NOSSA CIDADE
Há cerca de uma década já ficava imaginando a decepção de um turista que manteve o primeiro contato com a Baixa dos Sapateiros através a música de Ary Barroso e, decidiu conhecê-la. Com seus velhos casarões ocupados por um comércio popular e com grande movimento de público àquela artéria importante de Salvador foi se deteriorando através do tempo. Hoje é um simulacro de uma Baixa dos Sapateiros cantada em versos.
Há cerca de uma década já ficava imaginando a decepção de um turista que manteve o primeiro contato com a Baixa dos Sapateiros através a música de Ary Barroso e, decidiu conhecê-la. Com seus velhos casarões ocupados por um comércio popular e com grande movimento de público àquela artéria importante de Salvador foi se deteriorando através do tempo. Hoje é um simulacro de uma Baixa dos Sapateiros cantada em versos.
Os cinemas Tupi, Jandaia e Pax já
não mais existem. Seus imponentes prédios estão em ruínas ou semiabandonados, a
maioria das lojas fechadas e, as que estão funcionando viraram galpões,
onde os produtos são amontoados em balaios ou grandes tabuleiros para
serem remexidos por inadvertidos clientes.
Percorri no ano passado toda a avenida,
documentando seus casarões muitos dos quais estão desfigurados ou em ruínas. O
Governo está prometendo uma reforma parcial com ações na sede do Corpo de
Bombeiros, restauração das fachadas e recuperação de imóveis, instalação de
câmeras de monitoramento e melhoria do policiamento. Caberá a Companhia de
Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – Conder iniciar no próximo
mês a abertura de uma vala para abrigar as redes subterrâneas de energia,
telefone e internet. Também, prometem recuperar as praças da Ajuda, São Miguel
, dos Veteranos e o Terminal de Aquidabã.
A reforma parcial que está estimada
em R$26,6 milhões não vai revitalizar completamente a Baixa dos Sapateiros
a qual sofreu através dos anos, especialmente nesta última década , um
esvaziamento quase que total. A recuperação de seus imóveis exigirá muito
dinheiro e, sinceramente, tenho minhas dúvidas se a iniciativa privada estará
disposta a retornar ao local e investir pesado por lá.
A anunciada construção de um shopping
popular na Barroquinha já estaria com grande parte de suas lojas
adquiridas por comerciantes chineses e coreanos que vendem produtos
contrabandeados no Feiraguai, que fica na periferia da cidade de Feira de
Santana. Portanto, é conversa fiada de político de que vai abrigar
camelôs que hoje ocupam nossas ruas e avenidas dificultando a mobilidade das
pessoas e enfeiando a Cidade .
Por falar em camelôs o terminal de ônibus que fica defronte
o shopping Iguatemi está completamente
tomado por camelôs. É preciso remove-los urgentemente porque senão ficará mais
difícil. A cidade não pode se transformar numa feira livre.
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