PARLAMENTO DISTANCIADO DA SOCIEDADE
Os nossos representantes no Parlamento tanto na Câmara quanto no Senado realmente decepcionam seus eleitores. Depois de receberem o 14º e 15º salários, - vejam vocês o 14º e 15º salários - sem falar nas mordomias , nos acordos, e corrupção que a toda hora são envolvidos os senadores - querem que a gente pague o Imposto de Renda devido por eles destes escandalosos 14º e 15º salários! Deviam ter vergonha! Quem ganha no Brasil 14º ou 15º salários? Só os deputados e senadores.
No processo do Mensalão vários deputados federais estão sendo condenados pelo Supremo Tribunal Federal por receberem dinheiro para votar nos projetos do nosso "ilabado " e democrata Lula.O processo de número 470 está ai para demonstrar que "ele nada sabia", coitado, foi enganado por Dirceu e companhia...
Agora os deputados zelosos de seu ofício por 359 a 2 aprovaram mais uma emenda à nossa Constituição,
- que é a mais emendada do planeta - ampliando os direitos trabalhistas dos empregados domésticos. De sã consciência ninguém é a princípio contra que os empregados domésticos tenham seus direitos garantidos e ampliados. Só que para que isto aconteça é preciso que haja uma contrapartida. Por exemplo, sabemos que qualquer projeto que venha implicar em despesa para União ou Estados é preciso que haja uma previsão orçamentária. Mas, para legislar contra o empregador individual, ninguém pensa em previsão orçamentária. Será que a empobrecida classe média tem atualmente recursos para arcar com mais esta despesa? Por que não pode abater no IR esta nova despesa?
Veja que já é obrigada a arcar com despesas com plano de saúde, porque os hospitais públicos não funcionam; bancam a educação de seus filhos nas escolas particulares, porque os ensino público é uma vergonha nacional; arcam com despesas de pneus rasgados, reapertos e substituições por quebras de peças de seus carros, porque as pistas das estradas e vias nas grandes cidades vivem completamente esburacadas, com remendos mal feitos, que se transformaram em verdadeiros tobogãs; seus aparelhos domésticos queimam de quando em vez, porque os apagões são constantes. Sim, ia esquecendo; quanto a falta de segurança quando são obrigados a transformar suas casas em fortalezas com grades, fechaduras reforçadas, alarmes e câmaras porque a segurança pública é falha. Enfim, mazelas é que não faltam do poder público e, principalmente,as classes média e as mais pobres são as que mais sofrem.
Existe um distanciamento gritante entre o Parlamento e a sociedade brasileira . A linguagem que falam e o que defendem estão intimamente ligados a seus interesses pessoais. Se auto intitulam de defensores do povo, porém, o que vemos é que eles defendem apenas seus próprios interesses , embora durante as campanhas eleitorais ,com caras de pau, vêm em busca de votos com promessas, nunca cumpridas.
Voltando ao empregado doméstico hoje recebe R$662,00 e tem seu INSS pago em parte pelo patrão, além do custo de transporte, onde apenas 6% é descontado do salário. Se dormir no emprego lhe é descontado apenas a parcela que lhe cabe do INSS. É pouco é verdade, porém, o salário da classe média está achatada e todo comprometido com gastos devido a ineficiência do Estado brasileiro. É fácil fazer demagogia e farra com o dinheiro alheio. Vamos derrotá-los nas urnas, não votando neles.
Com estes novos encargos, segundo cálculos do sindicato os patrões um empregado doméstico custará em torno de R$2.750,00 por mês se dormir no trabalho e forem computadas as horas extras que excedem as 44 horas semanais.
Se passar como está quando chegar ao Senado e for transformado em lei, esta emenda virá complicar ainda mais a vida da classe média combalida,além de tornar mais difícil a relação trabalhista, entre as partes, que é muito diferente do empregador comercial,industrial ou de qualquer outro setor produtivo ou de serviços. A relação é uma relação mais fraternal, mais afetiva, e muitos patrões nem chegam a descontar nada!
Ninguém fala em deveres, ninguém fala das dificuldades em se manter uma pessoa empregada numa residência. Nas deficiências funcionais , nos prejuízos que causam , nas faltas , quase sempre injustificadas. É preciso pensar também nos deveres e nas contrapartidas. Tudo na vida tem quer ter duas vias...
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