muito parada e ele resolveu animar.  Primeiro  começou ornamentando a rua durante o São João, e em seguida teve a idéia de no ano seguinte  criar o Arraiá da Ana Brito. Então convocou crianças, adultos e os idosos, todo mundo foi convidado. Foi assim que deu início às quadrilhas que ficaram famosas na região. Fez o Casamento Caipira logo no primeiro ano. A quadrilhas foram crescendo e evoluindo. Fomos nos apresentar até em outras cidades. Cardoso era um ser prestativo que gostava de estar ao lado das pessoas, infelizmente nos deixou muito cedo".
NR-Quero agradecer em primeiro lugar ao meu parceiro Hamilton Rodrigues que dispendeu um esforço maior para colher e depois confirmar várias informações para que pudesse traduzir mais próximo da verdade possível quem foi o Cardoso do Hospital e para isto contamos a boa vontade do seu filho Cleisson. 
 

 


32 comentários:

Unknown disse...

Uma história veridica com transparecia de realidade. Nota DEZ.

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Sergio Mattos
Reynivaldo Brito você deveria reunir esses perfis populares em livro. As pessoas comuns são os grandes construtores das comunidades ecarregam memorias coletivas. Pense nisso. Além de publica-las em livro,acho que as ilustrações também. O seu traço é único. Parabéns.

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Benjamin Brito Gama Junior
Merecida homenagem,parabéns Reynivaldo.

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Maria Das Graças Santana
Parabéns mais um História do povo da sua cidade!

BLOG DO REYNIVALDO disse...

Juan Carlos Barr
Bela história e trajetória de um homem pai de grandes amigos deixando uma lição de vida e amor aó próximo .Amem.

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Alexandre Jacobina
Concordo com seu amigo Sergio Matos, pela riqueza dos contos já merece um livro.

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Beto Santana Santana
Aplausos!

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Ivo Neto
Parabéns amigo.

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Edson Passos Brito
Eu já sugeri ao grande Rey, essa obra merece um livro, e tem vaga na academia brasileira de letras.

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Jorge Nascimento Silva Nascimento
Edson Passos Brito mermão, Tem gente que não escreveu " nada" por lá, metido ( a) no Fardão...vídeo ontem F. M. TDS viram....imagine Reynivaldo Brito com sua verve, falando do povo e causos da região de forma simples e perfeita? Ora, " Farda, Fardão, Camisola de dormir " , falou o Grande " Jorjão " , menino que campeou as roças de Cacau em Ilhéus e região....

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Jose Renato Passos Santos
Belas histórias.

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Teresinha Nogueira
Linda história .Parabéns.

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Edicarlos Santana
Parabéns seu Reynivaldo linda historia

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Moema Garcia
Deveria seguir o conselho de Sergio Mattos !

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Jorge Nascimento Silva Nascimento
Moema Garcia o livro deve sair Sim...e nós vamos degustar vinhos...na faixa!! E eu, só aprecio vi hos...c/ queijo... lógico !!! Na faixa, claro.... Hehehehehehehe!!!!!

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Moema Garcia
Jorge Nascimento Silva Nascimento , maravilhoso! Estamos nesta!

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Jodevania Alves
Que história linda!👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Já estou aguardando a próxima,meu querido.

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Cleisson Cardoso
Uma experiência muito feliz pra nós, dessa família complexa kkk ter a história do nosso patriarca Cardosão narrada pelo grande Reynivaldo Brito. Muito obrigado por tanto ! Esse registro ficará marcado pra sempre em nossas memórias e corações.

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Dilson Brito
Grande Cidadão o Cardoso do Hospital, alegre, feliz e um Assistente social sem Formação e que marcou época na nossa Cidade. Ajudou muito os carentes e reviveu na Rua Ana Brito a tradição das quadrilhas juninas que antes era dominada pelas micaretas, o carnaval fora da época. Que venha outros Cardosos e Coiós!! Pombal precisa investir num bom São João.

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Cleisson Cardoso
Dilson Brito obrigado amigo.

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Marluce Maria Morais Brito
Bom dia, primo, só me resta dizer"Bravo" para mais uma homenagem tão bonita e cheia de memória afetiva, de.trazer ao conhecimento de todos nós, pessoas tão humanas e que marcaram época em nossa terra. Ambos, eu só conheço através, das narrações de alguns dos frequentadores assíduos dos seus bares, jovens de outrora hoje já maduros, e cheios de histórias divertidas. Parabéns.

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Iara Brito
Cardoso do Hospital era uma pessoa educada e não média esforço para ajudar as pessoas que procuravam.Obrigada meu irmão por resgatar mais uma pessoa de bem .

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Graça Gama
Quem não conheceu Sr Cardoso do Hospital? GENTE boa sempre disponível para ajudar seu próximo. PARABÉNS amigo Reynivaldo Brito.!!!!

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Bia Jacobina
Parabéns primo,bjs

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Sula Freire
Amei!

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Edivalda Gama
Parabéns REYNIVALDO , mais uma linda história , de um HOMEM que gostava de ajudar o próximo , é muito bonito as pessoas que fazem o BEM , DEUS quer que façamos o "" BEM SEM OLHARMOS Á QUEM "". FELICIDADES PARA VC E PARA O SEU AMIGO , HAMILTON QUE LHE PASSA MUITAS INFORMAÇÕES PARA QUE ESSE SEU TRABALHO SEJA CONCLUIDO PARA ALEGRIA DOS FAMILIARES , AMIGOS E DAS PESSOAS QUE ADMIRAM A SUA DELICADEZA E INTELIGÊNCIA , EU SOU UMA DELAS , JÁ ESTOU PENSANDO NA PRÓXIMA..

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Murilo Ribeiro
Aplausos!

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Domingos Dantas Brito
Meu primo , eu admiro sua maneira de valorizar seus contemporaneos e conterrâneos, você revive a história dos cidadãos pombalenses com grande maestria. Que bacana isso.

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Guel Silveira
Maravilha amigo! Muito bom, exelente texto. Obrigado. Grande abraço.

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Zézé Brito Marie-Jo
Que beleza!

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Marcelo Brito
Parabéns Rey, pela brilhante iniciativa de homenagear as pessoas de BEM da nossa querida Ribeira do Pombal, falar de Cardoso é reviver um passado de Honra, dignidade e respeito aos mais necessitados.

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Marcelo Brito
Lembro muito de Cardoso, no Alto Santo Antônio e das suas ações em defesa das pessoas, Meu fraternal abraço a sua família em nome de Joana e Cleidson Cardoso.