A TARDE QUARTA FEIRA
03 DE MARÇO DE 1999
Texto Reynivaldo Brito
Texto Reynivaldo Brito
Nas fotos obras de Carybé, Floriano Teixeira e Bel Borba que constam da Antologia.
Fico apreensivo quando alguém se dispõe a relacionar obras de arte e artistas como os melhores, os que aparecem mais na mídia, enfim estas listas sempre geram discussões e preferências. Mas este livro de Dênisson de Oliveira pelo menos serve de referência para as pessoas que daqui a alguns anos vão estudar o movimento de arte na Bahia nestas últimas décadas. A obra destaca os trabalhos de 100 artistas baianos que tiveram uma presença ativa no mercado. O livro 100 Artistas Plásticos da Bahia, na realidade, é um catálogo, ou seja, um apanhado organizado pelo marchand da galeria Prova do Artista.
Com patrocínio da Copene Petroquímica
do Nordeste S.A., através da Fazcultura ( projeto de incentivo fiscal do Governo
do Estado), o livro será lançado no próximo dia 10, das 19 às 22 horas, no
Museu de Arte Sacra (Rua do Sodré, 276, Centro), com o vernissage da exposição
com obras dos artistas enfocados.
O livro reúne textos com
comentários de críticos e outros profissionais, com ilustrações de obras de uma
centena de artistas do Estado.
Na exposição que permanecerá aberta no Museu de Arte Sacra até
18 de março estarão sendo exibidas as 100 obras retratadas pelo livro.O único critério de seleção foi a
presença do artista no mercado de artes plásticas da Bahia. “Nós não
privilegiamos estilos, personalidades, técnicas ou qualquer tipo de julgamento
acerca do talento dos selecionados”, garante Dênisson de Oliveira. O resultado
do projeto, segundo o organizador, reflete o ecletismo que impera hoje no
mercado baiano de artes plásticas.
O objetivo foi elaborar uma obra
de referência, que auxilie no trabalho de colecionadores, pesquisadores, marchands
e artistas, insiste Dêrnisson. “Com exceção dos livros sobre a obra de alguns
artistas consagrados, há poucos livros do gênero disponíveis no mercado baiano.
Com isso, a História das Artes Plásticas na Bahia acaba sem registro”, destaca.
Acredito que dentro desta ótica
do autor seu objetivo foi alcançado e merece aplausos. Também podemos afirmar
que nem este nem qualquer outro livro poderá se arvorar de completo. E
certamente Dênisson com sua fleuma e tranqüilidade sabe que isto é verdade. Foto de obra de Raimundo Oliveira.
O formato do livro buscou o
registro. No verbete dedicado a cada artista, há, além da foto de uma obra e
textos assinados por nomes tão diferentes quanto Décio Pignatari, Clarival do
Prado Valadares, o psiquiatra Ricardo Chemas e Jorge Amado, o nome completo de
cada autor, ano de nascimento, descrição, ano de criação e valor de mercado da
peça ilustrada.
A publicação conta ainda com
textos dos críticos de arte Carlos Eduardo da Rocha, Matilde Matos, Reynivaldo
Brito, Ivo Vellame, Aldo Tripodi, Cesar Romero, dentre outros que traçam um
panorama das artes plásticas na Bahia do início do século até os dias atuais.
No final do livro, há um glossário de termos e movimentos artísticos e uma
relação das principais galerias e museus de arte de Salvador.
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