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terça-feira, 1 de maio de 2012

MÚSICA - JUSTIÇA BAIANA PODE PRENDER ELZA SOARES


Revista: Amiga TV TUDO, 1° de Outubro de 1980
(ela se defende: “Fui vítima de uma quadrilha”)

“Aquilo é uma quadrilha.” Assim Elza Soares justifica a ação movida contra ela na Justiça baiana, pelo jornalista Fernando Garcia. “Eu já fui prestar esclarecimento à Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis, aqui no Rio, e lá entreguei o contrato assinado pelo Fernando. Portanto, não adianta ele vir, agora, dizer que nada teve com a minha contratação porque eu tenho, inclusive, os dois cheques assinados por ele, do Banco do Brasil, no valor de Cr$ 200.000,00 e Cr$ 220.000,00, que me foram passados sem fundos. Foram esses cheques que me levaram a receber o carro como garantia de pagamento. Na ocasião, o acordo que fizemos foi o de que, se no prazo de 15 dias ele não me pudesse pagar os Cr$420.000,00, eu ficaria com o veículo. O que eu não tenho culpa é que ele já o tivesse vendido para o filho e, este, para outra pessoa. Estou completamente despreocupada com relação a este caso. Quero, simplesmente, que me paguem os dois cheques e, como não foi feito dentro dos 15 dias previstos no nosso acordo, que passem também a documentação do carro para o meu nome”.

CR$ 5 MILHÕES DE INDENIZAÇÃO

Além disso, Elza, na certeza de que ganhará essa questão, está entrando na Justiça com uma outra ação, contra o próprio Fernando Garcia, pela qual pede uma indenização de cinco milhões de cruzeiros por perdas e danos morais. ”Eu não posso deixar que enlameiem o meu nome.”

Enquanto seus problemas com a Justiça não chegam a bom termo, a cantora continua se dedicando à carreira e como preocupação, hoje, tem apenas o ex-marido, Mané Garrincha, com quem, após alguns anos de separação, pretende voltar a viver. “O Mané está muito mal e meu medo é o de que, de repente, ele morra e no atestado de óbito venha como causa mortal um enfarte. Eu não quero que isso lhe aconteça. Por isso, pretendo ajuda-lo a voltar a ser um homem, como sempre foi, porque, do jeito que ele se encontra, não o está sendo. Eu não sei o que, com este tratamento, lhe estão fazendo. Mas não o estão deixando viver. O Mané foi me procurar em São Paulo para pedir a minha ajuda. Quando o vi, fiquei chocada porque nem falar ele consegue direito. Ele está completamente dopado. É por isso que, senão como companheiro, pelo menos como a um ser humano, eu vou ajuda-lo”. 
Reportagem de Maria Augusta e Reynivaldo Brito



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