Texto e Fotos de Reynivaldo Brito
Este é o prédio das salinhas minúsculas dos Juizados no Iapi. Também, não vi rampa para os portadores de necessidades especiais.
Os advogados que militam nos Juizados de Pequenas Causas e
Defesa do Consumidor de Brotas, que funcionava na Avenida Antônio Carlos Magalhães,
próximo ao Iguatemi, e que foi transferido para o Jardim Santa Mônica, 750 E,
no final de linha do bairro do IAPI, estão insatisfeitos com a decisão do
Tribunal de Justiça de insistir nesta transferência. Presenciei várias pessoas reclamando da
dificuldade de deslocamento e do “apertamento”
das instalações do órgão. Esta decisão, segundo informações extraoficiais, teria
sido tomada diante da intransigência do dono do imóvel onde funcionava o órgão, que queria cobrar um preço muito alto pelo aluguel. O Presidente do TJ, desembargador Mário
Alberto Hirs, prometeu estudar o caso.
O Presidente da Oab, Saul Quadros chegou a levar um abaixo
assinado com 303 subscrições de advogados que militam naquele órgão para
que a transferência fosse adiada. Infelizmente o TJ foi irredutível e ainda não
atendeu ao apelo dos advogados e do público. Muita gente acha que a esta altura
do campeonato nada vai mudar. O órgão já está funcionando por lá em situação
precária.
IMOBILIDADE
Para você chegar ao Juizado no IAPI terá que sair de casa com 01h30min hora a 2 horas antes da audiência, porque vai enfrentar pistas esburacadas e engarrafadas na Avenida Bairro Reis, subida da Ladeira do Iapi, e em toda a extensão da rua que leva ao fim de linha do bairro. Se você vai pela primeira vez terá ainda que perguntar durante o trajeto a três ou mais pessoas, em locais diferentes, como se chega ao Juizado. É um tal de segue em frente, dobra à direita, dobra à esquerda, segue até alcançar o imóvel. Lá chegando tome cuidado porque o local é infestado de ladrões e até os policiais costumam avisar, principalmente às advogadas, para tomarem cuidado ao entrar e sair dos automóveis.
Não existe uma vaga sequer para você estacionar. Terá que
andar com seu carro e colocar em cima de uma calçada, o que já é uma infração
de trânsito, além de prejudicar os pedestres. Há pouquíssimas vagas para juizes e servidores graduados.
Lá chegando, sobe algumas escadas e depara-se com uma minúscula
recepção apinhada de gente que espera as audiências ou vem tratar de outros
problemas sobre andamento de processos etc. Mas, o pior são as pequeninas salas
de conciliação que tem apenas quatro cadeiras para as partes. Se o processo tiver mais de um
réu ou autor terá que esperar lá fora. As salinhas simplesmente não cabem e as
portas são fechadas com dificuldade . Se a parte tiver um corpo mais pesado a
dificuldade aumenta muito.Foto lateral do prédio.
Quando lá estive enfrentei uma barulheira infernal, porque
um operário, desses terceirizados, estava com uma furadeira fazendo alguns buracos para instalar, uma sirene ou um interruptor. Fui usar
o sanitário masculino e observei que tem dois vasos. Um estava coberto por um papel, interditado e, o outro, com um
aviso para você colocar o dedo num imenso buraco para acionar a descarga.
Está portanto, na hora de o Tribunal de Justiça, que tem
obrigação de levar a Justiça ao povo, tomar providências urgentes para que os
órgãos que estão sobre sua administração tenham realmente ambientes mais
planejados para receber advogados, servidores e o público em geral. Afinal
somos nós que pagamos os impostos, e consequentemente salários de desembargadores,
juízes e servidores, além do trabalho dos profissionais do direito.
3 comentários:
Gostei porque este blog deu umas indicações legais de como chegar ao juizado. Até hoje não consegui ir lá pois o local é de terrível acesso.
A quem podemos reclamar o tamanho descaso da justiça?
Acho que todos nós temos que protestar.
Fale nas redes sociais e mande seu recado.
Realmente, o local é horrível, não tem onde o advogado ou cliente estacionar, e tem sala de audiência que quase não dá para entrar os réus. Uma arrumação estranha!
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