Objetivo


terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

BOECHAT JÁ FAZ FALTA AO JORNALISMO

As conversas dele com José Simão ficarão em
nossas memórias.
O jornalismo perdeu ontem, num acidente de helicóptero em São Paulo,  uma de suas figuras mais atuantes e visíveis, que era o Ricardo Eugênio Boechat. O acompanhava desde quando era repórter, escrevendo sobre vários assuntos, inclusive mundanos, para a prestigiada coluna de Ibrahim Sued, no jornal O Globo. Ibrahim foi o grande nome do colunismo social de todos os tempos em nosso país. Sair na coluna do Ibrahim era a glória para um novo rico, um artista ou escritor. Uma simples notinha, lida nos quatro cantos do país, inclusive aqui na Bahia, onde o jornal A Tarde chegou a publicá-la durante algum tempo, era a glória. Com seu charme e boa presença física ele encantava as celebridades e milionários. Já o Boechat era aquele repórter que buscava as notícias de bastidores.
Oriundo da mídia impressa Ricardo Boechat tornou-se uma figura nacional depois que iniciou no rádio e na televisão. Incisivo, com uma enorme facilidade em comentar quase todos os assuntos que lhe caiam às mãos,  conquistou um grande público, e influenciou em muito para aumentar a audiência  da rádio e da televisão Bandeirantes.
Vemos ai restos do helicóptero  e fundo do
caminhão que a aeronave colidiu.
Ele tinha entre outras qualidades a de ouvir as críticas, e muitas vezes respondia com certa agressividade. Confesso, que o assistia todos os dias , e nem sempre concordava com todas suas observações. Mas, respeitava, como de costume,   o contraditório. Porém, dentro do jornalismo brasileiro audiovisual ele era o mais verdadeiro, o mais corajoso, e tinha saques sensacionais. Debater com Boechat  precisava ter uma mente muito ágil para não ouvir uma resposta desconcertante. 
Perdemos, nós ouvintes e telespectadores, perdeu o país mais uma voz crítica, e principalmente, a sua família a qual ele sempre se referia com muito carinho.

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