Objetivo


domingo, 24 de fevereiro de 2013

A INTOLERÂNCIA

Yoani Sánchez
A palavra é intolerância. Fiquei abismado com os pequenos grupelhos agressivos que não permitiram a exibição de um documentário sobre a luta da cubana Yoani Sánchez  , que veio ao Brasil também para o lançamento de seu livro. Infelizmente ela foi coagida  por manifestantes agressivos e intolerantes, talvez seguidoras dos Castros. São orquestrados por forças retrógradas  e esses grupelhos  são compostos por pessoas mal informadas, que funcionam como se fossem seguidores de um culto fanático. Têm visões distorcidas sobre o que está acontecendo no mundo. Só enxergam por um olho torto, igual aqueles que viram armas perigosas no Iraque. Enxergam a ditadura geriátrica de Cuba, como se fosse o melhor dos mundos e, na realidade, pouco sabem sobre o que acontece na política internacional .
A intolerância começou  no Recife, no desembarque da cubana, chegou ao ápice  em Feira de Santana .
Seguiu-se por outros estados visitadas pela blogueira convidada.
O senador Eduardo Suplicy ( PT) - um homem de cabeça livre e sonhador - chegou a tentar estabelecer uma discussão com  os  " manifestantes",  porém, devido a agressividade delas, o diálogo não se estabeleceu. A cubana reagiu democraticamente, porque ela luta para que seu país permita todo tipo de manifestação, desde que respeite o direito do outro. No popular chamam essas pessoas de "paus mandados".Agem através uma palavra de ordem.
Gostei da tranquilidade e da maneira como ela colocou suas posições democráticas. Disse que não  quer abrigo em outros países, não quer ser uma imigrante.Simplesmente, quer viver em seu País, que tanto diz amar e, que tenha o mínimo direito de se expressar e ir para onde desejar, sem ter que pedir autorização a ditadores.
Vi algumas dessas pessoas que integram os grupelhos pela televisão. A grande maioria não viveu no tempo da ditadura no Brasil e não sabem quanto é maligna. Eles querem uma ditadura de esquerda, o que também já comprovou em vários países do mundo, o quanto são retrógradas e anti-democráticas. Torturam e matam em nome de ideologias ultrapassadas. Estamos em pleno século XXI e, é preciso olhar para a frente, porque os problemas atuais são outros.
Travestidos de movimentos sociais e de partidos, que se dizem de esquerda,  defendem ideologias ultrapassadas, inclusive em seus países de origem. Essa gente deu para um mundo um atestado  de que no nosso País existem grupelhos que precisam ser combatidos, como foram e ainda estão sendo  combatidos os que torturaram e mataram em nome de uma ideologia de direita.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

CARNAVAL PARTICULAR

Esta foto foi tirada por mim, quando da montagem do
 camarote gigante em Ondina.
.Uma das aberrações do último carnaval em Salvador.

É preciso repensar o carnaval de Salvador.A prevalência  dos  blocos de axé, cercados de cordas  seguradas por brutamontes, sempre considerei uma usurpação do espaço público e uma agressão a todas as pessoas que curtem o carnaval. O tal de folião pipoca é uma coisa em extinção no carnaval de Salvador. Ele anda escondido nos becos e longe dos locais onde a folia está presente.
Este ano uns poucos blocos fizeram  desfile sem cordas. Observem que os trios ficaram quase sem iluminação e diminuíram até os músicos. Como estivessem dando um presente ao folião pipoca. Nada disto, senhores donos do carnaval da Bahia! O espaço é nosso, é do povo, vocês fingem distribuir alegria, mas o que objetivam é dinheiro e mais dinheiro no bolso.
Numa entrevista na Folha de São Paulo do último dia 11, João Jorge Rodrigues, que há anos e anos dirige a Banda Olodum se queixa de descriminação e também aponta Ivete Sangalo como se fosse  a única responsável pelo que está ai. Realmente ela está em todo lugar. Até em aniversário de boneca. Mas, não é a única culpada. Culpado são os organizadores da Prefeitura e do Estado,  o tal Conselho do Carnaval e os donos dos  blocos de axé, e principalmente os dirigentes  dos demais blocos, que deveriam se rebelar contra esta situação.
Voltando ao Olodum esta agremiação também se isolou, ficou com os olhos pregados no dinheiro que rola das apresentações, já tradicionais, nas terças-feiras e, a briga por dinheiro sempre foi constante. ( Lembro daquela música que saiu por ai Olodum tá rico/Olodum tá pobre...) e acompanhei isto de perto nos 35 anos que trabalhei em A Tarde. Poucos sabem as músicas dos últimos 10 anos do Olodum. Há anos que eles não lançam nem um cd para divulgar o seu trabalho. Se fecharam e, ai estão pagando por esta política isolacionista.
É preciso acabar com ressentimentos, com esta descriminação que existe no desfile. Vi no aeroporto de Salvador uma propaganda do bloco de Cláudia Leite, escrito em letras garrafais. Bloco Oficial. O que é isto Bloco Oficial? Por que este tal de Bloco Oficial desfila 3 dias na Barra e os Afoxés não? Ora, onde desfilam os afoxés, os blocos de travestidos, os ijexás, de índios e assim por diante? As altas horas da noite, quando muita gente já saiu das ruas e, os que assistem pela televisão já foram dormir.
Tem que mesclar este desfile com um bloco de axé, um afoxé, um bloco de índio  e assim por diante, para que todos tenham visibilidade e, assim possam conquistar destaque e patrocínio para crescer. Desfilar só durante a madrugada é muito pouco para esta Bahia plural. E todos os anos fazer um rodízio.
Outra aberração são os tais camarotes com suas estruturas gigantes tomando as calçadas e espremendo o folião ou melhor retirando o folião da rua. Só dança e brinca quem compra um abadá  ou um bilhete para camarote, por preços exorbitantes . Este tipo de serviço - camarotes- deveria ser oferecido nos hotéis e em outros espaços privados. Rua é lugar do povo e não de quem pode pagar !
Agora vejo constrangido muitos  puxando o saco de Spike Lee, cineasta americano, que sempre está expressando um lado ressentido do racismo que existe em seu País. É preciso dizer a este moço que o nosso País não é uma maravilha do ponto de vista do relacionamento entre as pessoas, porque existe sim, um racismo disfarçado, frouxo. Mas, com certeza é muito diferente de onde ele vem, com a intenção de ressaltar este lado negativo que tanto combatemos. Isto é problema de brasileiro e deve ser combatido e discutido por nós.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

CUIDADO, ELES SÃO RAIVOSOS


           CUIDADO, ELES SÃO RAIVOSOS !


O médico Raymundo Pereira,vítima da insanidade
Estamos vivendo um momento de divisor de águas nas relações entre as pessoas. A individualidade,com o corre-corre o dia a dia  ganham terreno devido as dificuldades de sobrevivência. As pessoas passam a olhar cada vez mais para seus problemas, para seus próprios umbigos. Com o sentimento fortalecido da individualidade vem, no pacote, o comportamento raivoso. Assim, quando alguma coisa não foi atendida a contento o outro explode. A reação é perigosa, raivosa. O contraponto é um sinal de que uma reação forte e desproporcional vai ocorrer. Prepare-se.
Isto está ocorrendo na política, no esporte, na família e no trabalho. Vamos por parte. Na política, se você não vota ou apóia  aquele candidato por não concordar com suas  atitudes ilegais e antiéticas  seus partidários  vão reagir de maneira grosseira . Lançam dúvidas sobre seu comportamento, pechas são inventadas e você torna-se um estorvo.

Este é o motorista que
esmagou o médico
Lembro agora de um cidadão que não votou num candidato de um certo  partido, derrotado nas últimas eleições para prefeito de Salvador. Isto bastou para que conhecidos seus, ligados aos  partidários do derrotado, ficarem com raiva. Evitam falar com o cidadão, fazem cara feia e comentários injuriosos.
O torcedor é outro tipo que carrega consigo a euforia do gol de seu time e a raiva incontrolada contra todos aqueles que torcem por outros times. Quando juntos são capazes até de matar gratuitamente seus adversários. É uma ação condenável e irracional. Evidente, que todos os torcedores não agem desta maneira, mas um grande número deles certamente não tem tolerância com o contraditório.
Tem ainda os que levam a religião e a ideologia  ao fanatismo. Ai cometem todo tipo de infrações em nome de uma religião ou um deus que acreditam ser o único e verdadeiro, e de uma ideologia salvadora da humanidade.As ideologias e religiões já causaram milhões e milhões de mortes, destruíram países inteiros.
No trânsito, hoje, você tem que se comportar com muito cuidado, porque os nervos dos motoristas andam à flor da pele. Vejam o caso de um motorista de ônibus Jocival Pinto,que no último dia 16  de janeiro passado esmagou um médico Raymundo Pereira da Silva Filho e sua esposa grávida, Nirlana Teixeira. Isto aconteceu em Lauro de Freitas, a poucos quilômetros de Salvador,apenas  porque  a vítima resolveu fotografar os danos em seu veículo, que acabara de ser amassado  na colisão com o ônibus. O objetivo do médico era   entregar as fotos à seguradora para ser ressarcido. Resultado, ele ainda está no hospital se recuperando de várias fraturas e, vai levar um ano sem poder trabalhar. O agressor, que deve ser um desses loucos ao volante que andam por ai,  ainda está solto. Esperamos que seja feita Justiça e a sua carteira  de habilitação  cassada.