REVISTA FATOS E FOTOS / GENTE 14 DE MAIO DE 1979
SISTEMA DE ALARME CONTRA OS DISCOS VOADORES
Um aparelho compacto, leve, que funciona com pilhas comuns, tem regulador de sensibilidade, pode ficar desligado para economizar baterias, mas reage ante a aproximação de qualquer objeto não-identificado. Eis, em poucas palavras, o que dois técnicos baianos (Ederval Manoel de Mendonça, 28, e Evandro Araujo Leal, 31) integrantes do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zenith G-PAZ, descobriram, com o objetivo de detectar discos-voadores e mistérios afins, através de um sistema de alarme que intercala uma sirene e uma luz vermelha.
“Bem mais eficiente do que o similar suíço” – dizem. Entre outros motivos, porque aciona a audição (sirene) e a visão (luz) nossa de cada dia. Dizem ainda que a sensibilidade desse detector de OVNIS é bem mais apurada. Não fosse ele, baiano. E a quem interessar possa: dentro em breve serão produzidos em série, por Cr$ 1.000,00 (mil cruzeiros), a cada um dos muitos centros de pesquisas e estudos existentes no Brasil e no exterior.
Tudo começou por volta de 1974, quando Ederval, um técnico em eletrônica, estava na cidade de Dias D` Avila, no interior da Bahia, e tomou conhecimento de que um disco voador tinha dado um passeio por lá. Importante é que ele teve a curiosidade (e a paciência) de investigar o possível local onde o tal disco teria feito algumas evoluções. Num pequeno morro, notou logo que havia uma queimadura no chão, formando um círculo perfeito (detalhe: as folhas dos arbustos estavam destruídas de cima para baixo). Ederval continuou examinando a vegetação rasteira e as pequenas árvores, notando que, em algumas folhas, apareciam pequenos furos provocados por uma radiação muito forte. Diz ele:
– Tenho a certeza de essas queimaduras não foram feitas pelo homem, porque seria necessário um combustível especial. Tudo me leva a crer que foi feita por um aparelho extraterreno e, inclusive, a queimadura em forma de círculo perfeito foi o que mais me intrigou.
Do pensamento, Ederval passou à ação: procurou o pessoal do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zenith G-PAZ, presidida pelo argentino e publicitário Alberto Romero, e fez seu relato. Voltaram ao local, fotografaram plantas e colheram material para estudos de laboratório. Ederval e Evandro (também técnicos em eletrônica) ficaram logo interessados no detector suíço de propriedade do grupo. Estudaram o aparelho e chegaram à conclusão de que podiam produzir outro, melhor.
Durante seis meses Ederval e Evandro trabalharam em seu laboratório, tentando desenvolver um protótipo. Depois de mil e uma pesquisas atingiram seu objetivo: o detector deles. E estão mais do que confiantes quanto à sua aceitação, garantindo que a idéia básica de um aparelho desse tipo está baseado nas alterações do campo magnético, que, geralmente, são provocadas pela presença de um disco voador.
Ederval se apressa em esclarecer:
– Há dois tipos de campos magnéticos: o dinâmico, isto é, aquele que está em movimento, no caso, o dos objetos não-identificados; e os estáticos, no caso, um imã. E o detector baiano acusa a presença desses dois campos magnéticos.
O engenho tem uns 30 centímetros de comprimento, por 10 de largura. Portátil, portanto. Leve, de cor preta. Na parte superior, uma placa de metal, onde está localizada a luz vermelha, um botão (sensibility) para sintonia do campo magnético, e a inscrição: “Ufo Detector”. Além da sigla G-PAZ. E do esclarecedor: “Made in Brasil”.
O fato mais curioso (e intrigante) até agora catalogado pelo Grupo de Pesquisas Aeroespaciais aconteceu em dezembro de 1972, um dia 13, às 07:42 da noite, quando o casal Fritz e Margarida Abbehussen estava assistindo a um programa de tevê e o aparelho apresentou um defeito. O velho Fritz, já falecido, mas na época com 65 anos, saiu pra ver o que estava acontecendo. Viu um objeto enorme, luminoso, atravessando o espaço, lentamente. Logo depois, Dona Margarida e uma empregada de nome Waldete, foram observar o tal objeto na parte dos fundos da casa e, segundo afirmam, viram dois homens baixos e magros, que caminhavam na ponta dos pés, flexionando os joelhos exageradamente a cada passo. Elas fugiram apavoradas. Fritz vasculhou a área, com outras pessoas, mas não viram mais nada. Ligaram a tevê outra vez. E tudo voltou ao normal.
A cidade de D` Avila ficou famosa, pelo menos nos limites daquela região. Agora, Dias D`Avila desponta para a glória. Graças à dupla Ederval-Evandro, os pais do detector baiano de objetos não-identificados e mistérios paralelos.
Um comentário:
oi esse aparelho detector disco voador qual e o valor
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